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Inacreditável História

Por:   •  28/4/2015  •  Ensaio  •  4.221 Palavras (17 Páginas)  •  132 Visualizações

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Prólogo

Cada segundo eu sonho no dia em que minha vida possa retornar ao ponto em que tomei aquela decisão. Saber que tudo poderia ter sido diferente se eu tivesse tomado outro caminho… Quantos sonhos destruídos, quanta mudança a ser desbravada, quanta tortura, medo, angústia e fúria poderia ter sido evitada. Mas a vida é assim, ela é contínua, não tem como voltar atrás, o que temos é o presente para poder sonhar com o futuro, planejar, lutar, para poder vencer… Eu ainda acredito que atingir o sucesso depende de muito sacrifício e esforço, e é isso que me mantém na luta.

Nada melhor que tomar um banho de sol observando todos os transeuntes, e ver que minha vida é normal, é igual a centenas de outras vidas que existem e já existiram, esse é meu sonho de um dia poder realizar: sentar na praia como alguém normal.

Os anos foram cruéis e hoje percebo que estar preso está destruindo minha razão, não sei mais o que é a realidade.

Capítulo 1 - A distância do passado perdido

Eu estava no meio da floresta, perdido, sozinho, preso com meus pensamentos do passado. A cada dia eu percebo que a distância entre a realidade que um dia já vivi está distante e tento manter os pensamentos para poder continuar. Peguei um velho caderno que estava guardado a tanto tempo em minha bolsa e comecei a relatar tudo para que no futuro, eu tenha a lembrança do meu passado.

Sou James, tenho 43 anos, já fazem 10 anos, aproximadamente, que sofri um acidente e estou perdido nesta floresta, sem contato com a civilização. Lembro do dia em que ocorreu, mas já não é tão vívido, por isso vou relatar aqui minha história, porque não sei o que posso esquecer e não quero esquecer de todos que já amei.

Capítulo 2 - O Acidente

O ano era 2010, eu estava sobrevoando com meu avião particular uma área remota, uma selva com vegetação fechada, repleta de árvores. Um grande rio divide a região e o sol refletindo na água deixa a vista magnífica. Eu estava desfrutando da vista privilegiada quando de repente os motores da aeronave simplesmente pararam. O avião voou uma grande distância antes de colidir com a vegetação que existia num campo aberto que consegui encontrar, no caos do momento. Lembro que na colisão eu desmaiei e fiquei por tempo indeterminado apagado. Ao acordar já era noite e um vento gélido percorria a cabine do avião. Fui para a parte de trás do avião, fechei a abertura que estava permitindo a entrada de insetos, limpei os ferimentos que queimavam meu braço e fiquei imóvel por vários minutos perdido em meus pensamentos.

Assim que percebi a gravidade da situação tive que agir depressa, porque os gritos dos animais fora da aeronave eram assustadores. Rapidamente fui para a cabine pegar o celular que continha uma lanterna. Bloqueei a passagem para nada conseguir entrar, no avião destroçado, com as poltronas que estavam soltas. Fui para o interior procurar uma faca, ou algo para me proteger em caso de insucesso na minha empreitada de bloqueio.

O tempo passou e os animais desistiram do avião e não ouvi mais os seus gritos. Consegui acalmar meus pensamentos e por estar muito cansado acabei pegando no sono.

O Primeiro Dia

Acordei e já era dia, percorri as redondezas para procurar água, menos de 200 metros do avião percorre um riacho com água límpida e boa para beber. Tomei água e aproveitei para tomar um banho.

Perto do meio dia tomei a decisão de conseguir me localizar. O GPS não estava funcionando, porque a carga da bateria estava esgotada, e eu estava sobrevoando aquela região completamente distraído e não consigo determinar a região exata da minha queda. Decidi escalar uma enorme montanha para poder visualizar a região e talvez encontrar algum ponto de referência ou civilização, para eu poder voltar para casa. Eu não sabia naquele momento que a situação era tão crítica, eu fiquei agradecido por ter sobrevivido ao acidente, mas não sabia que o pior ainda estava por vir.

Após 5 horas de caminhada consegui alcançar o topo da montanha.

Lá no topo avistei algo assustador, a ilha era pequena, o topo da montanha era o local mais alto de toda a ilha, e olhando em todas as direções eu pude perceber que nenhuma construção, nenhum sinal de civilização estava presente naquele local. Apenas as árvores e ao fundo o mar, infinito em sua grandeza.

Sentei e fiquei perdido aos meus pensamentos e não lembro de quanto tempo permaneci ali, sentado, meditando, tentando encontrar uma solução para o meu problema. Tentei desenvolver um plano, que envolveria percorrer a ilha em busca de abrigo e alimentação. Nada é mais importante do que segurança e comida, isso eu percebi a duras penas no tempo que tive que ficar na ilha.

Percorri as pressas o local próximo a uma encosta para encontrar um abrigo para passar naquela noite. Pensei que deveria ser um pouco no alto porque não sabia quais animais estavam presentes na ilha, e para não correr o risco achei melhor procurar na encosta. Encontrei um local, mas ao deitar já tomei a decisão de no próximo dia selecionar um melhor, e construir uma barraca foi a solução.

Não dormi nada aquela noite, o medo tomou conta e meus pensamentos não acalmaram. A agitação devido a todos os eventos desencadearam uma adrenalina que só pode ser aliviada alguns dias depois.

A construção da cabana envolveu a busca de materiais nos destroços para encontrar algo que pudesse auxiliar na fabricação, e por sorte, ou por obra do destino, encontrei uma faca grande, que foi de grande ajuda para cortar as árvores. O item mais valioso encontrado foi um rolo de corda. que serviu para as amarras de toda a estrutura da cabana. Como na infância já tinha construído cabanas no mato, lá na terra do vô, juntamente com amigos e irmãos… Que boas memórias trazem aquele tempo, em que minha única preocupação era o que fazer com o tempo, com o que brincar… Mas construir a cabana foi uma tarefa relativamente fácil. Como a construção ocorreu próximo a um riacho, criei ali próximo uma privada, passando sobre o rio, para que, ao defecar, as fezes fossem levadas pela correnteza. O linguajar que utilizo já não segue as normas de etiqueta da sociedade, porque a muito tempo não tenho contato com as pessoas, isso trouxe algo positivo, a verdade nas ações e nos pensamentos. Hoje controle melhor minhas ações e pensamentos devido ao foco dedicado as inúmeras situações difíceis que já passei. Mas, voltando a história… (a parte ruim de escrever no papel é que, ou você rabisca o texto, ou arranca a página, mas vou deixar tudo como foi escrito, sem censuras e

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