Infrentar Incertezas

RESUMO

CAPÍTULO V - ENFRENTAR AS INCERTEZAS

“MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jane Sawaya. Revisão Técnica de Edgar de Assis de Carvalho. 6. ed. São Paulo: Cortez; Brasilia, DF: UNESCO, 2002”

Amiro Inácio de Oliveira*

É um texto resumido é muito interessante e intrigante, pois traz novas reflexões sobre a educação do século XXI, aborda questões relevantes que estavam adormecidas nos meios acadêmicos. Este resumo propõe uma reflexão das práticas pedagógicas e revisão da percepção de futuro com os seus desafios e incertezas.

A sociedade do passado descansava na certeza de que o futuro era previsível e desenvolvia gradualmente sem interrupções produzindo uma história cíclica! No século XX descobriu que única certeza que temos é a incerteza, portanto morre o futuro idealizado e o mito da previsão do destino é sepultado. A vida humana passa ser uma aventura no terreno desconhecido. Abre uma janela para o amanhã imprevisível, na qual pode ver o futuro como uma grande incógnita que se desdobra em processos complexos e aleatórios.

Ninguém tem as resposta para as questões na elaboração histórica do porvir. As determinantes econômicas e sociais face as variáveis produzidas pelas as ações dos seres humanos as tornam instáveis, onde o progresso é apenas uma possiblidade sem garantia. A história é aleatória dando conta que a normalidade não é a regra, é a exceção num mundo em crise que cria o novo o inesperado, complexo e desafiador, que encanta, seduz e convida a ser criativo para dar conta da realidade incontrolável, ora reprime para em seguida proliferar endemicamente para produzir nova realidade histórica.

A evolução é a filha que deu certo, gestada na normalidade e parida na anormalidade, que desorganiza o sistema e reorganiza de forma criativa inovadora, provocando destruições, criações, progresso ou retrocesso da humanidade na peregrinação incessante em busca do saber.

A história é formada por ordem, desordem, organização e desorganização, revelando o paradoxo: “civilização e barbárie, criação e destruição, gênese e morte”, a incerteza de todos os lados. É imperioso considerar a incerteza nestes tempos de mudanças em que tudo esta conectado e fluído para compreender e empreender a educação do futuro. A proatividade é indispensável para o enfrentamento das incertezas com: “cérebro - mental; lógica, racional e psicológica” no defrontar o risco dialógico na navegação no “mar da incerteza com arquipélagos de certezas”.

As certezas dogmáticas e doutrinárias inflexíveis, inquestionáveis deveram ser descartadas, porque o risco da ilusão e do erro esta sempre presente e os exames e verificações do conhecimento são indispensáveis.

Uma ação praticada pelo indivíduo sai da sua intenção, o controle passa para o ambiente, torna complexa, inesperada, imprevista e provoca transformações, que denominamos de ecologia da ação manifestada na contradição entre o princípio do risco da precaução que precisa ser conectados; nem sempre os meios e os fins produzem resultados previstos e toda ação foge do controle do seu autor