Instalações Prediais De água Fria
Casos: Instalações Prediais De água Fria. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: danielchame • 12/6/2013 • 4.159 Palavras (17 Páginas) • 511 Visualizações
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA
1-INTRODUÇÃO
A água é muito importante para a sobrevivência e evolução do homem, pois sem ela não haveria vida animal ou vegetal sobre a terra. A água e a saúde estão intimamente relacionadas, pois, segundo a O.M.S., cerca de 81% dos casos de doenças, têm como origem a água. Uma água contaminada ocasiona riscos a saúde, pois ela é responsável pela higiene, é utilizada na industria, é utilizada na irrigação, é utilizada em barragens para geração de energia elétrica, é o principal meio de combate a incêndio, etc..
Assim, como a qualidade de vida é o resultado das condições de alimentação, transporte, moradia, saúde, abastecimento de água e energia, coleta de esgoto e de lixo, educação, etc., o fornecimento de água a população implica em melhores ou piores níveis de qualidade de vida e saúde.
A água, até chegar as torneiras das casas percorre um grande caminho: é captada, passa por uma série de etapas de tratamento para purificar-se, é levada a um reservatório e depois é distribuída a população.
As águas são tratadas nas chamadas ETAS (estações de tratamento de água) e as etapas de tratamento são basicamente quatro: coagulação, decantação, filtração e desinfecção.
A tubulação que sai do reservatório elevado (geralmente localizado nas cotas mais altas), é denominada rede de distribuição, é ela que conduz a água ate as casas passando por todas as ruas e avenidas da cidade. Em frente a cada edificação é feita uma ligação à rede de distribuição, são os chamados ramais prediais. Este ramal predial é ligado a um medidor de vazão onde finalmente se dá início as instalações prediais de água.
Assim as instalações prediais de água fria são o conjunto de tubulações conexões, peças, aparelhos sanitários e acessórios existentes a partir do ramal predial, que permitem levar a água da rede pública até os pontos de consumo ou utilização dentro da habitação.
2. TIPOS DE SISTEMAS E PARTES COMPONENTES:
Para o abastecimento podem sem empregados quatro tipos de sistemas:
A- DIRETO: todos os aparelhos e torneiras são alimentados diretamente da rede pública:
B- INDIRETO: todos os aparelhos e torneiras são alimentados pelo reservatório superior da edificação, o qual é alimentado diretamente pela rede pública (caso haja pressão suficiente na rede) ou através de recalque, a partir de um reservatório inferior;
C- MISTO: parte dos aparelhos e torneiras são alimentados diretamente pela rede pública e parte pelo reservatório superior:
D- HIDROPNEUMÁTICO: todos os pontos de consumo são alimentados por um conjunto hidropneumático, cuja finalidade é assegurar a pressão desejável no sistema, sem necessidade de reservatório superior.
Os três primeiros sistemas são normalmente os mais utilizados. Em residências o sistema misto é melhor, pois se evita a utilização de água do reservatório superior, quando não há necessidade, especialmente nas torneiras de jardins e cozinhas, para utilização do sistema direto há necessidade de que na rede pública exista água continuamente e com pressão adequada. O sistema indireto é o ideal para edifícios altos. O sistema hidropneumático é pouco utilizado devido ao seu alto custo de implantação e inconvenientes de todo sistema mecânico.
3. MATERIAIS EMPREGADOS
Geralmente são empregados tubos de aço galvanizado (f°g°) com ou sem costura, de cobre, de ferro fundido (f°f°) ou PVC rígido com juntas rosqueadas ou soldadas (mais usados atualmente).
Para instalações não sujeitas a golpe de ariete, os tubos de PVC com juntas soldadas são os preferidos devido sua facilidade de manuseio e também porque o seu diâmetro se mantêm praticamente inalterado ao longo do tempo.
Nas tubulações de recalque, sujeitas à maiores pressões é preferível usar tubo de f°g° com juntas de roscas ou flangeadas, pois subpressões causadas pelo golpe de ariete provocam danos nos tubos de PVC.
4. GOLPE DE ARIETE
Quando a água ao descer com velocidade elevada pela tubulação, é bruscamente interrompida, os equipamentos da instalação ficam sujeitos a golpes de grande intensidade (elevação de pressão).
Logo, denominados de golpe de ariete à variação da pressão acima e abaixo do valor de funcionamento normal dos condutos forçados, em consequência das mudanças de velocidade da água, decorrentes de manobras dos registros de regulagem de vazões. O fenômeno vem normalmente acompanhado de som que faz lembrar marteladas, fato que justifica o seu nome. Além do ruído desagradável, o golpe de ariete pode romper tubulações e danificar aparelhos.
Por essas razões o engenheiro deve estudar quantitativamente o golpe de ariete e os meios disponíveis para evita-lo ou suavizar os seus efeitos.
Nas instalações prediais, alguns tipos de válvulas de descarga e registro de fechamento rápido provocam o efeito de golpe de ariete, porém, no Brasil já existem algumas marcas de válvula de descarga que possuem dispositivos anti-golpe de ariete, os quais fazem com que o fechamento da válvula de torne mais suave, amenizando quase que totalmente os efeitos desse fenômeno.
5. DADOS BÁSICOS DE PROJETOS:
Todo projeto deve ser desenvolvido obedecendo às normas brasileiras (NB92/80) da (ABNT) e às normas da concessionária local:
• DIÂMENTRO MÍNIMO: ½” OU 15 M
(SABESP:3/4” OU 20mm, é conveniente adota-lo)
• PRESSÃO ESTÂNCIA MÁXIMA: 40 mca
• PRESSÃO DINÂMICA MÍNIMA: 0,5 mca
• CÁLCULO DAS PEDRAS DE CARGA: pelas fórmulas de flamant ou fair-whipple-hsião para água fria pelos respectivos ábacos;
• VELOCIDADE DE MÁXIMO: V< 2,5m (D em m, V em m/s)
• PERDA DE CARGA NO BARRILETE: 8%=Jmax < 0,08 m/m
6. ESTIMATIVAS DAS VAZÕES
Nas instalações de água fria devem ser considerados os seguintes consumos:
A- CONSUMO MÉDIO DIÁRIO: valor médio previsto para utilização num edifício em 24 horas. É utilizado no ramal predial, hidrômetro, ramal
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