Inteligencia E Segurança Publica
Trabalho Escolar: Inteligencia E Segurança Publica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Lolotst • 11/4/2014 • 2.139 Palavras (9 Páginas) • 388 Visualizações
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O perfil dos coordenadores da CGI até então tem sido variável, contando ora com
predominância de intelectuais, de policiais civis e militares, com policiais ro
doviários federais
mas, sobretudo, de policias do Rio Grande do Sul, em sua maioria federais. A partir daí, e no
âmbito do Ministério da Justiça, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP/MJ)
foi estabelecida como órgão central desse subsistema, p
or meio da própria CGI, tendo como
órgãos obrigatoriamente integrantes, os Departamentos de Polícia Federal e Polícia
Rodoviária Federal, sob o Ministério da Justiça, além de alguns órgãos do Ministério da
Fazenda (COAF, COPEI e SRF), do Ministério da Inte
gração Regional, do Ministério da
Defesa (SPEAI), do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (ABIN
e SENAD), além das polícias civis e militares dos 26 Estados e do Distrito Federal, esses
últimos integrados mediante convênios.
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Tam
bém coube à SENASP incentivar a adesão dos
estados ao sistema, e instrumentalizar os já adeptos de forma a se integrarem. Porém, os
esforços até então empreendidos por parte do governo federal não bastou para que houvesse a
efetivação imediata desse subsis
tema. Após esses primeiros passos rumo à institucionalização,
pontos de entrave surgiram tanto por parte das secretarias de segurança pública dos estados,
quanto por disputas internas nos órgãos federais. E são a essas questões que dedico a próxima
seção.
Os obstáculos
O Plano Nacional de Segurança Pública de 2000 compreendia metas para minimizar
os índices de criminalidade já apontados nos anos anteriores da gestão FHC. Buscava uma
maior articulação entre o governo federal e os governos estaduais no intui
to da obtenção de
resultados rápidos na atenuação da criminalidade. De forma a alavancar a implementação do
Subsistema que fora criado em 13 de fevereiro de 2001, o então ministro da Justiça José
Gregori consultou os estados, por meio de aviso ministerial,
quanto ao interesse na adesão ao
subsistema, além de também pedir que fossem arrolados os representantes destes e dos demais
órgãos já membros, para a constituição de um Conselho Especial, órgão deliberativo coletivo
com a finalidade de estabelecer normas
para as atividades de inteligência de segurança
pública. Os representantes estaduais não gozavam
(
e
ainda não gozam
)
de poder de voto,
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Decreto 3.695 de 21 de dezembro de 2000. Ma
rco da criação da SENASP como órgão central do SISP.
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privilégio apenas dos órgãos federais. Daí já se evidenciava uma postura impositiva por parte
do poder federal. Em encontr
os subseqüentes, foram estabelecidos comitês técnicos voltados
à discussão voltadas à: elaboração de uma doutrina nacional de inteligência de segurança
pública; elaboração da doutrina de contra
-
inteligência; discussão quanto a criação e
implementação de um
canal de comunicação seguro por onde pudesse circular informações
entre os diversos órgãos do SISP. Além de desencadear um outro dedicado a explicitar os
temas a serem observados e acompanhados no âmbito do subsistema.
No mesmo ano a SENASP promoveu um s
eminário nacional
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visando discutir as
deficiências e necessidades em então observância, para a consolidação de um sistema de
inteligência de segurança pública no Brasil, além de divulgar o trabalho que vinha sendo
desenvolvido pela Secretaria em relação à
implementação do SISP. Buscaria promover a
interação dos Órgãos de ISP em todo o país e aprimorar, por meio de palestras e debates, suas
atividades. O evento serviu para pôr em evidência algumas das demandas para a efetiva
integração. Observou
-
se que a at
ividade de inteligência de segurança pública não era
formalizada na maioria dos Estados, havendo a necessidade da instalação dos NEGs (Núcleo
Estadual de Gerenciamento), que tinha por objetivo a centralização e a coordenação da
atividade em nível estadual.
Outros problemas identificados foram em relação à qualificação
profissional na área
...