Inteligência
Seminário: Inteligência. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: milyli • 16/9/2014 • Seminário • 914 Palavras (4 Páginas) • 184 Visualizações
RESUMO - As três principais correntes no estudo da inteligência (psicométrica,
do desenvolvimento e cognitiva) foram analisadas de acordo
com os pressupostos teóricos e metodológicos que as caracterizam e
das implicações práticas que delas decorrem. Os autores enfatizam os
limites destas três perspectivas onde a inteligência é considerada uma
noção universal e genérica, à parte das influências sociais e culturais.
Afirmam ainda que caracterizar a inteligência como independente desses
aspectos ê uma concepção errônea de sua função e significado.
CONCLUSÕES
A inteligência surge cada vez menos concebida como uma habilidade constante
e universal, para ser considerada como um conjunto de capacidade especificas na
resolução de problemas, embora ainda necessite ser mais profundamente investigada
à luz de contextos sócio-culturais diversos.
A caracterização da inteligência como basicamente independente dos aspectos
culturais é uma concepção errônea do seu caráter funcional. O estudo das habilidades
intelectuais em uma determinada cultura ou sociedade só é possível quando as
características dessa cultura ou sociedade são conhecidas e levadas em consideração
na elaboração, aplicação e avaliação do instrumento de investigação. Isto implica
na necessidade de elaboração de modelos de processos cognitivos que atentem para
as variáveis contextuais e sócio-culturais.
Os argumentos apresentados invalidam as tentativas empreendidas na abordagem
psicométrica quanto à possibilidade da elaboração de testes culture-free, bem
como traz à tona a necessidade de uma análise das influências sócio-culturais no
comportamento intelectual.
O principal objetivo de uma teoria da inteligência é investigar o desenvolvimento
e as estruturas das diversas formas de competência que o indivíduo apresenta, considerando
o contexto sócio-cultural. Tal fato implica na busca de um modelo que envolva
as influências do meio ambiente nos processos cognitivos. A elaboração de um
modelo desta natureza depende essencialmente de estudos inter-classes e transculturais.
Em função dos argumentos acima apresentados, os fatores sócio-culturais precisam
ser considerados em qualquer concepção de inteligência que se tome. A inteligência
não pode mais ser encarada como um fenômeno à parte dos aspectos culturais
e sociais, como um dom alheio a qualquer influência do meio ambiente. O primeiro
ponto é saber que este meio ambiente foi de alguma forma internalizado pelo indivíduo,
gerando sistemas simbólicos específicos quanto à maneira de representar o mundo, e
que a inteligência, numa perspectiva pragmática e sócio-cultural, reflete estas representações
e é por elas influenciada.
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