Interação Aquo-Floresta
Por: Raquel Correa • 23/7/2016 • Resenha • 662 Palavras (3 Páginas) • 154 Visualizações
Acadêmicas: Natalia Patrícia Vinhote Feleol
Resumo de EIA - Páginas: 217 a 242 – Data: 11/07/16
O texto aborda a história da interação homem-ambiente na Amazônia, discutindo sobre os processos de ocupação da região e os impactos por estes fatos provocados afim de promover a reflexão e a intervenção visando o desenvolvimento sustentável.
As análises e conclusões foram subsidiadas por pesquisas em sítios arqueológicos, áreas de terra preta e assentamento. A averiguação dos artefatos e dados encontrados possibilitaram compreender melhor como era o modo de vida das primeiras populações do continente Americano.
O processo histórico de ocupação humana na Amazônia foi marcado pela diversidade de relações estabelecidas com a floresta, evidenciando a capacidade de adaptação do homem. Essa diversidade pode ser observada quando realizamos comparativos entre os períodos: paleoindigena, arcaico e formativo. O período paleoindigena foi marcado pelo uso tecnologia primária de subsistência caracterizada pela caça e coleta generalista, valorando assim o uso da biodiversidade local. No período Arcaico já havia uma divisão social entre calçadores e coletores. O intervalo do paleoindigena para o arcaico é configurado pelo início do uso da cerâmica. No período arcaico temos a presença de atividades de agricultura. Nos primeiros dois períodos não houve mudanças na paisagens, utilizando a floresta como fonte de subsistência, enquanto que no terceiro já com a chegada dos português houve severa agressões na floresta. A chegada dos portugueses provocou uma mudança na interação homem-natureza. As evoluções tecnológicas que ocorriam em boa parte da Europa, acarretavam em buscas por regiões ainda não colonizadas devido à falta de suprimentos do povo europeu, saindo em direção as índias.
O mundo nesse período era comandado pelas potencias de Espanha e Portugal que dividiram o mundo ao meio através do tratado de Tordesilhas afim de cada um tivesse uma área limitada para exploração. As fontes desses períodos eram mediantes aos relatos e crônicas em boa parte de missionários.
O período de União Ibérica foi marcado pela união dos povos europeus. Esse período fez com que Portugal ultrapasse as demarcações propostas no tratado de Tordesilhas, iniciando expedições rumo a Amazônia. Os instrumentos e modos de vidas trazidos pelos europeus foram modificando as relações do homem com o meio, abrindo espaço para a exploração predatória dos recursos naturais (ex: drogas do sertão), uso desumano das populações indígenas e negras, extermínio indígena e introdução de doenças europeias, importação de animais mestiços da ilha do cabo verde, emprego de atividades agrícolas e de pecuária.
Entre as modificações mais severas dos europeus que trazem resquícios até os dias de hoje pode-se citar: a supressão da floresta para introdução de espécies exóticas, a exploração localizada, mas intensiva, de produtos de interesse comercial para a metrópole e a exportação dos recursos naturais para fora do sistema delimitado pela floresta.
A segunda metade do século XIX trouxe novas variáveis para a interação homem-ambiente na Amazônia. Passou-se a valorizar mundialmente o látex ocasionando em um brusco crescimento demográfico, entretanto, esse período desacelerou após o fim da segunda guerra mundial. O acréscimo demográfico era em boa parte resultante do incentivo do governo, que vislumbrava conectar a Amazônia ao restante do país subsidiado pelo desconhecimento da região. O governo diante da visão rudimentar da parte sul da Amazônia como despovoada, passou a incentivar a povoação dessa área abrindo novas estradas pra facilitar os processos migratórios. Esse incentivo acarretou em consequências como o arco do desmatamento (atividade madeireira e plantação de soja), grilagem de terras, etc.
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