Interação Em Sala De Aula De língua Estrangeira: A Construção Do Conhecimento
Pesquisas Acadêmicas: Interação Em Sala De Aula De língua Estrangeira: A Construção Do Conhecimento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: neriano • 1/2/2015 • 469 Palavras (2 Páginas) • 718 Visualizações
Interação em sala de aula de língua estrangeira: a construção do conhecimento (PP. 95 – 107) sexto capítulo.
MOITA LOPES, Luiz Paulo. Oficina de lingüística aplicada: a natureza social e educacional dos processos de ensino/aprendizagem de línguas. São Paulo: Mercado de Letras, 1996. 190p
O autor pretende da ênfase na construção do conhecimento dentro da sala de aula, diz que o conhecimento parte de um conjunto, ou seja, uma construção social.
Ele cita que o conhecimento é construído conjuntamente em sala de aula através de um processo que envolve controle, negociação, compreensão e falhas na compreensão entre alunos e professor até que passa a fazer parte do conhecimento compartilhado na sala de aula (cf. Edwards & Mercer, 1987: 1)
Cita também que aprendizagem em sala de aula é caracterizada pela interação social entre os significados do professor e os dos alunos na tentativa de construção de um contexto mental comum, isto é, o que se propõe é “uma síntese na qual a educação é vista como um desenvolvimento de conhecimento conjunto. (Edwards & Mercer. 1987: 36).
O professor caracteristicamente explicita a necessidade de estabelecer conhecimento comum ao recapitular um determinado ponto ensinado ou a questionar se algum aspecto de seu conteúdo foi aprendido pelo aluno. A dificuldade está, principalmente, calcada na relação assimétrica entre o aluno e professor, que atua como empecilho para o que Bruner (1983) chama de hanover; ou seja, o ponto em que o adulto, isto é, o professor, passa a competência para o aluno.
O ato de passar a competência para o aluno implica, portanto, que o professor é possuidor de um conhecimento que o aluno não tem, isto os envolve em uma relação de poder, que é extremamente importante para compreensão de como o conhecimento comum é criado na sala de aula através da interação entre aluno e professor. Nesta interação o professor deve ajudar a construir os andaimes (o que Bruner chama de scaffolding) para o aluno aprender, de modo que o aprendiz converta o conhecimento externo em seu próprio, desenvolvendo controle consciente sobre o mesmo (Bruner, 1985: 24-25). É este controle consciente do processo por parte do aluno que caracteriza a passagem da competência, ou handover.
O conhecimento ritualístico ou processual é relativo ao desenvolvimento de uma tarefa na pratica, isto é, o tipo de conhecimento que possibilita que um aluno seja capaz de resolver uma tarefa proposta na metodologia de ensino, como, por exemplo, solucionar um problema de palavras cruzadas, mas que não seja capaz de usar o conhecimento lexical envolvido para resolver este problema na compreensão de um texto.
O outro tipo de conhecimento, o de principio, esta relacionado a compreensão subjacente ao conhecimento ritualístico, ou seja, é orientado para compreensão de como o conhecimento processual funciona na aprendizagem em vez de ser visto simplesmente como um tipo de conhecimento arbitrário, que fornece a resposta certa ao professor.
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