Joao Gimarajaz Rose, em Sagarane
Seminário: Joao Gimarajaz Rose, em Sagarane. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fernandalips • 21/11/2014 • Seminário • 944 Palavras (4 Páginas) • 377 Visualizações
41. (FUVEST) João Guimarães Rosa, em Sagarana, permite ao leitor observar que:
explora o folclórico do sertão.
em episódios muitas vezes palpitantes surpreende a realidade nos mais leves pormenores e trabalha a linguagem com esmero.
limita-se ao quadro do regionalismo brasileiro.
é muito sutil na apresentação do cotidiano banal do jagunço.
é intimista hermético.
(PUCCAMP) As questões de números 242 e 243 referem-se ao seguinte trecho de Guimarães Rosa:
"E desse modo ele se doeu no enxergão, muitos meses, porque os ossos tomavam tempo para se ajuntar, e a fratura exposta criara bicheira. Mas os pretos cuidavam muito dele, não arrefecendo na dedicação.
– Se eu pudesse ao menos ter absolvição dos meus pecados!...
Então eles trouxeram, uma noite, muito à escondida, o padre que o confessou e conversou com ele, muito tempo, dando-lhe conselhos que o faziam chorar.
– Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal?
– Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o estribo do pé de arrependimento nenhum...
E por aí a fora foi, com um sermão comprido, que acabou depondo o doente num desvencido torpor."
242. (PUCCAMP) O trecho acima representa a seguinte possibilidade entre os caminhos da literatura contemporânea.
ficção regionalista, em que se reelabora o gênero e se revaloriza um universo cultural localizado.
narrativa de cunho jornalístico, em que a linguagem comunicativa retoma e reinterpreta fatos da história recente.
ficção de natureza politizante, em que se dramatizam as condições de classes entre os protagonistas.
prosa intimista, psicologizante, em que o narrador expõe e analisa os movimentos da consciência reflexiva.
prosa de experimentação formal, em que a pesquisa lingüística torna secundária a trama narrativa.
243. (PUCCAMP) Liga-se a este trecho de Guimarães Rosa a seguinte afirmação:
É um exemplo de crise da fala narrativa, dissolvendo-se a história num estilo indagador e metafísico.
É uma arte marcada pelo grotesco, pela deformação, que coloca em cena tipos humanos refinadamente exóticos.
O autor recolheu lendas de interesse folclórico, que sabe recontar de modo documental, isento e objetivo.
Um universo rude e um plano místico se cruzam com freqüência em sua obra, fundindo-se um no outro.
A miséria arrasta as personagens para a desesperança, reveando-se ainda na pobreza de sua expressão verbal.
244. (PUCCAMP) Sobre A hora e a vez de Augusto Matraga é incorreto afirmar:
Depois de apanhar até quase morrer, Nhô Augusto passa a viver uma vida de penitências e duros trabalhos, numa tentativa de, pelo esforço do corpo, purificar a alma, comportamento típico de mártires e santos.
Nhô Augusto volta a sentir a sedução da violência quando depara-se com o bando de Seu Joãozinho Bem-Bem, mas resiste, ainda que a duras penas, para não comprometer seu plano de salvação.
No duelo final com Seu Joãozinho Bem-Bem percebe-se, como, em determinados momentos, as intenções e desejos mais egoístas podem se transformar em instrumentos de redenção do egoísmo e doação de si mesmo: Nhô Augusto faz o bem (ao salvar a família do velho da vingança de Seu Joãozinho Bem-Bem) – o que garantiria a salvação de sua alma – por meio da violência destruidora que sempre o fascinou.
Os jagunços no conto de Guimarães Rosa são irracionais e arbitrários e praticam a violência única e exclusivamente para satisfazer seus impulsos sangüinários.
A transformação de Nhô Augusto depois da surra pode ser interpretada como uma morte para a vida de maldades e um renascimento para a vida devota e contrita. Neste sentido, pode ser compreendida simbolicamente como parte de um rito de passagem,
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