Kátia Cristina Lima Oliveira Lemos

FATEFFIR – Faculdade de Teologia e Filosofia Fides Reformada

Pólo de Rio Verde – GO

Artigo científico: INDISCIPLINA: ALUNO X PROFESSOR, como requisito na disciplina GESTÃO EDUCACIONAL

Artigo apresentado ao Curso de Mestrado em Educação Holística da FATEFFIR – Faculdade de Teologia e Filosofia Fides Reformada.

Disciplina: GESTÃO EDUCACIONAL

Orientadora: Professora Ms. Marineuza Caldeira de Sousa Prado.

Mestranda: Kátia Cristina Lima Oliveira Lemos.

Rio Verde – GO – outubro de 2014

INDISCIPLINA: ALUNO X PROFESSOR

Kátia Cristina Lima Oliveira Lemos ¹

Marineuza Caldeira de Sousa Prado²

RESUMO

Este estudo objetiva discutir a afirmação de que a escola de qualidade é aquela que tem um espaço educativo de construção de personalidades humanas, autônomas e críticas, onde os discentes aprendam a exercer a cidadania, e o trabalho docente é realizado de forma consciente, contribuindo para reforçar o conceito de que aluno e professor devem, antes de tudo, conviver em um clima de respeito e harmonia, minimizando atitudes de indisciplina. A pesquisa é desenvolvida de modo a discussão sobre a necessidade de que o ensino atue como proposta uma relação cordial e saudável entre educandos e educadores e, que estes profissionais sintam a necessidade de ensinar a todos, independentemente de suas diferenças, com atividades diversificadas, abertas e avaliações que articulem a coerência entre teoria e prática vencendo a indisciplina na sala de aula. A pesquisa científica se fundamenta em acervo bibliográfico, onde diversos autores ressaltam a problemática causada pela indisciplina, posicionando-se a favor da relação professor-aluno, possibilitando caracterizar a indisciplina como um fator que atrapalha o bom desempenho do processo ensino-aprendizagem.

PALAVRAS-CHAVE: indisciplina, relação professor-aluno, trabalho docente, respeito.

1 INTRODUÇÃO

Os seres humanos são desde o nascimento, influenciados pelas atitudes das pessoas que os rodeiam, também é indiscutível que a formação do ser humano em a relação professor/aluno representa um esforço maior na busca pela praticidade, afetividade e eficiência no processo ensino-aprendizagem. Um adulto íntegro depende da forma em que é educado enquanto criança e jovem. Assim, o objetivo deste estudo é dissertar sobre a relação professor-aluno, muitas vezes prejudicada pela indisciplina apresentada por um ou por muitos alunos. Há a consciência da necessidade de que o docente perceba que ensinar é mais que um ato didático, é uma ação onde emoções e sentimentos se mesclam a conteúdos

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¹Acadêmica do Curso de Mestrado em Educação Holística da FATEFFIR – Faculdade de Teologia e Filosofia Fides Reformada.

²Professora Orientadora.

metodologias. Para discorrer sobre o assunto e ressaltar a relevância do assunto diversos autores serão abordados tais como Furlani (2012), Antunes (2002), fundamentando conceitos e considerações sobre o tema, numa tentativa de mostrar como são complexos os fatores de construção desta relação e de como um comportamento indisciplinado é qualquer ato ou omissão que contraria alguns princípios do regulamento interno ou regras básicas estabelecidas pela escola, pelo professor ou pela comunidade.

A indisciplina permeia negativamente a relação professor-aluno e se mostra como uma resposta à autoridade do docente, porém, essa realidade poderá ser mudada se este se interessar e for competente para mostrar ao corpo discente que ele está do seu lado.

No trabalho com alunos com histórico de indisciplina é necessário que o professor tenha um olhar abrangente sobre as causas do comportamento, vendo além dos problemas biológicos e sociais, afinal, podem ser também emocionais, culturais, familiares. Realizar essa ação é uma atitude que poderá ser efetivada através de métodos, instrumentos e técnicas próprias da pedagogia, sendo relevantes as questões ligadas à prevenção.

2 A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO COMO FATOR DISCIPLINAR

O profissional que se dedica ao trabalho de educar, de transmitir conhecimentos, deve ter a consciência de que seu trabalho toma a vivência e os conhecimentos prévios do aluno como ponto de partida e os aumenta com a finalidade de levá-lo à construção de novas aprendizagens e desenvolvimento de suas habilidades e criatividade. De acordo com os apontamentos de Pinto (1994), é função do educador, incitar o educando a um caminho de busca contínua, a busca de seu verdadeiro ser, e que se preceitue um real crescimento. Desse modo a sala de aula deve ser um lugar de encontro entre professores e alunos, para construir e reconstruir o saber. O professor precisa entender que, muitas vezes o aluno contesta porque não está de acordo com as exigências do professor, com os valores que ele pretende impor, com os seus critérios de avaliação, a sua parcialidade, ou ele, simplesmente quer se fazer notar, quer garantir seu espaço, ser diferente.

Objetivando a disciplina em sala de aula é preciso que haja apoio familiar. A parceria entre a escola e a família é fundamental para o processo de ensino e aprendizagem, pois não se pode negar a importância e influência que esta tem na formação de seus filhos.

Furlani (2012, p. 59) ressalta que

Pensando na organização da escola atual, notamos outros elementos que concorrem para a indisciplina: a situação dos professores que correm de uma escola para outra, sem tempos para si mesmos, para a integração pedagógica e muito menos para a preparação dos fatores materiais, físicos e pedagógicos envolvidos na aula.

A relação professor-aluno é construída no dia-a-dia, mas existem fatores que contribuem para que a indisciplina se faça presente na sala de aula, os professores, na grande maioria trabalham demais