La Valoración – Avaliação Introdução
Por: Joise Araújo • 6/5/2016 • Trabalho acadêmico • 1.106 Palavras (5 Páginas) • 244 Visualizações
La Valoración – Avaliação
Introdução
A avaliação junto ao principio da proveniência (em suas 2 dimensões) são considerados os fundamentos teóricos da arquivística vigentes, mesmo com o embate das novas tecnologias em que estamos imersos. Discutiremos aqui a avaliação, não aquela vista como processo meramente mecânico, mas produto de uma grande reflexão: uma análise dos enfoques modernos sobre a avaliação e os impactos das novas tecnologias da informação como desafios para Arquivística dessa “nova” sociedade da informação.
Enfoques Recentes da Avaliação
Theodoro Schellenberg recolheu e reinterpretou em diferentes contextos o significado de Avaliação. Mesclando teóricos como Jenkinson – no sentido de ver os arquivos como evidencia imparcial; e Muller para quem o que não merece ser preservado não deveria estar no arquivo, Schellenberg associou o termo avaliação a seleção, descarte e eliminação.
A avaliação proposta por Schellenberg com valores primários e secundários e principalmente probatórios e informativos tem sido ponto de partida para muitas discussões nas ultimas décadas.
A avaliação implica um trabalho cuidadoso de análise e não é um mero procedimento como veem alguns. Fatores como: o criador do documento, suas funções, atribuições legais, a estrutura organizacional, processos de tomada de decisões, procedimentos de criação do documento, a natureza, organização e administração dos documentos e mudanças ocorridas no tempo devem ser levados em conta.
Nos últimos 10 anos, especialmente no mundo anglo-saxão, há uma reflexão sobre a teoria da avaliação que busca superar as práticas que consideram importantes apenas as razoes de tipo financeiro e de tipo cultural para determinar o que se conserva e o que se elimina, mas que também é necessário controlar a proliferação de documentos e extrair informações deles. É necessário conhecer a estrutura organizacional, para determinar quem e com que propósito aquele documento foi produzido, afim de encontrar o procedimento que foi usado para a criação e investigar a historia administrativa e a genealogia da administração – para descobrir as atividades que produzem os documentos.
Para alguns a avaliação vai alem de valores primários e secundários, Paul Klep, por exemplo, substitui a distinção entre valores primário e secundário, por uma avaliação da prática burocrática e de tipo administrativo, baseada no cuidado de nossa cultura que permite a possibilidade de avaliação de documentos num sentido simbólico, em termos de estilo, mentalidade e caráter como expressão de seu tempo.
Os seguidores desta corrente falam de uma etapa que compreende a sistematização de vários valores: evidencial e informativo, legal e fiscal, primário e secundário e as características relacionadas com os documentos: originalidade, idade, autenticidade, tratamento, período de tempo e importância – valorizando mais o que for relativa a experiência humana.
Esta corrente tem a intenção de valorar mais o que tem caráter de comprovação das estruturas e funções sociais, como o intuito de preservar as experiências humanas. Dentro desta corrente estão David Bearman, Terry Cook, Richard Cox e outros que defendem a avaliação em dois níveis: macro e micro. Dentro do primeiro se deve entender o porque e como foram criados os documentos, como foram utilizados pelos usuários e que funções e atividades seu criador apoia, além da razão e natureza da comunicação entre os cidadão, as instituições e o Estado.
A macroavaliação valora a localização e as circunstancias de criação dos documentos, a capacidade da instituição em criar um documento de valor de forma global antes de analisá-lo um a um, Feito isso, uma vez identificados em séries, a avaliação passa a ser microavaliação (Integridade, legitimidade, idade, etc) o que recai na avaliação tradicional.
Segundo esse modelo, deveria ser permitido retirar aquela serie documental que revela mais claramente a natureza da sociedade, a dinâmica institucional, a vida de gente comum e os enfoques ideológicos da época. Este enfoque não busca o valor dos documentos em si, nem seus valores probatórios e informativos, mas sim como estes projetam a dialética entre os cidadãos e o Estado. (Enfoque considerado antiarquivístico e com distorção de avaliação)
A teoria da macroavaliação quer conduzir a seleção de documentos a partir de um sistema de análise global das organizações. Estruturalmente desde em cima até embaixo e horizontalmente através das formações administrativas e vias funcionais, como um processo reconstrutivo do conhecimento arquivistico desde o fundo da fonte de informação onde residem, atualmente, bilhões de documentos.
Dentro desta abordagem a noção de imagem da sociedade é essencial para sugerir percepção, imitação, metáfora ou a reflexão, por isso é importante convergência entre imagem e seu reflexo nos documentos. Razão pelo qual, deve ser investigado como e onde a imagem é formada considerando interação Estado-cidadão, a maioria das estruturas e funções importantes chave para identificar e avaliar a melhor série de documentos.
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