Lado Monetário
Artigo: Lado Monetário. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Midi14 • 17/11/2014 • 765 Palavras (4 Páginas) • 509 Visualizações
. Introdução
A Economia Monetária é o ramo da Macroeconomia que estuda questões associadas ao
dinheiro, ou moeda, e seu papel da na economia: quais as funções da moeda; de que forma se dá
sua oferta (como se “cria” moeda); as dificuldades que podem decorrer de um volume inadequado
de moeda (insuficiência ou excesso de oferta), etc. Muitos problemas macroeconômicos
importantes, como a inflação ou o desemprego, relacionam-se direta ou indiretamente com o lado
monetário da economia, ou seja, com o papel exercido pela moeda no sistema econômico.
Em primeiro lugar, trataremos das funções da moeda e sua evolução histórica, para depois
falarmos no funcionamento do sistema bancário e nas políticas do governo em relação ao sistema
monetário.
Funções da Moeda
Pode-se imaginar uma economia primitiva em que se façam apenas trocas de mercadorias
por mercadorias, o chamado escambo: eu produzo milho e troco com você certo número de sacas
desse produto por um bezerro de seu rebanho; uso outras tantas sacas para adquirir um arado de
um terceiro indivíduo, etc. É evidente a ineficiência dessa forma de comércio, quando comparada
com um sistema de trocas em que haja um instrumento intermediário, de aceitação geral — a
moeda. Na ausência de tal instrumento, é necessário que haja coincidência de demandas entre os
dois lados da troca: eu demando seu bezerro e você tem que demandar o milho que eu produzo, ou
de outra forma não haverá transação. Mas se existe moeda, posso simplesmente vender meu milho
por certa quantia monetária e depois comprar com ela o que quiser. É fácil perceber, assim, por
que, em economias baseadas em especialização na produção e trocas entre produtores, cedo se
desenvolveram, historicamente, aqueles instrumentos de intermediação, ou seja, formas de
moeda. (Por outro lado, em sociedades em que a produção para troca não era a regra, não se
institucionalizou esse mecanismo, por desnecessário: foi o caso dos índios brasileiros, antes da
chegada de Cabral, que em geral não comerciavam entre si e não precisavam, portanto, de
dinheiro.)
Unidade de conta. Em geral a moeda é usada também como padrão de valor para atribuição
de preços. Se um prato de almoço comercial custa R$10, e uma lata de refrigerante custa R$2,
poderíamos exprimir esses preços em valores relativos, dizendo que o almoço custa 5 latas de
refrigerante, e a lata de refrigerante 1/5 do prato de almoço. Ou poderíamos usar uma terceira
mercadoria como padrão; em algumas comunidades agrárias da antiguidade utilizaram-se animais
como unidade de valor — algo valia 2 camelos, por exemplo — mesmo que camelos não fossem
usados como meio de troca. Mas não é assim que fazemos, modernamente: definimos os preços
tomando como referência a unidade de moeda: 1 real, em nosso caso. E o mesmo fazemos para
expressar valores, em geral. A moeda serve, desse modo, como unidade de conta.
Reserva de valor. A moeda é também um instrumento de transferência de poder de compra
do presente para o futuro. Se alguém recebe certa quantia de dinheiro, pode, evidentemente,
guardá-la para ser gasta no futuro; estará, assim, utilizando a moeda como reserva
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