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Lado Monetário

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Por:   •  17/11/2014  •  765 Palavras (4 Páginas)  •  507 Visualizações

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. Introdução

A Economia Monetária é o ramo da Macroeconomia que estuda questões associadas ao

dinheiro, ou moeda, e seu papel da na economia: quais as funções da moeda; de que forma se dá

sua oferta (como se “cria” moeda); as dificuldades que podem decorrer de um volume inadequado

de moeda (insuficiência ou excesso de oferta), etc. Muitos problemas macroeconômicos

importantes, como a inflação ou o desemprego, relacionam-se direta ou indiretamente com o lado

monetário da economia, ou seja, com o papel exercido pela moeda no sistema econômico.

Em primeiro lugar, trataremos das funções da moeda e sua evolução histórica, para depois

falarmos no funcionamento do sistema bancário e nas políticas do governo em relação ao sistema

monetário.

Funções da Moeda

Pode-se imaginar uma economia primitiva em que se façam apenas trocas de mercadorias

por mercadorias, o chamado escambo: eu produzo milho e troco com você certo número de sacas

desse produto por um bezerro de seu rebanho; uso outras tantas sacas para adquirir um arado de

um terceiro indivíduo, etc. É evidente a ineficiência dessa forma de comércio, quando comparada

com um sistema de trocas em que haja um instrumento intermediário, de aceitação geral — a

moeda. Na ausência de tal instrumento, é necessário que haja coincidência de demandas entre os

dois lados da troca: eu demando seu bezerro e você tem que demandar o milho que eu produzo, ou

de outra forma não haverá transação. Mas se existe moeda, posso simplesmente vender meu milho

por certa quantia monetária e depois comprar com ela o que quiser. É fácil perceber, assim, por

que, em economias baseadas em especialização na produção e trocas entre produtores, cedo se

desenvolveram, historicamente, aqueles instrumentos de intermediação, ou seja, formas de

moeda. (Por outro lado, em sociedades em que a produção para troca não era a regra, não se

institucionalizou esse mecanismo, por desnecessário: foi o caso dos índios brasileiros, antes da

chegada de Cabral, que em geral não comerciavam entre si e não precisavam, portanto, de

dinheiro.)

Unidade de conta. Em geral a moeda é usada também como padrão de valor para atribuição

de preços. Se um prato de almoço comercial custa R$10, e uma lata de refrigerante custa R$2,

poderíamos exprimir esses preços em valores relativos, dizendo que o almoço custa 5 latas de

refrigerante, e a lata de refrigerante 1/5 do prato de almoço. Ou poderíamos usar uma terceira

mercadoria como padrão; em algumas comunidades agrárias da antiguidade utilizaram-se animais

como unidade de valor — algo valia 2 camelos, por exemplo — mesmo que camelos não fossem

usados como meio de troca. Mas não é assim que fazemos, modernamente: definimos os preços

tomando como referência a unidade de moeda: 1 real, em nosso caso. E o mesmo fazemos para

expressar valores, em geral. A moeda serve, desse modo, como unidade de conta.

Reserva de valor. A moeda é também um instrumento de transferência de poder de compra

do presente para o futuro. Se alguém recebe certa quantia de dinheiro, pode, evidentemente,

guardá-la para ser gasta no futuro; estará, assim, utilizando a moeda como reserva

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