Lesões de atletas

vPai de Jade cogita processar CBG por causa de lesão no punho da atleta

A ginasta Jade Barbosa está com uma lesão no punho direito, chamada osteonecrose, que limita os movimentos de flexão e extensão, informa nesta quarta-feira o jornal O Globo.

César Barbosa, pai de Jade, disse que a filha competiu no sacrifício em Pequim e não poupou críticas à CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), não descartando a hipótese de processar a entidade.

"Olha como a CBG me devolveu minha filha. Ela foi treinar em Curitiba há quatro anos inteira. Vou consultar o Flamengo e advogados e talvez processe a CBG", disse César ao Globo.

De acordo com o que disse o médico Ricardo Laranjeira ao jornal, o problema é causado por trauma ou por esforço repetitivo, que é a hipótese mais provável para o caso de Jade pelo fato de ela ser atleta. Por enquanto, a hipótese de cirurgia está descartada. A ginasta vai fazer fisioterapia em busca de recuperação.

O pai de Jade ainda se queixa de Eliane Martins, dirigente da CBG, para quem as queixas de Jade não passavam de desculpa para o fato de ela não ter conseguido medalha na Olimpíada e afirmou que sua filha não voltará a treinar em Curitiba caso a atual diretoria continue no poder.

Segundo César, para que Jade pudesse competir em Pequim, ele foi obrigado a assinar um contrato com o COB pelo qual não ganhou nada pela cessão dos direitos de imagem e pediu a intervenção do ministro dos Esportes, Orlando Silva, na ginástica do país.

Fonte

12/09/08

Jade acusa CBG de dar alta medicação e impedir de beber água

A polêmica lesão no punho direito de Jade Barbosa ganhou novos contornos nesta sexta-feira. Em entrevista à Folha de S. Paulo, a ginasta, que até agora havia mantido um comedimento em seu discurso, acusou a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) de ter prescrito a ela medicação em alta dosagem, o que teria proporcionado vômitos e mal-estar durante os Jogos de Pequim.

A carioca disse ao jornal que passou a tomar o antiinflamatório Prexige em fevereiro deste ano para controlar as dores no punho, a mando do médico da CBG, Mário Namba. A dose, que começou com um comprimido de 400 g no início do ano, passou a duas cápsulas em julho (na aclimatação no Japão para os Jogos de Pequim) e a três em agosto, durante as Olimpíadas. Segundo especialistas consultados pela Folha, a quantidade foi excessiva.

"Tomava os remédios por causa da dor no punho. Eu até melhorava um pouco da dor, mas, depois, tinha muitos vômitos, não conseguia treinar direito e tinha a sensação de estar sem força nas pernas", declarou Jade ao diário.

A ginasta ainda revelou que a CBG impede suas atletas de beberem água. "Era proibição dos técnicos. Podíamos no máximo dar borrifadas de uma garrafinha com spray na boca, tentar refrescar o corpo, mas, ainda assim, isso era feito escondido", acusou Jade, que relacionou seus problemas de pedra nos rins à medida adotada pela entidade. "Quando tive crise renal, fui orienta pelo médico a tomar 1,5 litro de água por dia, mas tive restrições e tinha que ouvir piadas: 'Lá vai a Jade tomar a aguinha'".

Por esses motivos, questões contratuais e salariais e principalmente pela gravidade da lesão no punho da ginasta, o pai