Lideranca

LIDERANÇA.

A ÉTICA EM UM MUNDO COMPETITIVO

Aline Brait

SUMARÉ

2014

Liderança e a Ética em um mundo competitivo

“Liderança é o processo de desenvolver ideias e uma visão, viver de acordo com valores que dêem suporte a tais ideias e visão, influenciando terceiros a incorporarem-nas em seus próprios comportamentos, bem como tomar decisões difíceis sobre pessoas e demais recursos.” (M. Tichy)

A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, principalmente nas empresas e em cada um de seus departamentos. Ela é essencial em todas as funções da Administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar.

O líder é aquele que reflete os atributos específicos da liderança. Em contraste, o administrador ou gerente dirige o trabalho dos demais e é responsável pelos resultados.

MODELOS BÁSICOS DE LIDERANÇA

Dos vários modelos de liderança que nos são apresentados por multiplicidade de autores, existem dois que acabam servindo de base para todos os demais. São eles:

- Traços de liderança;

- Modelo Comportamental da Liderança.

- Modelos contingenciais.

Um traço é uma qualidade ou característica distintiva da personalidade.

Existe alguma evidencia de que cinco traços são compartilhados pela maioria dos líderes bem sucedidos:

- Inteligência: apresentam um nível de inteligência geralmente superior ao dos subordinados;

- Maturidade: normalmente apresentam um grau de maturidade mais elevado quando comparado ao de seus liderados;

-Amplitude de interesses: operam com uma variedade de interesses e áreas do conhecimento;

- Alto motivação e necessidade de realização: são altamente voltados para a obtenção de resultados.

- Honestidade: tendem a ser pessoas integras, mostrando coerência entre os valores que incorporam e defendem, e suas praticas organizacionais.

“Os gerentes eficazes, em outras palavras, se diferem tão amplamente como os médicos, professores secundários, ou violonistas. Diferem tão amplamente como os ineficazes; são mesmo indistinguíveis dos ineficazes, em tipo, personalidade e talento.

O que todos esses gerentes eficazes têm em comum são os métodos que tornam eficaz tudo o que tem e qualquer coisa que sejam.” (Prof. Chris Argyris)

O modelo comportamental da liderança salienta duas dimensões. A primeira delas é a dimensão consideração, ou seja, a extensão em que os lideres cultivam relações de trabalho baseadas em confiança mútua, em comunicação bilateral, respeito pelas ideias dos subordinados, e empatia com os sentimentos dos mesmos.

A segunda dimensão diz respeito ao estabelecimento da estrutura, isto é, a dimensão em que o líder define e prescreve tanto os seus próprios papeis quanto o de seus subordinados para estabelecer e implementar os objetivos em suas respectivas áreas de responsabilidade.

Tal dimensão funciona nas seguintes siituações:

a) Existe uma pressão para o cumprimento da tarefa e que se origina de um outro elemento, acima do líder;

b) A tarefa satisfaz os liderados;

c) Eles dependem do líder no que concerne a informações e orientações em como completar a tarefa;

d) Os empregados estão psicologicamente predispostos a serem orientados sobre o que fazer e como fazer

Com esta abordagem o lider melhora a produtividade, pelo menos em curto prazo, no entanto desprezando a dimensão consideração geralmente se deparam com uma série de problemas, como absenteísmo, queixas e outras atitudes dos empregados.

O modelo de traços bem como o modelo comportamental procuram identificar características que se aplicam na maior parte das situações de liderança. Já os modelos contingenciais procuram identificar variáveis que permitem que certas características de liderança e comportamento sejam efetivas em situações específicas dadas.

Hellriegel, Slocum e Woodman citam quatro variáveis que interagem para influenciar a eficácia do estilo comportamental do líder, a saber:

- as características pessoas do líder;

- as características pessoais dos empregados;

- as características da equipe;

- a estrutura e as tarefas da equipe, do departamento ou da organização.

Fred Fiedler prove uma abordagem sistemática para o diagnostico de fatores contextuais dentro do modelo contingencial.

Os professores Robert Tannenbaum e Warren Schmidt propuseram um modelo no qual o aspecto liderança variava no decorrer de um continuum, em um extremo como sendo autocrático