Linguagem e socialização
Artigo: Linguagem e socialização. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sheylapso • 10/11/2013 • Artigo • 1.126 Palavras (5 Páginas) • 672 Visualizações
Linguagem e Socialização
“Somente o homem é um animal político, isto é, social e cívico, porque somente ele é dotado de linguagem. A linguagem permite ao homem exprimir-se e é isso que torna possível a vida social”.
Aristóteles (384-322 a.C.).
Aristóteles, grande filósofo grego, define o homem político no sentido do vocábulo grego politikós, ou seja, cidadão, aquele que é capaz de viver na pólis (cidade), em sociedade. E ele atribuirá à capacidade de linguagem, que nos é inerente, o fato de os homens conseguirem viver em sociedade.
A linguagem animal, constituída pela emissão de sons e comportamentos determinados, permite e garante a sobrevivência e a perpetuação das espécies. Há, porém, uma diferença entre a linguagem animal e a linguagem humana. Enquanto a primeira é estática e condicionada, não consciente, a segunda é fruto do raciocínio, e a expressão por meio dela é consciente e intencional, não meramente instintiva. E mais, a linguagem humana é diferente e criativa.
Num primeiro momento, podemos definir linguagem humana como todo sistema que, por meio da organização de sinais, permite a expressão ou representação de ideias, desejos, sentimentos, emoções. Essa representação possibilita leitura, o que concretiza a dinâmica relação da interação, da comunicação e, consequentemente, da socialização. Num segundo momento, podemos defini-la como a capacidade inerente ao homem de aprender uma língua e de fazer uso dela.
“A linguagem é a capacidade humana de articular significados coletivos e compartilhá-los (...). A principal razão de qualquer ato de linguagem é a produção de sentidos”.
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN
Tipos de Linguagem
Quando pensamos em linguagem como sistema organizado de sinais, associamos essa palavra à noção de linguagem verbal, ou seja, de língua. Mas linguagem, como já vimos, tem um conceito mais amplo: é todo sistema que permite a expressão ou representação de ideias, e se concretiza em um texto.
Segundo Favero e Kock (2000):
“(...) texto, em sentido lato, designa toda e qualquer manifestação da capacidade textual do ser humano (quer se trate de um poema, quer de uma música, uma pintura, um filme, uma escultura, etc.), isto é, qualquer tipo de comunicação realizada através de um sistema de signos.”
FAVERO, L. F. & KOCH, I.V. Linguística Textual.
Cientes disso, podemos perceber a existência de diferentes linguagens à nossa volta. Linguagens que apelam a todos os nossos sentidos.
A linguagem da pintura explora linhas, cores, formas, luminosidade; (exemplos) a da escultura se vale de formas, volumes, tipos de material para a sua expressão. Os cartazes luminosos das ruas comerciais, por meio de luzes, exploram imagens e palavras, realizam o cruzamento verbo-visual.
Antes mesmo da escrita, surgiram as gravuras rupestres e o sistema hieroglífico dos egípcios como representações simbólicas, em que signos, à maneira de desenhos, retratavam seres, situações, ritos e até histórias, expressas, primitivamente, sobre pedra, madeira, papiro. Na era da internet, utilizando o computador, os navegadores da rede criaram um código especial para se comunicar, aproveitando os sinais gráficos oferecidos pelo teclado (as chamadas caracteretas: :-) = sorriso; :-( tristeza; ;-) = piscada, cumplicidade; escrever com letra maiúscula significa gritar, etc.).
Outro exemplo de linguagem não verbal é a dos gestos, elaborada para a comunicação de pessoas com deficiência auditiva e de fala, em que sinais produzidos com as mãos correspondem a letras e números.
Como você percebeu, diversos são os tipos de textos e os códigos utilizados na interação social, e um dos mais importantes é a língua. Recapitulando, então, reconhecemos dois grandes tipos de sistemas de signos:
• Linguagem verbal => aquela que utiliza a língua (falada ou escrita);
• Linguagem não verbal => aquela que utiliza qualquer código que não seja a palavra.
Os Signos Visuais
Signos visuais são componentes básicos dos códigos, que possibilitam a expressão de uma ideia substituindo determinados objetos. Assim, são signos visuais o sinal vermelho do semáforo indicando “pare”; o polegar erguido numa mão fechada indicando “sim, ok”; etc.
Segundo a relação com o objeto a que se refere, o signo visual pode assumir diferentes representações do real. Destacamos três:
• Ícone: signo que apresenta relação de semelhança ou analogia com o objeto a que se refere (é metafórico). São ícones a fotografia, o diagrama,
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