Língua culta e língua coloquial
Tese: Língua culta e língua coloquial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: yohana • 17/9/2013 • Tese • 751 Palavras (4 Páginas) • 626 Visualizações
Língua culta e língua coloquial
Os critérios que determinam anormal (padrões de uso)de uma língua se estabelecem ao longo do tempo principalmente pela ação da escola e dos meios de comunicação.Esses dois instrumentos sociais levam os falantes de um idioma a aceitar como"certo" o modo de falar da camada da população que,em virtude de sua situação social privilegiada,tem maior prestígio na sociedade.Essa variedade
–
chamada
língua culta
-usualmente é falada e escrita em situações mais formais pelas pessoas de maior instrução e de maior escolaridade.Os documentos oficiais (leis,sentenças judiciais etc.), os livros e relatórios científicos, os contratos,as cartas comerciais,os discursos políticos etc. são exemplos de textos escritos nessa variedade linguística.A
língua coloquial
, por outro lado, é uma variante mais espontânea, utilizada nas relações formais entre os falantes. É a língua do cotidiano, sem preocupações comas regras rígidas da gramática normativa. Outra característica da língua coloquial o uso constante de expressões populares, frases feitas, gírias etc. Uma comparação entre a
língua culta
e
a língua coloquial
permite notar que,em certos aspectos, as diferenças entre as duas são bastante evidentes; mas,em outros,os limites não são claro se fica difícil,nesses casos, definir o que é culto e o que é coloquial.No quadro a seguir,estão resumidas,de forma bastante simplificada, as diferenças mais facilmente observáveis entre essas duas variedades linguísticas.
NA l.ÍNGUA COLOQUIAL NA LÍNGUA CULTA
Pronúncia simplificada de palavras e expressões: nóis,oceis,
tá bão ,num vô
,
num qué .
Maiorpreocupação comapronúncia:Nós, vocês,
es t á
bom,
não
vou,
não quer.
Emprego freqüente de palavras / expressões dotipo:
aí, então, né.
Uso menos comumdesse tipo de palavra.Usoda expressão"a gente",emlugar de "nós".Exemplo:
A gen t e
sempre lutou m ui to .
Predominância douso da forma"nós".Exemplo:
Nó s
s empr e l uta mos mu ito .
Não utilização de marcas de concordância.Exemplo
: Os menino va i bem
.Utilização das marcas de concordância.Exemplo:
Os me ni nos v ão be m.
Mistura depessoas gramaticais.Exemplo:
Você
sabe que
t e
enga n a m.
Mais uniformidadeno usodas pessoasgramaticais.EX.:
Você
sabe que
o
enganam.
Adequação e
inadequação lingüística
Quando uma pessoa se comunica com outra(s), para que esse ato se realize com eficiência, énecessário que ela se ja capaz de fazer a
adequação
da linguagem àquela situação de comunicação.Veja, por exemplo, esta tira humorística:No segundo quadrinho, ofalante usou palavras que seu ouvintenão conhecia;ou seja, o falante
adequou
sua linguagem. Isso impossibilitou queo cozinheiro entendesse a pergunta.É interessante notar que, nesse contexto (situação de comunicação),podemserfeitas duas"leis" para explicar a inadequação:1
–
hipótese -
Ofalante foi incapaz de adequar a linguagem ao ouvinte; ele nãoteve habilidadelingüística para perceber que,ao fazer a pergunta ao cozinheiro,deveriafalar de maneira mais simpl
es .Assim,
por
exemplo: "Quem foi
o
indivíduo
danoso que preparouessa massa podre e nojenta?
2
–
hipótese -
O falante estava indignado com a péssima qualidade da comida,mas,para evitarconfusão, ele,
intencionalmente,
construiu a frase de modo queocozinheiro nãoa entendessemesmo.Nessahipótese,ele teria usado a frase apenas para desabafar suairritação.
Fatores que influenciam a adequação
Há situações em que a relação
...