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Lívia Maria

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Por:   •  12/4/2014  •  2.681 Palavras (11 Páginas)  •  231 Visualizações

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1.INTRODUÇÃO

Não é novidade o fato de que o tempo passa. E conforme as gerações se sucedem, alguns costumes morrem, outras tradições são mantidas. O homem muda, a sociedade muda, os métodos e relações de trabalho também tendem a seguir essas mudanças. A administração, seja ela considerada como ciência ou arte, sofreu profundas transformações desde que foi oficialmente instituída a partir de Henry Ford, instaurando a Teoria Clássica da Administração. Convém, contudo, aqui salientar que, qualquer mudança ocorrida na administração, decorreu da mudança que ocorre na própria sociedade e nas pessoas, pois a empresa é formada por pessoas.

As pessoas são alma da organização, essa não existe sem aquela e ambas formam uma aliança inseparável. Por este fato, volto a dizer que, as mudanças ocorridas dentro da estrutura organizacional decorram de fatos da sociedade, de novas formas de pensar e de viver. Este presente texto visa à singela análise das concepções de homem dentro das empresas nas mais diferentes Teorias Administrativas. Aqui também será analisado o quanto o homem parentético se assemelha e difere de cada concepção de homem, dos tempos mais remotos até os dias atuais. Nesse trabalho, será feito um breve relato sobre o artigo de Guerreira Ramos, baseado nos conteúdos já estudados.

2.DESENVOLVIMENTO

Antigamente os indivíduos necessitavam realizar grandes esforços no ambiente de trabalho, diferentemente de hoje. Nesse período os interesses dos empregadores e dos empregados eram vistos como impossíveis de serem integrados. Nesse sentido, o artigo abordado pretende analisar as teorias administrativas a partir dos modelos de homem: operacional, reativo e parentético.

Instaurou-se a Teoria Clássica, Taylor, Ford e Fayol, principais teóricos da Administração Científica e autores da teoria Clássica da Administração, não seriam tolerados pelo homem parentético, em hipótese alguma. A forma como viam a fábrica, a organização, e o trabalhador eram altamente rudimentares e desumanas. Suas teorias floresceram numa época muito propícia, Após a Revolução industrial, com todo o mundo ansiando por consumir o que vinha das fábricas. Seus objetivos principais era o aumento da eficiência, uma verdadeira Teoria da Máquina, que julgava tinha a ilusão de que a determinadas ações ou causas decorrerão certamente determinados efeitos ou consequências dentro de uma correlação razoável. Todos os esforços eram voltados para a produção e para a concepção de que o homem era apenas algo acessório à máquina. Nesse contexto nasce o homem visto apenas como: trabalhador, produtor e consumidor. Homem esse que trabalha apenas para se sustentar não vendo satisfação alguma em tarefas super-simplificas, altamente especializadas e penosamente repetitivas. Muito diferente do homem parentético, esse visionário que jamais, em tempo algum, trabalharia somente por dinheiro. Ele trabalha por satisfação pessoal, satisfação essa que jamais seria alcançada num ambiente de trabalho que nunca lhe propunha desafios e limites a superar. Esse homem da teoria clássica, não tem chance, nem capacidade de se por em suspenso, olhando a sociedade como se dela não fizesse parte, a fim de criticá-la, como um bom parentético faria. Depois da teoria humanística, que se preocupava com o esmagamento do homem nas organizações. E nesse clima surge a Teoria Neoclássica da Administração. Altamente focada nos objetivos, com estilos de liderança voltados para os resultados, promovia a descentralização das decisões e a divisão e especialização dos departamentos da empresa. Todas essas idéias apoiavam-se numa incessante busca pela perfeição para o aumento da produtividade. Chegou-se a conclusão de que o trabalho deveria limitar-se a uma única tarefa simples e repetitiva. Para um parentético, submeter-se a tais condições de trabalho seria como matar e negar seus valores de liberdade e livre-expressão. Ele se mantém suspenso, consegue psicologicamente sair de sua sociedade para assim poder enxergar que, imposições que nada lhe acrescentam como pessoa. Por isso, não podem ser acatadas com o silêncio e a obediência cega. Esse fato limitava muito os operários que se viam presos a um regime de produção que esmagava sua autoestima e não lhe dava perspectivas de vida.

Os modelos de homem operacional e reativo continuam a influenciar as empresas, pois apesar de receberem críticas severas, suas alternativas ainda não são amplamente aceitas. O homem parentético seria um reflexo da nossa sociedade, analisado como um indivíduo autônomo e de consciência crítica.

Hoje, o mercado de trabalho está buscando indivíduos cada vez mais, digamos, "humanos".

Já passou o tempo que as empresas precisavam de homens mecanizados, eficientes. As empresas de hoje não precisam mais de funcionários que executem a mesma ação de forma perfeita. Existem máquinas para isso. Ela precisa de pessoas que criem, evoluam, sejam eficazes. O que se busca hoje é o "Homem Parentético". Esse Homem são as pessoas que buscam conciliar sua vida profissional com a pessoal, são altamente críticos, tem opinião, voz e vez. Gostam do que fazem, mas não dão o "sangue" pela empresa. Trabalham nela, ajudam-na crescer, são dedicados, mas desde que sua vida pessoal não seja afetada. São eficazes. As empresas já perceberam isto. Pelo menos aquelas que buscam acompanhar a evolução do mercado de trabalho. As empresas que mais crescem atualmente buscam a todo custo tais funcionários. Quem tem este perfil(é um homem parentético) está sendo disputado a "tapa" pelas organizações.

A diferença entre o Homem Operacional e o Homem Parentético pode ser resumida como a mesma explicação da diferença existente entre ser eficiente (operacional) e ser eficaz (parentético). O eficiente faz as coisas da forma mais perfeita possível. Ele busca sempre a perfeição do que faz, não se preocupando se o que faz está certo ou errado. Já o eficaz primeiro busca fazer o melhor caminho, a melhor forma de fazer algo. Depois ele se preocupa com a "perfeição" do trabalho. Em resumo, eficiente faz algo procurando a perfeição, enquanto o eficaz o faz melhor da melhor forma. Ser eficaz é a característica mais valorizada na escolha de um profissional hoje. Ele precisa ter visão crítica, para ser capaz de escolher a melhor opção, o melhor caminho. Ele precisa ser flexível, para ser capaz de mudar rapidamente de um caminho para outro melhor. Ele precisa

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