MARQUES, Isabel A. Trajetórias Do Ensino Da Dança Textos E Contextos. 2 Ed. - São Paulo: Cortez, 2001.

Como ser professor nos dias de hoje?

Está se tornando comuns os casos de agressão a professores. Esta violência toda, que estamos presenciando, assistindo, lendo,... faz com que muitos profissionais da área da educação desistam de vez da carreira de educadores.

Fica claro que a violência nas escolas, reproduz da violência na sociedade, os professores não conseguem exercer a profissão. Além de educarem dentro do currículo escolar, precisam se preparar para uma realidade que não está nos livros. Não dá para separar violência nas escolas, da violência na sociedade.

Todos sabem da situação dos professores nas escolas e dos projetos que surgiram a partir disto, mas, em 2009, o PLS 178 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (LDB), para fortalecer a cultura da paz nas escolas e nas comunidades adjacentes e o PLS 191 que estabelece procedimentos de socialização e de prestação jurisdicional e prevê medidas protetivas para os casos de violência contra o professor, oriunda da relação de educação. Esses projetos foram apresentados a partir de uma pesquisa chamada A Vitimização de Professores e a Alunocracia na Educação Básica, que foi realizada pela professora doutora Tania Scuro Mendes junto com a aluna Juliana Torres. Nestes anos todos, apesar dos projetos terem sido abordados por políticos, nada mais foi feito. Ainda estamos à mercê da violência nas escolas.

A relação entre pais e filhos esta cada vez mais distante, motivados pelo sistema capitalista, que obrigam pais e mães há ficarem mais tempo fora de casa, deixando a obrigação da formação de caráter, nas mãos dos professores ou mesmo das ruas. A responsabilidade de cuidar, proteger e ensinar esta nas mãos das escolas, que são as que mais passam tempo com nossos filhos, mas uma porcentagem da sociedade, mesmo assim ao invés de educar subprotege, ou mima por indeterminados fatores ou por medo de rejeição por parte dos filhos. Amor não e o mesmo que dizer sim a tudo que a criança ou adolescente quer ou exige amor e colocar limites e fazer ter respeito pelo próximo.

O professor é responsável pelo conhecimento e por todos os aspectos que envolvam sua formação. A criança e o adolescente de hoje, precisam ter perspectivas de futuro. O jovem principalmente precisa ter uma convivência sadia, aprendendo a respeitar e a conviver com os adultos. È bom mencionar, que a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (E.C.A.), tem por objetivo, defender a integridade física, moral e psicológica, mas por ser mal interpretada, tornou o aluno, intocável. A escola não e vítima, todos somos culpados, a família principalmente, pois é a base.

A estrutura oferecida para atendimento público é fragilizada. A sociedade que incentiva a violência, e diz como resolvê-la, com mais violência. O adolescente vive uma fase do desenvolvimento humano de destaque, tudo é motivo para revolta e agressão. É hora de começar a busca pela sua identidade, por isso, sente que precisa de tal poder. É nessa hora que a família deve educar para isto, a escola e a sociedade também.

A família deve se interar mais, participar das atividades, a escola abrir brechas em relação a horários que se adaptem aos pais para esta participação, terem apoio psicológico