MEMORIAL DO PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
Dissertações: MEMORIAL DO PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: leneelson • 20/9/2014 • 2.392 Palavras (10 Páginas) • 432 Visualizações
Trajetória Do Serviço Social No Brasil
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, atividade interdisciplinar.
Tutora eletrônica: Vanessa Stabele
Turma: B
Unidade: 2
Jacobina
2011
Raquel Raicheles. Legitimidade popular e poder público. São Paulo Cortez 1988.
Raquel Raicheles, possui graduação em serviço social pela Pontifícia universidade Católica de São Paulo (PUCSP 1971), mestrado em serviço social pela PUCS (1997). É professora assistente doutoranda do departamento de Fundamentos de Serviço Social da Faculdade de serviço social (PUCSP ), na mesma instituição é professora de programa de estudos pós-graduação em Serviço Social, pesquisadora do instituto de estudos especiais na área de gestão pública. E também é escritora, onde se pode destacar algumas obras, como, Espera pública conselhos de assistência social; Legitimidade popular e puder público; Sistema único de assistência social no Brasil.
A autora Raquel Raicheles, tem como objetivo nesse estudo analisar o desenvolvimento do Serviço Soçial como profissão no Brasil, que teve suas raizes na forma de assistençia social, em buasca de uma explicação para os desafios que a profissão enfrenta atualmente.
Para analisar a trajetória do serviço social no Brasil a autora Raquel Raichelis faz uma reconstrução histórica do serviço social e suas relações com o movimento das classes sociais.
O texto tem o objetivo de oferecer subsídios para a compreensão das relações sociais peculiares ao sistema social capitalista brasileiro no período da década de 30 a 60, ligadas estreitamente a questão social, às origens e ao desenvolvimento do Serviço Social no Brasil.
Raquel Raichhelis estabelece a relação do Serviço Social com a questão social e com as políticas sociais do Estado, focalizando elementos do Estado liberal, do Estado intervencionista e as funções políticas e sociais do Estado moderno.
É preciso considerar que com o processo de industrialização-urbanização o antagonismo dos interesses antagônicos entre as classes sociais ficaram bem evidentes conseqüentemente o que a autora denomina “questão social” ganha mais visibilidade.
O Serviço Social teve seu inicio nas formas de assistência que era desenvolvida pelo movimento leigo da igreja católica na década de 20, mas tendo seu reconhecimento como profissão e institucionalização apenas na década de 30.
É nesse contexto que Raichelis situa o nascimento do serviço social.
Assim , o serviço social vai surgir, na década de 30, a partir da iniciativa de grupos sociais majoritariamente femininos vinculadas à igreja católica, cuja origem social pode ser localizada na burguesia e aristocracia agrárias da época, e que constituirão exatamente a base social do movimento leigo.
Raque Raichelis. P.63,64
Raquel Raicheles, faz uma analise do momento em que o serviço social começa a surgir no meio profissional e as posturas que o definem como profissão.
O serviço social Surge nas décadas de 1920 e 1930, sendo criado como profissão para ajudar a sociedade capitalista. Durante a trajetória do Serviço Social vão surgindo inumeras contradições as quias irão com o tempo tornando claro suas práticas. A base para a implementação do serviço social deu-se através das tenções sociais nas décadas de 1920 e 1930, em meio ao porocesso de industrialização. No entanto o serviço social só é reconhecido como profissão institucionalizada quando a igreja católica, enquanto instituição soçial se organiza para assumir um papel ativo na chamada “questão social”, e, só a partir da segunda metade da década de 30 é que a igreja católica resolve intervir nesse processo.
A permanência da questão social está relacionada com o desenvolvimento industrial que teve como consequência o crescimento desordenado das cidades, devido a migração rural provocada pelo setor agricola. Esse crescimento da classe operaria em condições precarias de higiêne, saúde e habitação tornaram-se gigantescos, dando assim uma maior visibilidade social. Esses trabalhadores passaram e reivindicar melhores condições de vida e trabalho. Foi implantado então um conjunto de leis sociais pelo estado corporativista a partir do estado novo. Isso significava o reconhecimento por parte do estado da presença política da classe operária e da necessidade que seus interesses sejam minimamente considerados. Nesse contexto a “questão social “ passa a ser o centro das contradições sociais, o qual contraditóriamente está na regulamentação do mercado de trabalho. Esse mesmo processo de regulamentação do trabalho e do controle externo da força do trabalho do proletariado seria o bojo desse processo que dará início ao serviço social, o qual surge na década de 30 a partir de grupos sociais burgueses ligados a igreja católica.
O serviço social surge como um departamento especializado de ação social, que funciona como alternativa a caridade e a repressão. Raquel chama atenção quanto a criação da profissão do serviço social que se deu por parte das necessidades das classes dominantes, ao contrário das leis sociais que nasce da demanda das classes trabalhadoras. Essa contradição vem acompanhando a profissão desde sua origem, seu desenvolvimento está vinculado ao estado e ao setor empresarial privado, cumprindo funções a serviço de instituições privadas na qualidade de profissionais assalariados e subordinadaos. O estado estabeleceu mecanismo de controle social através da ação direta. A partir da década de 40 surge um novo campo profissional para o serviço social devido aos inumeros conflitos sociais entre a classe burguesa e a classe operária que se itensificam geranndo assim inumeros conflitos. Raquel resalta que o papel do serviço social era buscar adequar o operário as novas condições de vida,
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