MODERNISMO
Seminário: MODERNISMO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mikaely8187 • 21/8/2014 • Seminário • 385 Palavras (2 Páginas) • 199 Visualizações
É uma das figuras mais importantes da poesia brasileira e um dos iniciadores do Modernismo. Do penumbrismo pós-simbolista de A Cinza das Horas às experiências concretas da década de 60 de Composições e Ponteios, a poesia de Bandeira destaca-se pela consciência técnica com que manipulou o verso livre. Participa indiretamente da SAM, quando Ronald de Carvalho declama seu poema Sapos.
Sempre pensando que morreria cedo (tuberculoso), acabou vivendo muito e marcando a literatura brasileira. Morte e infância são as molas propulsoras de sua obra. Ironizava o desânimo provocado pela doença, mas em Cinza das Horas apresenta melancolia e sofrimento por causa da dama branca. Além de ser um poeta fabuloso, também foi ensaísta, cronista e tradutor. O próprio autor define sua poesia como a do "gosto humilde da tristeza".
Febre, hemoptise, dispnéia, e suores noturnos. / A vida inteira que podia ter sido e que não foi. / Tosse, tosse, tosse. / Mandou chamar o médico: / Diga trinta e três. / Trinta e três... trinta e três... trinta e três... / Respire. (...) / O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. / Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? / Não. A única coisa a fazer e tocar um tango argentino.
--Pneumotórax
Ritmo Absoluto e Libertinagem são frutos de um processo de integração com o Rio. Sua poesia contagia-se de uma visão erótico-sentimental, resultante da forma de encarar o amor a partir da experiência do corpo. Libertinagem usa lirismo solto, repleto de cenas do cotidiano, com verdadeiras aulas de solidariedade e ternura.
Irene preta / Irene boa / Irene sempre de bom humor. / Imagino Irene entrando no céu: / Licença, meu branco! / E São Pedro bonachão: / Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.
--Irene no Céu, in Libertinagem
Em Estrela da Manhã, atinge a plenitude de seu lirismo libertário, mostrando que tudo pode ser matéria poética: um clássico esquecido, uma frase de criança, uma notícia de jornal, a casa em que morava e até mesmo uma propaganda de três sabonetes (Baladas das três mulheres do sabonete Araxá).
Obras principais:Poesia:
o A Cinza das Horas (1917)
o Carnaval (1919)
o O Ritmo Dissoluto (1924)
o Libertinagem (1930)
o Estrela da Manhã (1936)
o Lira dos CinquentAnos (1940)
o Belo, Belo (1948)
o Mafuá do Malungo (1948)
o Opus 10 (1952)
o Estrela da Tarde (1963)
o Estrela da Vida Inteira (1966)
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