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Mantega

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Por:   •  8/11/2014  •  Resenha  •  852 Palavras (4 Páginas)  •  189 Visualizações

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Mantega (1979) nos traz a reflexão da relação entre o sexo e o poder, sob a ótica do capitalismo, utilizando-se das teorias de Freud em que pontua ser está uma condição necessária para a vida em sociedade por meio da repressão e sublimação dos instintos sexuais; bem como se baseou nos principais teóricos mencionados neste estudo para corroborar sua tese de uma sociedade autoritária que se beneficia da repressão em favor do capitalismo.

Afirma assim como Freud que a sociedade busca a felicidade, contudo a repressão dos desejos e sentimento de culpa, originado no “paraíso de Adão e Eva”, submete-nos ao sofrimento. Nesta ótica, nos traz ainda a historicidade de uma repressão que caminha ao longo dos tempos e que mantém sua base desde a autoridade paterna, em que a criança já lida com limites e repressões em sua consciência moral, impostos pela culpa, pela angustia e adversidades do meio familiar e social a que é exposto. Sendo estes sentimentos uma das formas garantida para manutenção dos sistemas de dominação, que atuam como reguladores da espontaneidade sexual natural, uma vez que a moral socialmente imposta reprime os indivíduos, fragilizando-os, para que sejam dominados, tornando a busca pela felicidade uma ação em vão.

Mantega (1979 p.45), menciona que no livro Mais além do principio do prazer, Freud afirma que a compulsão de repetição é uma atitude de praticar um ato continuamente, seja por atitudes e pensamentos, que aparentam não ter sensação de prazer, exceto em “ligar a energia flutuante”, como uma forma de evitar a angustia. Explica ainda que as necessidades reprimidas de seus pacientes não correspondem aos comportamentos típicos de repetição, pois não liberam nada.

Neste contexto faz uma analise do prazer como “perversão”, pois são comportamentos, praticas e fantasias, que estão fora do principio da realidade.

Essa forma de repressão e alienação em torno do trabalho funcionam como um regulador, já que o trabalho é forma de prazer sublimado, socialmente aceito.

3. Prostituição, vivências e mercantilização de corpos

Prostituição é uma história que não tem início, há quem diga que a prostituição é a profissão mais antiga. De acordo com Nickie Roberts (1998), no antigo oriente a mulher era vista como força de vida a sociedade se estruturava de modo matriarcal. 3000 a. C. homens de tribos guerreiras, tem consciência de seu papel e começam a dominar os povos matriarcais, as mulheres passam a ser consideradas propriedades dos homens, a prostituição está ligada a hospitalidade, pois se oferecia a mulher para hóspedes viajantes.

Depois a prostituição passa a ser uma questão do estado que procurava manter a ordem e moral, mas também queria obter lucro com essa atividade.

Segundo o discurso da igreja a prostituta reforçava a separação entre público e privado. A sociedade se empenha em um movimento de “conversão das mulheres perdidas” somente nos séculos XII e XIII.

É percebido o antagonismo da igreja onde por um lado se ataca a sexualidade e por outro se promove a prostituição. Mudanças como, catástrofes ecológicas, econômicas e demográficas surgem no início do século XIV, feudalismo se encontra em crise e a “peste negra” devasta a Europa já na segunda metade do século XIV.

Nesta

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