Memorial Descritivo

1. INSTALAÇÃO DA OBRA

Este canteiro de obra que conta com 40 operários, onde 25 estão alojados no local, o prazo para a realização da obra é de 18 meses, e assim sendo sua instalação deve compreender a colocação de abrigos provisórios e ao longo do avanço da obra maior conforto poderá ser oferecido aos funcionários.

O total do terreno da edificação é de 680 m², sendo que a edificação ocupará 300m². Teremos módulos de vestiário, sanitário, dormitório, escritório, refeitório e convivência, mobiliários, aterro, depósito de material (telheiro), bem como as ligações provisórias de água, energia elétrica e a placa de obra. Tendo todos os equipamentos e materiais especificados neste memorial deverão ser novos.

2. PLACA DE OBRA

A placa será feita de chapa metálica com as medidas de 1,50 x 3,0m, contendo todas as especificações requeridas pelo município. Devendo ser fixada ao lado do portão da frente apoiada em estrutura de madeira.

E assim também deve ser feito com as demais placas exigidas pela legislação.

3. LIMPEZA DO TERRENO

A limpeza do terreno ocorrerá antes da implantação do canteiro de obras e será feita dentro da mais perfeita técnica tomando-se todos os cuidados para evitar danos a terceiros.

Compreendendo assim os serviços de capina, roçado, destocamento e remoção, o que fará com que a área fique limpa de tocos e raízes. Será procedida, no decorrer da obra, limpeza periódica, com remoção de entulhos e detritos que venham a acumular-se no terreno.

4. LOCAÇÃO DA OBRA

Será de inteira responsabilidade da contratada a planimétrica e altimétrica, utilizando instrumentos precisos que atendam as plantas da obra. Cabendo ainda fiscalizar e manter em perfeitas condições todas as referencias de nível.

Periodicamente a contratada deverá proceder rigorosamente verificação no sentido de comprovar se a obra está sendo executada de acordo com o projeto de locação.

5. FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS

Todas as normas da NR/18 aprovadas pelo Ministério do Trabalho devem ser obedecidas, além de haver uma preocupação na manutenção dos equipamentos para que nada se perca ou danifique.

Serão de uso obrigatório os seguintes equipamentos:

- Capacetes de segurança para trabalhos em que existam riscos de lesões decorrentes de queda, projeção de objetos, impactos contra a estrutura e outros acidentes que coloquem em risco a cabeça do trabalhador ou visitantes. No caso de trabalhos realizados junto a equipamentos ou circuitos elétricos será exigido o uso de equipamentos especiais.

- Serão exigidos protetores faciais para trabalhos que ofereçam risco de lesão por projeção de fragmentos e respingos de líquidos assim como por radiações nocivas.

- Serão também exigidos óculos de segurança contra impactos para trabalhos que possam causar lesões nos olhos.

- Óculos de segurança contra radiações para aqueles trabalhos que possam causar irritações nos olhos e outras lesões decorrentes de radiações.

- O mesmo será exigido nos casos de trabalhos que possam causar irritações nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos (óculos de segurança contra respingos).

- Serão exigidos equipamentos para proteção de mãos e braços luvas e mangas de proteção para trabalhos em que haja possibilidade de contatos com superfícies corrosivas ou tóxicas, materiais aquecidos ou quaisquer irradiações perigosas. As luvas serão de couro, lona plastificada, borracha ou neoprene, conforme o caso.

- Serão exigidos equipamentos de proteção para os pés e pernas nos casos de trabalhos executados em locais molhados ou lamacentos, especialmente aqueles que contenham substância tóxica onde as botas serão de borracha ou PVC. Já os locais que apresentam riscos de lesões do pé exigirão proteção de calçados de couro.

- Será obrigatório o uso de cintos de segurança nos locais onde haja risco de queda.

- Haverá uso de protetores auriculares para trabalhos em que o nível de ruído seja superior ao estabelecido na NR/15.

- Serão exigidos aparelhos de proteção respiratória com respiradores contra poeira naqueles trabalhos que impliquem na sua produção; máscara para jato de areia para locais de trabalho que provoquem abrasão através de jatos de areia; respiradores de máscara de filtro químico para trabalhos que ofereçam riscos provenientes de poluentes atmosféricos.

- Os equipamentos de proteção para o tronco como aventais de raspa serão obrigatórios para os trabalhos de soldagem e armação de ferros. Quanto ao transporte vertical de materiais e pessoas, o mesmo obedecerá também às normas da NR/18, sendo proibido terminantemente, o transporte simultâneo de cargas e pessoas.

- Para a proteção e combate ao incêndio das instalações, deverão ser colocados, em locais de boa visibilidade, e acesso desimpedido, 01 (um) extintor de A.P-10l e 01 (um) extintor P.Q.S. – 4kg. À FISCALIZAÇÃO, caberá supletivamente, ordenar providências para alterar os hábitos dos trabalhadores e verificar depósitos de materiais que ofereçam risco de incêndio.

6. LIMPEZA PERMANENTE DA OBRA

O canteiro de obras deverá se permanecer limpo e organizado, com todos os materiais e equipamentos necessários à execução da obra, depositados em local adequado, facilitando a segurança e o andamento dos serviços.

7. TELHEIRO E BARRACO DE OBRA

O depósito de material poderá ser aberto, do tipo telheiro, devendo a área de projeção em planta ter, no mínimo, 30 m. O barraco de obra, que conterá as dependências dos funcionários e o escritório de obra, deverá atender, no mínimo, às dimensões e especificações do projeto fornecido pelo Município, em conformidade com a NR-18. Na execução do telheiro e barraco de obra admitir-se-á o uso de material equivalente ou superior, ou container, desde que com autorização escrita do fiscal da obra e atendendo às condições prescritas na NR-18, prevalecendo, em qualquer caso, a cotação de preços referente ao material especificado neste memorial e nos projetos.

7.1. LOCAÇÃO

O telheiro, barraco de obra, cavalete de sustentação do reservatório, e as entradas provisórias de energia elétrica e de água deverão ser locados, com acompanhamento do fiscal da obra desde o início, obedecendo a indicação deste.

7.2. PISOS

Em todo o barraco deverá ser executado um contra piso de concreto impermeável, com 6 cm de espessura, com cimento, brita e areia, no traço 1:3:4, sobre lastro de brita com 5 cm de espessura. No box de banho coletivo será executado, sobre o contra piso, um piso de cimento desempenado, com argamassa de cimento e areia média, no traço 1:4, com espessura de 3 cm. Deverá ser regularizado com desempenadeira metálica. O telheiro será de "chão batido", ou seja, não terá piso.

7.3. PAREDES

a) Painéis de chapa compensados resinados: deverão ser de boa qualidade, sendo fixados de acordo com a orientação do fornecedor. Não serão aceitas frestas entre os painéis. O pé direito (do piso até o madeirame do telhado) terá 2,60 m;

7.4. COBERTURAS

Deverão ser usados todos os acessórios necessários à fixação das telhas, que deverão ser de acordo com as especificações dos fabricantes. O madeiramento dos telhados será feito com madeira de lei, na inclinação mínima indicada pelos fabricantes das telhas. Terão beirais, em todos os lados, de 40 cm.

Telheiro: Terá uma água e deverá ser executado com telhas de fibrocimento ondulada, com espessura de 4 mm.

7.5. EQUIPAMENTO MOBILIÁRIO

Os bancos serão de plástico, assim como as mesas. As bancadas do escritório de obra serão de mesas pré-fabricadas de MDF com pés de ferro e terá dimensões de 2,20x0,80 m. Deverá ser colocada uma prateleira com dimensões mínimas de 0,30x1,20 m, a 0,30 m sobre a bancada, para colocação das pranchas de projeto dobradas e do material de escritório, composto de 2 (duas) canetas esferográficas com tinta azul ou preta, a serem substituídas cada vez que seu uso ficar impossibilitado, e de escalímetro com, no mínimo, 15 cm, fornecidos pela contratada. Além destes elementos a contratada deverá fornecer estrado de madeira para o box de banho coletivo.

8. EQUIPAMENTO HIDROSSANITÁRIO

Será permitido o uso de outro material compatível, para os mictórios e lavatórios, no caso de serem coletivos, desde que com autorização escrita dos fiscais da obra e atendimento às condições prescritas na NR-18.

8.1. EXECUÇÃO

A instalação hidrossanitária deverá ser executada, obedecendo ao que prescrevem as normas da ABNT, em especial a NBR 5626 e NBR 8160.

8.2. TUBULAÇÕES E CONEXÕES

Serão de PVC rígido, para água fria e esgoto, ambos da marca Tigre ou similar. As bolsas deverão ser colocadas no sentido oposto ao de escoamento. As tubulações não embutidas deverão ser fixadas com braçadeiras, com espaçamento de 2 m nos trechos verticais, independente do diâmetro. Todas as tubulações enterradas deverão ser assentes em leito de areia, sem pedriscos.

8.3. REDE HIDRÁULICA

Será de tubos de PVC rígido, com junta soldável, de acordo com a NBR 5648. Deverão ser do tipo soldado ao longo dos ramais e mistas (com bolsa e rosca) nos pontos de saída de água. Em todas as conexões de rosca deverá ser utilizada fita de vedação apropriada. Os trechos horizontais deverão apresentar declividade mínima de 0,5 % no sentido do escoamento. Nos tubos de PVC de junta soldável não será permitida qualquer abertura de rosca.

A instalação de água fria será definida pela contratada, sem no entanto alterar a posição do equipamento hidrossanitário especificado neste memorial indicado em projeto.

8.4. ESGOTO CLOACAL

Será de tubos de PVC rígido, com ponta e bolsa, de acordo com a NBR 5688. Deverá passar por caixas de inspeção de alvenaria com tampa de concreto, até a fossa, com saída para sumidouro.

8.5. RESERVATÓRIO

Será cilíndrico, de fibra de vidro, marca Fortleve ou similar, com capacidade aproximada para 5.000 litros. Deverá ter todos os elementos necessários para o bom funcionamento, como tubo ventilador, extravasor, saída para limpeza, bóia, etc. O reservatório será apoiado sobre cavalete de madeira, devendo o fundo de o reservatório estar, no mínimo, 1,20 m acima dos chuveiros que estarão a 2,10 m do piso acabado. O cavalete de sustentação deverá ser capaz de suportar peso próprio, carga líquida e ventos de até 120 km/h. O local do reservatório será indicado pelos fiscais da obra, no momento da locação, sendo que o mesmo não estará a mais de 1,50 m de distância do barraco.

8.6. LAVATÓRIOS

Serão de louça, e terão dimensões aproximadas de 50x35 cm, com coluna, na cor branca.

8.7. MICTÓRIOS

Serão individuais, de louça, com sifão integrado, na cor branca. Deverão ser colocados em altura apropriada para uso de adultos.

8.8. BACIAS SANITÁRIAS

Serão de louça, sifonadas e auto-aspirantes, formato oval, na cor branca, com assento e tampas plásticos, na mesma cor dos aparelhos sanitários. Deverão ser colocadas de forma que a tampa, quando erguida, tenha o ângulo necessário para manter-se na posição aberta.

8.9. CAIXAS DE DESCARGA

Serão externas, de plástico, na cor branca, com corda de nylon para acionamento da descarga, marca Astra ou similar.

8.10. CHUVEIROS

Serão elétricos, 110 V, do tipo ducha plástica, marca Lorenzetti ou similar, com duas temperaturas na posição ligadas, sendo a maior potência não inferior a 3.500 W.

8.11. BEBEDOURO

Será metálico, elétrico, 110 V, do tipo pressão, marca Masterfrio ou similar, com vazão de 100 litros. Deverá possuir serpentina e filtro de carvão ativado ou outro sistema de filtragem permitido pelas Normas Brasileiras.

8.12. PIA DO REFEITÓRIO

Será de marmorite, nas dimensões mínimas de 120x55 cm, com uma cuba. Deverá ser apoiada sobre cavaletes de madeira.

8.13. TORNEIRAS

Serão do tipo mesa, de pressão, de PVC, com bitola de ½.

8.14. REGISTROS DE PRESSÃO

Serão de PVC, instalados um para cada chuveiro e mictório.

8.15. REGISTROS DE GAVETA OU GLOBO

Serão de PVC, instalados um para cada entrada e saída do reservatório (inclusive para extravasor e saída para limpeza).

8.16. CAIXA DE GORDURA, CAIXAS SIFONADAS E RALO SIFONADO

Serão de PVC, marca Tigre ou similar, monobloco, com bujão para desobstrução e tampa cega redonda de PVC (exceção do ralo que terá tampa grelhada), com diâmetros internos e saída conforme indicado em projeto.

8.17. FOSSA SÉPTICA

Será do tipo pré-moldada. A tampa de inspeção deverá ser fixada com argamassa de cimento e areia em todo o seu perímetro.

8.18. SUMIDOURO

Deverá ser de concreto armado, conforme projeto, podendo ser do tipo pré-moldado, desde que com volume igual ou superior ao indicado e sem acréscimo de valores com relação à moldada no local. As laterais deverão ter juntas livres ou furos para fácil absorção. O fundo terá, apenas, pedra britada nº3. A tampa de inspeção deverá ser fixada com argamassa de cimento e areia em todo o seu perímetro.

8.19. CAIXAS DE INSPEÇÃO

Serão de alvenaria de tijolos maciços rebocados com espessura final de, no mínimo, 15 cm.

Terão seção retangular de 60x60 cm e profundidade máxima de 1,00 m. O fundo das caixas deverá ser moldado com caneletas para direcionar o escoamento no sentido da saída, evitando a formação de depósitos. As tampas deverão ser de concreto ou ferro fundido leve e cegas. A parte superior das tampas deverá estar alinhada ao nível do terreno.

9. EQUIPAMENTO ELÉTRICO

Deverá atender às condições prescritas na NR-18.

9.1. EXECUÇÃO

A instalação elétrica deverá ser rigorosamente executada conforme projeto, obedecendo ao que prescrevem as normas da concessionária fornecedora de energia elétrica e a NBR 5410.

9.2. ENTRADA DE ENERGIA

Deverá ser solicitada a entrada provisória de energia elétrica, sendo a contratada responsável pelo poste e medidor provisórios, bem como pelo custo do uso da energia elétrica durante a obra.

9.3. ELETRODUTOS

A rede elétrica, será protegida por eletrodutos, de PVC rígido classe B para as instalações embutidas na alvenaria e subterrâneas, de eletrodutos conduletes de PVC rígido para as instalações aparentes, e fixos em isoladores a cada1,20 m (um para cada fio) quando correrem sobre o madeirame do telhado, de acordo com a NBR 6150.

9.4. CONDUTORES

Serão fios anti-chama com isolação 750 V, de cobre, têmpera dura, em conformidade com a NBR 6148, dimensionados conforme projeto, obedecendo ao seguinte código de cores:

a) fase: vermelho

b) neutro: azul claro

c) retorno: branco

d) terra: verde

Os cabos subterrâneos deverão ter isolação de 1 kV. A resistência de aterramento deverá ser inferior a 10 Ohms em qualquer época do ano. Os circuitos 2, 3 e 4 serão com fios 4,00 mm2 e o circuito 1 com fio 2,5 mm².

9.5. CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

O centro de distribuição será de chapa de ferro com fechadura de cilindro e chave, devendo ser fixado na chapa compensada, a 1,10 m do piso pronto, em local indicado em projeto. Terá barramento tripolar com neutro ligado em haste de aterramento.

9.6. HASTE DE ATERRAMENTO

O eletrodo de aterramento será através de haste de aço revestido de cobre, tipo Copperweld, com conector, Ø 19 x 2.400 mm.

9.7. DISJUNTORES

O disjuntor ligado ao barramento será tripolar de 50 A. Os disjuntores dos circuitos 2, 3 e 4 serão monopolares de 35 A e o disjuntor do circuito1 será monopolar de 20 A. Todos os disjuntores serão termomagnéticos.

9.8. PONTOS DE LUZ

Nos pontos de luz deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes, nas potências indicadas em projeto. Deverão ter canopla e soquete, devendo ser fixadas na chapa compensada ou no madeirame do telhado, conforme indicado no projeto.

9.9. TOMADAS E INTERRUPTORES

Deverão ser para tensão nominal de 250 V e correntede 10 A para todos interruptores e tomadas do tipo universal. As tomadas embutidas serão da marca Pial, Iriel ou similar, e deverão ter espelho liso, na cor cinza. As tomadas e interruptores aparentes, fixadas na chapa compensada serão da marca Tigre ou similar. As tomadas com pino terra (para os chuveiros) deverão ter o fio terra ligado ao CD quecontrola o respectivo circuito. Deverá ser observada a posição correta da ligação dos condutores fase e neutro na tomada. As tomadas do tipo universal deverão ser para plugues com pinos chatos e redondos.

9.10. CAIXA DE PASSAGEM

A caixa subterrânea será de alvenaria com tampa de concreto, conforme modelo do RIC/CEEE. A caixa de passagem aparente será para eletrodutos conduletes de PVC rígido, fixada na chapa compensada.