Memorial Descritivo
Trabalho Escolar: Memorial Descritivo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Lucilenerita • 16/3/2015 • 5.219 Palavras (21 Páginas) • 705 Visualizações
Introdução
Falar sobre nós parece ser fácil, mas ao escrever esse memorial percebo que esta primeira impressão é extremamente errônea. Primeiro, porque poucas vezes em nossa vida paramos para refletir ou mesmo relembrar o que já vivemos. Assim, muitas coisas acabam passando despercebidas ou sendo esquecidas com o passar do tempo. Segundo, porque escrever requer muito mais do que lembranças e, na maioria das vezes,pode ser um processo doloroso. Porque nada são totalmente flores a vida toda, passamos por momentos bons e ruins mas o que nos marca é a capacidade de transpor esse momentos e vencê-los com êxito.
A nossa vida nada mais é do que um livro por escrever. Assim, a cada dia, escrevemos uma página deste livro e sendo assim descrevo aqui algumas destas páginas, relembrando aspectos da minha história no intuito de ilustrar um pouco da trajetória da minha vida.
Memórias e histórias.
“Na lembrança, o passado se torna presente e se transfigura, contaminado pelo aqui e o agora. Esforço-me por recuperá-lo tal como realmente e objetivamente foi, mas não posso separar o passado do presente, e o que encontro é sempre o meu pensamento atual sobre o passado, é o presente projetado sobre o passado”
SOARES, Magda Becker. Metamemória-memórias : travessia de uma educadora. São Paulo : Cortez, 1991. p.37-38
Quem sou:
Nasci na cidade de São Paulo, no dia 30 de junho de 1981 ao sétimo mês de gestação,a caçula de quatro irmãos, filha de pais nordestinos que, como muitos vieram para a cidade grande conquistar seu espaço. Meu pai Senhor; Jose Raimundo dos Santos, um homem integro,honesto e batalhador era operário na época em que nasci. Minha mãe Senhora; Rita Apolonia dos Santos,uma eximia dona de casa,também honesta,integra e totalmente ligada a família. Nasci uma criança saudável apesar de prematura não precisei ficar hospitalizada para ganhar peso ou por qualquer outra razão que necessitasse da mesma,porém minha mãe me relata que nasci muito pequenina e que meu pai temia em me levar para casa,pois segundo relatam eu não mal tinha boca para me alimentar, e dormiria muito confortavelmente em uma caixa de sapatos assim como também, tomaria banho em uma bacia para saladas mediante a minha estatura.
É claro que essa era apenas uma maneira que tinham de descrever a mim, a história relacionada ao meu nascimento. Morei em um bairro Paulistano chamado União dos Operários na Vila Maria,até um ano e cinco meses. Depois nos mudamos para o bairro do Itaim Paulista onde moramos até os dias atuais. Minha infância foi maravilhosa aproveitei bem cada fase que tinha que viver.Tive,e cultivo até hoje muitas amizades.
Brincávamos o tempo todo na rua sem medos e preocupações,sempre supervisionados por nossos pais e vizinhos. Tempo bom,amarelinhas,bolinhas de gude,esconde esconde,futebol,casinha,bonecas etc.
Lembro-me que havia várias arvores frutíferas em nossos quintais,e usávamos as frutas para fazer “comidinhas”, na brincadeira da casinha. Meus pais sempre foram muito presentes em todas as áreas da minha vida,me proporcionando uma excelente infância.
O inicio da minha vida como estudante
Quando iniciei no processo de alfabetização tinha 4 anos de idade,foi em uma escolinha na casa de uma vizinha aqui mesmo na rua onde morava, e moro até hoje.
O nome dela era Senhora Eleusa,mais conhecida como “Tia Lê”, a formação dela era apenas de magistério,lembro que ela tinha uma deficiência e andava puxando a perna direita,mas nada que a impedisse de lecionar,alias o que fazia com louvor. A grande maioria das crianças do bairro foi alfabetizada graças a grande garra e vontade que a “Tia Lê” tinha em ensinar. Lembro-me de fatos engraçados que marcaram minha passagem nessa “pré-escola”.
Lembro que no primeiro ano de “pré”,não aprendi muita coisa além de bolinhas,pauzinhos, e o alfabeto. Lembro que a “Tia Lê”,sempre dizia que meu caderno era um “bacalhau” de tanta orelha e borrões causados por apagar tanto com borrachas. Lembro da minha lancheira que era vermelha e branca,que eu amava levar suco de amora e pão com manteiga nela. Lembro também de uma poltrona que a Tia Lê tinha na sala e que ela guardava uma escova de cabelos na primeira gaveta de sua mesa,ela tinha os cabelos cumpridos e negros e eu adorava pentea-los, fazia minhas tarefas correndo e já para trás da professora para pentear seus cabelos. Quando chegava em casa corria para contar para minha mãe que havia penteado os cabelos da Tia Lê,e minha mãe brigava comigo dizendo que não iria pagar escolinha para que ficasse penteando os cabelos da professora. Na hora eu retirava os cadernos da mochila e mostrava a minha mãe que eu havia sim feito meus deveres primeiro e implorava para que ela não me tirasse da escolinha.
No meu segundo ano com a Tia Lê já estava alfabetizada lendo e escrevendo, já fazia lições da cartilha muito bem. No pré fazíamos vários trabalhinhos com diversos materiais, brincávamos com massinha de modelar, na pracinha, tinha um baú de fantasias que eu adorava brincar com meus colegas, tínhamos a hora do conto no tapete com almofadas, tudo era alegria e novidade.
Mas infelizmente como tudo que é bom dura pouco chegou a hora de me despedir da pré escola e ir para o ensino fundamental.
Quando chegou a época de matricular no ensino regular,minha mãe relata que minha professora do pré chorou muito,pedindo que ela não me matriculasse ainda na escola,porque eu era muito frágil e pequena e a mesma temia que eu fosse judiada devido a minha pequena estatura. Chorei horrores ao ter que me despedir daqueles momentos tão maravilhosos ao lado da minha inspiradora e guerreira “Tia Lê”. Mas fui afinal minha jornada escolar estava apenas começando..
Eu no ensino fundamental
Fui matriculada aos 6 anos de idade na primeira série do Ensino Fundamental em uma escola publica próximo de casa. A Escola José Bonifácio De Andrade e Silva Jardim,era uma escola muito boa, porém, para escrever esse memorial tentei buscar de todas as maneiras recordar-me do passado, mas nem mesmo com a ajuda das pessoas que conviveram comigo nesse período eu consegui lembrar muita coisa. Lembrei que os professores usavam sempre os mesmos métodos de ensino, nas aulas de português e leitura eram usados os textos que vinham nos livros didáticos, os professores tomavam a lição dos alunos e exercitavam nossa escrita através de copias onde os alunos copiavam os textos dos livros. Em matemática era ensinado como
...