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Memorial Do Processo De Institucionalização Do Serviço Social

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Por:   •  27/3/2014  •  645 Palavras (3 Páginas)  •  294 Visualizações

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O Serviço Social no Brasil tem suas origens na primeira metade do século XX, com suas raízes cristãs de assistencialismo, a igreja Católica controlava todo processo de ajuda ao próximo e benefícios aos menos favorecidos, sendo patrocinada pela ordem burguesa vigente. Com o surgimento do Capitalismo na Europa, a gênese deste ideal assistencialista encontra-se embasada na contradição fundamental que demarca a sociedade capitalista burguesa, mais precisamente no Brasil, onde a produção é cada vez mais social e a apropriação do trabalho, suas condições e seus resultados, são cada vez mais privadas, assumindo distintas roupagens nesta época. Igualmente, tem-se neste modo de produção, mediante o trabalho alienado e suas relações sociais antagônicas, garantidas tanto a reprodução das condições de exploração e apropriação da riqueza produzida quanto de seus mecanismos ideológicos. A profissão do Serviço Social, que participa dessa reprodução da sociedade, é historicamente determinada, sendo a atuação dessa categoria articulada de maneiras distintas na conjuntura social, política e econômica do Brasil.

Ajudar e solucionar estes graves problemas da população carente, revoltada e oprimida transformou-se em questão política, pois inúmeras greves explodiram neste período. Assim o governo, juntamente com os burgueses brasileiros e a igreja Católica uniram-se para tentar sufocar a voz do povo, proporcionando "acalentos" para os trabalhadores e suas famílias, criando consensos, onde na ilusão de ajudar aos pobres estaria a solução para a crise. Por se haver instalado os ideais comunistas e liberais no país, a igreja Católica viu seus valores sagrados como, a moral, a ordem e o poder ameaçados. Como ao Estado cabia a função de promover a paz e aniquilar a desordem nas relações sociais e o fantasma do comunismo ameaçava o capitalismo no Brasil, o Estado criou sindicatos, instituições assistenciais, com o apoio da igreja Católica e financiamento dos burgueses.

Com a criação do Centro de Ação social de São Paulo, cabia ao mesmo a responsabilidade de formar os membros que estudavam a doutrina da igreja fundamentando sua ação em sua lei, para auxílio ao proletariado e suas respectivas famílias tornando mais eficiente a atuação das então formadas trabalhadoras sociais, fortalecendo e unindo a coordenação e os esforços nas diferentes atividades e obras de cunho social por eles patrocinados e mantidos.

Ainda em 1932 foi ministrado o curso intensivo de filantropia para formação social de moças, promovido pelas cônegas de Santo Agostinho, onde estas apelaram para a criação de uma organização que atendesse os necessitados. As trabalhadoras sociais da época eram moças ricas e de famílias abastadas que lidavam diretamente com proletariado da época, geralmente das próprias empresas da família. Assim a culminância do Serviço Social era adaptar o homem ao meio que vivia e o meio ao homem, mas estas trabalhadoras sociais ainda não observavam de maneira crítica e consciente o seu trabalho e sua intervenção na sociedade, a sistematização e teorização da profissão, alienando a população e iludindo-se com a idéia de que serviam em amor ao próximo, segundo o que pregava a igreja.

Em 1935 criou-se a lei n.º 2.497 para a formação do Departamento de Assistência Social do Estado. O presidente da república neste período

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