Memorias Da Infancia
Casos: Memorias Da Infancia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: aristele • 4/3/2015 • 8.824 Palavras (36 Páginas) • 249 Visualizações
Introdução
O QUE É LETRAMENTO?
Processo de aprendizado do uso da tecnologia da língua escrita.
Isto é, a criança pode utilizar recursos da língua escrita em
momentos de fala, mesmo antes de ser alfabetizada. Esse
aprendizado se dá a partir da convivência dos indivíduos
(crianças/adultos, crianças/crianças), com materiais escritos
disponíveis - livros, revistas, cartazes, rótulos de embalagens,
entre outros -, e com as práticas de leitura e de escrita da
sociedade em que se inscrevem. Esse processo acontece pela
mediação de uma pessoa mais experiente através dos bens
materiais e simbólicos criados em sociedade.
• NÍVEL DE LETRAMENTO
Este, é determinado pela variedade de gêneros de textos escritos
que a criança ou adulto reconhece. A criança que vive em um
ambiente em que se leem livros, jornais, revistas, bulas de
remédios, enfim, e qualquer outro tipo de literatura (ou, em que
se conversa sobre o que se leu, ou mesmo, em que uns leem
para os outros em voz alta, leem para a criança enriquecendo
com gestos e ilustrações), o nível de letramento será superior ao
de uma criança cujos pais não são alfabetizados e não teve o
privilégio de conviver com pessoas que pudessem favorecer este
contato com o mundo letrado.
• ALFABETIZAÇÃO
O processo de descoberta do código escrito pela criança letrada
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é mediado pelas significações que os diversos tipos de discursos
têm para ela, ampliando seu campo de leitura através da
alfabetização. Antigamente, acreditava-se que a criança era
iniciada no mundo da leitura somente ao ser alfabetizada,
pensamento este ultrapassado pela concepção de letramento,
que leva em conta toda a experiência que a criança tem com
leitura, antes mesmo de ser capaz de ler os signos escritos.
Atualmente, não se considera mais como alfabetizado quem
apenas consegue ler e escrever seu nome, mas quem sabe
escrever um bilhete simples.
Portanto, letramento decorre das práticas sociais que leituras e
escritas exigem nos diferentes contextos que envolvem a
compreensão e expressão lógica e verbal. É a função social da
escrita. Enquanto que a alfabetização se refere ao
desenvolvimento de habilidades da leitura e escrita.
Sons e Letras
Aquisição do valor sonoro convencional
Adquirir os valores sonoros convencionais é perceber a
correspondência entre grafema e fonema, isto é, apropriar-se do
conhecimento de que existe uma relação entre o som /A/ e a letra
A, o som /B/ e a letra B, e assim por diante, com todas as letras,
que naturalmente estão inseridas em palavras, frases e textos.
Um dos pontos fundamentais em relação à aquisição dos valores
sonoros convencionais é a ordem de complexidade. Ela é
crescente, não-linear, é parcial e com diversos ramos. Isso quer
dizer que a aquisição pode ocorrer em diferentes ordens e até
simultaneamente, e não há possibilidade de se controlar esse
processo.
O fato de se organizar um processo apresentando as letras numa
determinada ordem não garante a aprendizagem nessa ordem. O
professor pode ficar desenvolvendo durante um mês a “família”
ba-be-bi-bo-bu e as crianças podem estar adquirindo várias
letras, inclusive o B com outras letras, exceto o B propriamente.
A compreensão desse fato leva a uma mudança em relação à
prática pedagógica. Se o professor sabe que a organização e a
sequenciação do processo não levam à aprendizagem nessa
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ordem, por que organizar e levar seis meses ou mais para regular
a apresentação de todas as letras para as crianças? Mais real é
apresentar o alfabeto (campo de trabalho) e permitir que as
crianças adquiram na sua ordem natural e em muito menos
tempo! Quando se desenvolve essa prática, há a “liberação” da
criança para reconstruir o sistema linguístico no seu tempo e, na
maioria das vezes, esse tempo é pequeno em comparação com o
método tradicional organizado.
Interessante ainda ressaltar é o fato de que, apesar do método
tradicional organizado pelo professor, grande parte dos alunos
reorganiza e reconstroi o sistema linguístico, mas não se
manifesta até ser liberados por seu professor. Um exemplo disso
é um garoto que, diante
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