Meningite
Artigos Científicos: Meningite. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: moniarmoura • 1/11/2014 • 1.676 Palavras (7 Páginas) • 1.225 Visualizações
CONCEITO
A meningite é uma doença infecciosa e possivelmente grave e causa inflamação das meninges e do liquido cefalorraquidiano (CLR). As meninges consistem na dura-máter, aracnoide e pia-máter, que são envelopes que protegem o cérebro (encéfalo e medula espinhal). A meningite pode ser de origem viral ou bacteriana. As bactérias envolvidas costumam ser meningococos e pneumococos. Em princípio, pessoas de qualquer idade podem contrair meningite, mas as crianças menores de cinco anos são mais atingidas.
A meningite meningocócica é causada por uma bactéria, o meningococo e é contagiosa. Nem todos que adquirem o meningococo ficam doentes, pois o organismo se defende com os anticorpos que cria através do contato com essas mesmas bactérias, adquirindo, portanto, resistência à meningite. As crianças de 6 meses a um ano são as mais vulneráveis ao meningococo porque geralmente ainda não desenvolveram anticorpos para combatê-la. A meningite é uma doença grave e devemos estar alertas para os sinais e sintomas porque, se diagnosticada e tratada logo, pode ser curada sem deixar sequelas para o doente. Entre os sintomas mais comuns da meningite estão: febre alta, dor de cabeça forte, vômitos (nem sempre, inicialmente), rigidez no pescoço, dificuldade em movimentar a cabeça, manchas cor de vinho na pele, estado de desânimo, moleza.
CAUSAS/TRANSMISSÃO
A transmissão da meningite geralmente ocorre por via direta de indivíduo para indivíduo através da fala, tosse, espirros e beijos, passando da garganta de uma pessoa para outra, especialmente em locais de alta concentração de pessoas como locais fechados, escolas, berçário, creche, etc.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito pela anamnese e exame físico completo do paciente. A confirmação diagnóstica das meningites é feita pelo exame do líquor, o qual é coletado através de uma punção lombar (retirada de líquido da espinha). Exames de imagem, sobretudo a tomografia de crânio, não são exames de escolha para o diagnóstico das meningites, mas são indicados quando há alteração focal no exame neurológico, ou se há sinais de hipertensão intracraniana (dor de cabeça, vômitos e confusão mental), ou crises convulsivas, no início do quadro, sem sinais infecciosos gerais.
MANIFESTAÇÃO/QUADRO CLÍNICO.
As manifestações de meningite variam, mas incluem frequentemente:
Dores de cabeça
Febre
Rigidez da nuca (dor e dificuldade em movimentar o pescoço)
Outras manifestações podem incluir:
Intolerância à luz
Náuseas e vómitos
Sonolência
Confusão mental
As manifestações podem ser mais ligeiras nos casos de meningite viral, enquanto que na meningite bacteriana são habitualmente mais intensas, podendo ocorrer alteração do estado de consciência e crises epilépticas (“convulsões”). No caso das crianças pequenas, as manifestações podem ser particularmente difíceis de detectar. Os bebés com meningite podem mostrar-se menos ativos ou com choro intenso, com recusa em comer e vómitos. No caso dos idosos também pode ser difícil diagnosticar a meningite, manifestando-se frequentemente por deterioração mental sem febre.
COMPLICAÇÕES
A meningite pode causar inúmeras complicações e sequelas neurológicas, como epilepsia, infartos cerebrais e retardo mental em crianças. Fora do sistema nervoso a meningite também pode causar complicações. A doença inflamatória pode levar ao choque séptico e distúrbios da coagulação. As bactérias podem também se difundir para outros locais. Além disso, há registros de perda de parte da audição e também rigidez na parte frontal da cabeça.
TRATAMENTO
O tratamento das meningites agudas é considerado uma emergência, principalmente se a suspeita etiológica for bacteriana. Ele deve ser iniciado o mais rápido possível e com antibióticos administrados via endovenosa, pois o paciente corre o risco de vida e de apresentar sequelas graves nestes casos. Na suspeita de meningite crônica, como aquela provocada pela tuberculose, o tratamento pode ser administrado via oral, sendo que o mesmo se prolonga por semanas.
Após a avaliação médica e a análise preliminar de amostras clínicas, o paciente ficará internado e o tratamento da meningite será realizado com antibióticos específicos.
PREVENÇÃO
A prevenção é possível nos casos diagnosticados e com certeza da doença. O uso de máscaras e a profilaxia com antibiótico podem prevenir a meningite das pessoas que estiverem em contato próximo a um paciente que esteja com a infecção. Também existe vacina contra alguns tipos de Meningite Meningocócica, para os tipos A, C, W135 e Y, porém elas não são eficazes em crianças menores de 18 meses. Em crianças maiores de 18 meses e adultos a proteção da vacina dura de 1 a 4 anos.
EPIDEMIOLOGIA
No Ceará, as meningites, em geral, apresentam comportamento endêmico. Observa-se, desde 1994, a redução os casos, com exceção dos anos de 1999, 2004, 2008, 2009 e 2011, onde foi onde foi evidenciada a ocorrência de surtos de meningites virais, aumento das meningites pneumocócicas e de doença meningocócica.
A doença apresenta um padrão cíclico que dura de 4 a 6 anos. Mesmo com esse padrão se mantendo nos últimos anos, o número de casos vem decrescendo de forma sustentada desde 1995.
O comportamento epidemiológico das meningites por Haemophilus influenzae tipo b- (HIB) no Ceará revela altas taxas de incidência até o ano de 1999, com pico importante no ano de 1997. Após a implantação da vacina no calendário básico de vacinação, no ano 2000, houve um declinio importante da doença incidência até o ano de 1999, com pico importante no ano de 1997. Após a implantação da vacina no calendário básico de vacinação. O decréscimo nas taxas de
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