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Mercado Financeiro

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Por:   •  24/11/2013  •  9.824 Palavras (40 Páginas)  •  293 Visualizações

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MERCADO FINANCEIRO

Módulo 1: Os mercados monetário e financeiro e suas relações

1 – Os mercados monetário e financeiro e suas relações

Para iniciarmos o estudo do mercado monetário, temos que entender o papel do principal objeto desse mercado: a moeda, que, por sua vez, desempenha três funções. São elas:

a. meio de trocas;

b. unidade de conta ou medida de valor;

c. reserva de valor (separação temporal de uso).

A moeda, ao longo de sua história, assumiu várias formas, entre elas, temos:

a. moeda-mercadoria: sal, gado, trigo, entre outros;

b. moeda-papel: certificados bancários com lastro;

c. papel-moeda: moeda fiduciária sem lastro;

d. moeda escritural: moeda depositada nos bancos comerciais.

Dessa forma, o sistema de mercado foi se estruturando para poder dar condições de se ter uma mercadoria como denominador comum para outras mercadorias, sendo essa a moeda, e a condição são os meios de pagamentos caracterizados como papel-moeda em poder do público, e os depósitos bancários, ou seja, o dinheiro, ou estão no bolso dos agentes – liquidez imediata – ou estão depositados nos bancos comerciais e/ou aplicados em outras instituições monetárias financeiras.

Um conceito importante para entendermos o mercado monetário é o de base monetária, sendo esta o dinheiro ou toda moeda “física” disponível (papel-moeda e moeda metálica, exceto a que ficou retida no caixa das autoridades monetárias, leia-se: no Banco Central do Brasil (BCB). Sendo assim, podemos considerar como base monetária (B) o total de papel-moeda em poder do público (PMPP) e o total de reservas bancárias (R).

Base monetária = PMPP + R

1.2 Oferta de moeda (M)

Dentro do mercado monetário, temos a oferta de moeda representada pela letra M, que representa todos os meios de pagamentos, divididos em moeda manual (moeda) e moeda escritural ou depósitos à vista (DV). Sendo assim, temos:

M = meios de pagamentos

M = moeda manual + escritural

M = PMPP + DV

Hoje em dia, temos as quase-moedas, fato que levou a oferta monetária (M) a ter novos conceitos, conhecidos como agregados monetários. São eles:

M1 = PMPP + DV

M2 = M1 + títulos em poder do setor privado

M3 = M2 + depósitos de poupança

M4 = M3 + depósitos a prazo e outros títulos privados

Um ponto importante aqui é que a inflação exerce influência nos agregados monetários, isto é, quando há um aumento da inflação, temos uma queda no grau de monetização da economia, ou seja, há uma queda na relação M1/M4. Já quando há uma queda da inflação, temos o inverso, isto é, uma elevação da relação M1/M4 ou remonetização da economia.

Uma questão importante nessa altura dos estudos é saber qual a diferença entre os sistemas bancário ou monetário e o não monetário, para que saibamos em que terreno estamos pisando.

Para ficar mais claro, sempre temos que ter em mente que existem agentes monetários e não monetários, sendo os primeiros os agentes que têm condições de criar moeda, como o BCB e os bancos comerciais (BC). Já os agentes não monetários são os bancos de investimentos, entre outros, os quais não possuem condições de criar moeda.

Antes de falarmos do processo de criação de moeda, temos que ter bem claros alguns pontos importantes dentro do sistema monetário, no qual temos o papel-moeda emitido (PME), o papel-moeda em circulação (PMC), o caixa do Banco Central do

Brasil (cBCB) e o caixa dos bancos comerciais (cBC). Sendo:

Papel-moeda em circulação = PME - cBCB

Papel-moeda em poder do público = PME – cBC

1.2.1 Processo de criação de moeda

O processo de criação de moedas tem duas formas, sendo a primeira a emissão de moeda pela própria Casa da Moeda atrelada ao Banco Central, e a segunda forma via o efeito multiplicador no sistema bancário com base nos depósitos realizados por cada agente econômico que utilize esse mesmo sistema por meio dos depósitos à vista (DV) que vão para o caixa dos bancos comerciais (cBC).

Entretanto, no sistema monetário contemporâneo, temos o chamado depósito compulsório, isto é, uma obrigação dos bancos comerciais de manterem uma parte do que é depositado diariamente no próprio BCB como forma de garantir a solvência do sistema bancário. Temos dois tipos de reservas, são elas:

a. reservas compulsórias, isto é, obrigatórias (RC); e

b. reservas voluntárias (RV).

Efeito multiplicador bancário

1.2.2 Funções do Banco Central

Como já comentamos, o Banco Central é um agente monetário, porém esse agente, o BCB, também tem o papel de regular os sistemas monetário e financeiro no sentido de

garantir que eles não tenham descasamentos de compensações nem quebra. Sendo assim, o Banco Central tem o papel de ser o banco dos bancos, o depositário e controlador das reservas internacionais, o banco que financia do Tesouro Nacional (TN) e o emissor de papel-moeda

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