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Mercado Financeiro

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Por:   •  28/8/2014  •  3.512 Palavras (15 Páginas)  •  451 Visualizações

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RESUMO DOS CAPÍTULOS 6 E 7

LIVRO “MERCADO FINANCEIRO”, DE ALEXANDRE ASSAF NETO

CAPÍTULO 6 – JUROS

Define-se como juros o rendimento que é obtido quando se empresta dinheiro por um período, que pode ser determinado ou indeterminado. Os juros são para o credor uma compensação pelo tempo que ficará sem utilizar o dinheiro. Basicamente, juro pode ser definido como remuneração fornecida a quem empresta dinheiro.

Formação das taxas de Juros

As taxas de juros podem ser definidas como o preço do crédito, pois o juro incide sobre o preço quando ocorre troca de ativos disponíveis em momentos diferentes no tempo. Todos os tipos de taxas de juros conhecidas no mercado financeiro exprimem a remuneração que é obtida pela alocação de um capital.

Desta forma, toda operação que envolva uma remuneração de juros mostra a participação de dois agentes econômicos, que são:

• Poupador: Agente que deseja adiar seu consumo;

• Tomador: Toma os recursos disponíveis, e decide antecipar seu consumo para o presente.

A relação entre o tomador e o poupador se mantém até que os juros de mercado não sejam mais atraentes para as decisões, tendo em vista que o valor das taxas de juros é definido pelas operações livremente praticadas no mercado.

John Keynes afirma que a taxa de juros é uma taxa referencial do processo decisório, visto que decisões financeiras são consideradas atraentes somente se houver uma probabilidade de que o retorno da aplicação ultrapasse a taxa de juros do dinheiro utilizado.

A noção básica das taxas de juros está relacionada com o conceito de taxa preferencial temporal dos agentes envolvidos. Admitindo-se um mercado livre, a taxa de juros é formada com base nas taxas de preferências temporais dos agentes econômicos possuidores de recursos para empréstimos e no retorno aguardado daqueles que demandam recursos.

A taxa de juros demonstra a confiabilidade dos agentes econômicos com relação ao desempenho aguardado da economia. Desta forma, é possível esclarecer que nos momentos de maior instabilidade econômica, pode ocorrer um aumento nas taxas de juros de mercado.

Pode-se entender como Taxa Ideal de Juros aquela taxa que promove a redução da dívida pública pelo menor custo da dívida, incentiva o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, remunera os investidores com uma taxa real.

A atuação dos juros na economia pode influenciar muitas áreas, como por exemplo, a inflação, geração de poupança, a demanda, taxa de investimento, entre outros. Basicamente, são estes os fatores determinantes da formação dos juros na economia.

As taxas de Juros, as Empresas e o Governo

A finalidade das taxas de juros e dos preços dos bens no mercado é basicamente homogeneizar os valores de um conjunto de bens, tendo em vista que por meio de uma taxa de juros é possível que os agentes econômicos realizem uma distribuição temporal mais adequada às suas preferências de poupança e consumo.

Os agentes econômicos são envolvidos em decisões entre poupar e consumir, precisando definir o nível de renda a poupar e os ativos a adquirir. A decisão final depende da taxa de juros associada a cada valor.

Decisões que envolvem as unidades empresariais devem ser adequadas às variações verificadas nas taxas de juros. Por exemplo, alternativas de pagamentos a fornecedores e políticas de descontos financeiros costumam ser decididas em consenso com o nível alcançado pelas taxas de juros de mercado.

Quanto menor for a taxa de juros, maior é a atratividade dos agentes econômicos para novos investimentos.

O Governo possui um grande poder sobre a fixação das taxas de juros de mercado, pois o Estado é quem controla certos instrumentos de políticas monetárias, as quais permitem regular temporariamente nos níveis das taxas de juros.

As taxas de juros que compõem os preços dos ativos do governo no mercado são denominadas taxa pura ou taxa livre de risco. Assim, pode-se entender que apesar de o mercado estabelecer algumas taxas variáveis para cada nível de risco assumido pelas operações financeiras, o denominador comum desta estrutura é a taxa de juros do sistema econômico.

Investimentos financeiros e cenários econômicos

Algumas variáveis econômicas que definem os recursos dos preços são a taxa cambial, taxa de inflação, taxa básica de juros, entre outras existentes.

Em um ambiente previsível, o investidor se torna propenso em assumir riscos para obter maior rentabilidade, quando em ambientes mais estáveis, quando os juros caem eles tornam os ativos de renda fixa menos atraentes, enquanto os ativos de renda variáveis se tornam mais atraentes.

Comitê de Política Econômica (Copom)

Foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da politica monetária e de definir as taxas de juros. A criação deste Comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório. Basicamente, busca estabelecer as diretrizes básicas do comportamento das taxas de juros no mercado, definindo algumas metas de acordo com as politicas econômicas do governo.

Mensalmente ocorrem reuniões, as quais possuem como intuito decidir e comunicar ao mercado a taxa meta para o financiamento de títulos públicos, que é popularmente conhecida como Taxa SELIC. Essa taxa que é divulgada pelo comitê vigora até a próxima reunião.

Na avaliação das decisões de alterações nas taxas de juros, o Comitê examina informações de três naturezas: Conjuntural, mercado cambial e mercado financeiro.

Maturidade e taxas de juros

Teoria das expectativas:

Teoria que propõe uma taxa de juros de longo prazo que se constitua em uma média geométrica das taxas de curto prazo correntes e previstas para todo o horizonte de maturação de um ativo de longo prazo.

A teoria busca observar o comportamento do investidor, atribuindo as diferenças de rendimentos oferecidas por ativos de diferentes maturidades às diversas expectativas do mercado com relação às taxas de juros futuras.

A teoria das expectativas fala basicamente que os investidores são indiferentes quanto à maturidade do título, e fazem a sua escolha a partir da taxa de retorno mais alta encontrada.

Teoria da preferência

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