Metodologia Cientifica

Evolução social é, assim nos parece, o movimento de uma sociedade em direção a um ideal de vida. Viver é o desafio de sempre, mas o homem espera viver hoje com meios mais cômodos do que nos outros períodos de história. O ideal de vida não é igual em todos os tempos, mas reflete um conjunto de condições que as sociedades vão construindo durante a história. Desenvolvimento social não é, pois, uma etapa que se alcance de modo definitivo e completo. Além disso, o próprio incremento tecnológico obriga a pensar um modo de tornar rapidamente acessível, a um crescente número de pessoas novas tecnologias de saúde, de entretenimento ou que simplesmente desenvolvam habilidades necessárias a um ambiente cultural complexo, dinâmico e diversificado. Vivemos numa época em que os produtos da ciência e tecnologia estão vinculados ao quotidiano, ou melhor, sem eles a vida de milhões de pessoas se torna imediatamente inviável. Embora os produtos da ciência tecnológica sejam elaborados em todos os cantos do planeta e possam ser rapidamente adquiridos, não parece boa estratégia prescindir de pesquisá-los, uma vez que sabemos que a ciência não está pronta e acabada. Os problemas que decorrem do incremento da ciência e da tecnologia foram tratados por Eduardo Soveral (2001) no magnífico livro Pedagogia para uma era Tecnológica. É que se é moral o imperativo de dar ao mundo uma face humana, os produtos da ciência e da tecnologia não se submetem à ética, “os princípios da economia e da eficácia que os animam são também subalternos e axiologicamente neutros, tanto servem para o bem, como para o mal” (p. 15). Há um aspecto fundamental na construção da ciência que devemos lembrar. A produção científica não aparece de improviso nem dá frutos rapidamente. É necessário muito tempo de pesquisa e discussão para chegar a resultados interessantes. É preciso paciência até que os resultados sejam satisfatório. E que os governantes entendam que a pesquisa científica, como a educação superior, não pode deixar de receber investimentos para manter a qualidade do ensino e da pesquisa. Isso é verdade mesmo em tempos de menor disponibilidade financeira, pois o estudante de hoje é o responsável pelo destino da ciência nos próximos anos, além da contribuição da universidade pública para a formação de profissionais de qualidade e de ações extensionistas. Outras prioridades podem ser propostas em função das necessidades sociais, como a produção de alimentos mais baratos e projetos destinados à conservação do ambiente.

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