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Casos: Meus Trabalhos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 23/9/2013 • 2.326 Palavras (10 Páginas) • 272 Visualizações
HISTÓRIA - IDADE MÉDIA
A IGREJA MEDIEVAL
Objetivo: nesta lição será mostrado como se formou a igreja medieval e qual foi sua atuação na sociedade da época. Também veremos a criação da Santa Inquisição, porque foi criada e como foi sua atuação. Entenderemos quem foram os hereges que eram condenados pela igreja. Assim poderemos ver e entender o poder da igreja na época e com este mesmo era usado.
Pré-requisito: ter visto a lição anterior- o sistema feudal. pois já dá uma base de como era a sociedade da época.
A Igreja medieval
Como foi a organização??
Quando iniciaram os conflitos??!
Agora entraremos numa parte bem delicada da história medieval: o papel da igreja!
A igreja teve forte influência nos povos bárbaros. Devido a confusão causada pelas invasões bárbaras e com a desestruturação no Império Romano, a igreja teve forças para manter e conservar sua identidade institucional. A igreja preservou elementos da cultura greco-romana, mas com um ponto de vista cristão e espalhando tudo isso entre os povos bárbaros.
Mas o papel da igreja não ficou só no campo religioso. Ela atuou em diversos setores da vida medieval. Servindo como peça de união social , diante da divisão política do feudalismo.
As raízes do cristianismo, como a palavra sugere, vem de Cristo, daí o nome cristianismo. Oficialmente suas raízes são na antiga Palestina, da época do alto império Romano.
ORGANIZAÇÃO DO CLERO
os sacerdotes da igreja tinham suas categorias:
Clero Secular - eram os sacerdotes que viviam fora dos mosteiros, divididos em padres, bispos e outros.
Clero Regular – já refere-se aos sacerdotes que viviam nos mosteiros e obedeciam as regras de sua ordem religiosa.
No topo da ordem eclesiástica estava o Papa, ou seja, o bispo de Roma. O 1º Papa da cristandade foi Leão I.
Desde 756, o Papa era o administrador político do Patrimônio de São Pedro, ou , o estado da igreja,tinha o poder de acumular riquezas através de doações feitas pelos fiéis principalmente quando estas doações eram propriedades.
Provavelmente a igreja tinha controlado um terço das terras férteis da Europa Ocidental. Isto mostra o forte poder econômico da igreja para a época.
O poder da igreja levou o Papa a envolver-se em diversos conflitos políticos com monarquias medievais.
Como exemplo: a Questão das Investiduras, que ocorreu no século X, quando o imperador Oto I , do Sacro Império Romano Germânico, começou a querer controlar os assuntos da igreja.
Ele fundou bispados e abadias. Em troca da proteção que dava à igreja, controlava as ações do Papa.
As nomeações da parte do imperador eram por interesse pessoais e do governo. Isto abriu as portas para a corrupção entre os membros do clero.
No século XI houve um movimento reformista : Ordem Religiosa de Cluny, com o objetivo de recuperar o poder da igreja. As medidas por ele adotadas foram:
Instituição do celibato e a proibição da investidura religiosa pelo imperador.
Claro que isso não agradou a todos, um rei que não gostou disso foi Henrique IV,imperador do Sacro Império. O resultado não foi agradável. Um foi excomungado e o outro foi deposto e mais atrito entre imperador e Papa. O problema só foi resolvido em 1122 pela Concordata de Worms: onde o Papa teria o poder da investidura espiritual dos bispos e o imperador a investidura temporal.
SANTA INQUISIÇÃO
Nos países denominados cristãos nem sempre as pessoas tinham um fé de acordo com as doutrinas da igreja. Essas crenças que eram diferentes da doutrina padrão da igreja eram chamadas de heresias.
Um exemplo foram os albigenses.
No século 12 no sul da França, os albigenses ou Cátaros, nome este originário da cidade de Albi, local com a maior concentração de seguidores. Tinham a sua própria classe clerical celibatária. Criam que Jesus falou em sentido figurado na sua última ceia , ao dizer:” isto é o meu corpo” ( Mateus capítulo 26, versículo 26), rejeitavam as doutrinas da trindade, do inferno de fogo e o purgatório. Lançaram dúvidas sobre os ensinos da igreja de Roma. O Papa Inocêncio III ordenou a perseguição deles.
A cruzada foi organizada contra os hereges e 20.000 homens, mulheres e crianças foram massacrados, em Bíziers, França. Em 1229, com a derrota dos albigenses, houve a paz.
A inquisição foi um tribunal instituído para suprimir a heresia. Na época ,as pessoas eram dominadas por um espírito de intolerância e elas eram superticiosas e com muita disposição de assassinar os ‘hereges’. A inquisição iniciou uma era de perseguição religiosa que resultou um abusos, denúncias falsa e anônimas, assassinatos, roubo, tortura e morte lenta de milhares de pessoas , que pelo menos pensavam crer diferente das doutrinas da igreja.
Mas esses tribunais da Inquisição não tinham só papel religioso, mas sim uma grande influência política e atuou em vários países europeus, entre eles foram: Itália, França,Alemanha,Portugal e Espanha. Neste último a influência foi forte, tanto no lado espiritual como na vida social.
Como a igreja devia favores ao estado, o seu papel era de também manter a ordem, por combater os movimentos revolucionários contra a classe social dominante, tornando-se uma arma de repressão sócio-política.
AS CRUZADAS
O Papa Urbano II, no século XI, fez um apelo aos fiéis para mover uma Guerra Santa contra os mulçumanos. Embora esse não tenha sido o único motivo. As razões que impulsionaram o movimento cruzadista foram:
» o aumento demográfico na Europa feudal, a falta de terras para plantações.
» o interesse econômico e comercial e conquista de novas terras.
» além da crença de que a peregrinação à lugares santos oferecia a possibilidade de salvação da alma do fiel.
» interesse militar em combater os inimigos do Cristianismo( mulçumanos, judeus e cristãos considerados hereges).
A origem das cruzadas tem a ver com as peregrinações a lugares sagrados. Tais como Jerusalém, onde fica o Santo Sepulcro, lugar onde Jesus foi colocado após ter sido morto.
A princípio a peregrinação era apenas religiosa, mas depois a religião começou a se misturar com o comércio e expansionismo geográfico e ação militar.
As cruzadas foram do século XI até o século XIII, ao todo foram 10 cruzadas, sendo 8 de nobres, 1 de plebeus e 1 de crianças.
Já no final do século XII, o interesse pelas cruzadas havia caído bastante. Alguns motivos foram: os resultados religiosos foram poucos; o fortalecimento do comércio entre Ocidente e Oriente, que era o principal, já havia sido alcançado.
Essas cruzadas causaram muito sofrimento , massacres e invasões com destruição de aldeias e cidades. Assim como os ocidentais achavam os mulçumanos um povo bárbaro, os povos islâmicos, judeus e cristãos ortodoxos viam as cruzadas como invasões bárbaras, que causavam destruição e sofrimento em suas terras.
As conseqüências foram:
» empobrecimento dos investidores de guerra, os senhores feudais que as custeavam.
» Fortalecimento do poder real e enfraquecimento do poder do senhor feudal.
» Reabertura do mar Mediterrâneo e desenvolvimento do intercâmbio entre Europa e Oriente.
» Ampliação do universo cultural da Europa , entre os povos orientais.
Realmente guerras nunca levaram a alegria de ninguém.
HISTÓRIA- IDADE MÉDIA
O SISTEMA FEUDAL
Objetivo: mostrar como era a sociedade durante o período feudal. como os servos eram encarados, como era o comportamento da nobreza. Qual era o valor das terras e como ter muitas propriedades de terra era de grande influência para aquela época.
O Sistema Feudal
A origem do feudalismo foi desencadeada a partir da crise romana. O feudalismo foi uma formação social que era feita de valores romanos, católicos e germânicos. Este sistema dominou a vida dos reinos europeus do século X ao século XIII.
O feudalismo teve em suas origens vários aspectos:
» Houve um grande retorno ao campo; a ruralização da sociedade européia aconteceu no início do feudalismo, pois o comércio foi abandonado como principal atividade econômica.
» Pequenas propriedades de terras desapareceram; essas pequenas propriedades se arruinaram economicamente e foram incorporadas às grandes propriedades. Os grandes proprietários de terra foram ampliando seus poderes locais.
» Apareceu o colonato; o colonato é o sistema de trabalho em que escravos e plebeus pobres passaram a trabalhar como colonos para um grande Senhor de terra. O grande proprietário oferecia terra e proteção aos colonos. Com isso foram criados vilas, que eram compostas por colonos. As cidades perderam importância devido ao surgimento das vilas.
O sistema feudal dominou durante um longo período de tempo, em toda a Europa Ocidental. Por se estender a uma área tão grande não foi idêntico em todos os lugares. Mas há características comuns como: o rei teve seu poder enfraquecido, uso do trabalho servil no campo, a vida rural foi fortalecida, etc...
Mas veja de forma detalhada como era o sistema feudal nos aspectos político, social e econômico.
POLÍTICA
Durante o período de feudalismo o rei não mais exercia seu poder soberano. Embora a figura do rei ainda existisse, ele não tinha poder efetivo sobre todo o reino. A política foi dividida entre os senhores feudais, que eram proprietários de grandes extensões de terra, os feudos. Ele era a autoridade absoluta sendo administrador, juiz e chefe militar.
A descentralização política gerou a também a descentralização monetária, ou seja, não havia mais apenas uma moeda para todo o reino. Acabou também com o exército nacional, havendo agora pequenos exércitos que serviam aos senhores feudais.
Suserania e Vassalagem
» O suserano – protegia o vassalo de forma militar e jurídica. Tinha o direito de se apossar do feudo caso o vassalo morresse sem herdeiros. Podia também impedir o casamento do vassalo com uma pessoa que lhe fosse infiel.
» O vassalo - devia prestar ao suserano serviço militar, libertá-lo caso fosse aprisionado por inimigos e etc. Mas o vassalo não era um servo. A relação vassalo-suserano era um pacto militar.
FEUDO = o termo feudo vem do antigo inglês feo, que se referia a ‘gado’, ‘ riqueza’, ‘fortuna’. Passou a designar toda possessão , incluindo terras, gado e outros bens.
SOCIEDADE
A sociedade feudal era dividida em estamentos, ou seja, diferentes grupos sociais.
Os três principais eram:
1. Nobreza - eram os grandes proprietários de terras que também se dedicavam ao serviço militar. Haviam os senhores feudais: o único proprietário do feudo. Ele exercia a justiça sobre todos os que viviam sob sua proteção e interferia na vida pessoal das famílias servis.
2. Clero - o clero era constituído por membros da igreja Católica e era formada pelo alto clero e baixo clero. Alto clero dirigia a Igreja, administrava suas propriedades agrárias e tinha grande influência política e ideológica. O clero era muito rico,a partir do momento em que passou a receber doações dos católicos.
3. Os servos - eles eram a maioria da população camponesa. Eram os trabalhadores que sustentavam a estrutura feudal e não homens livres. Eles produziam alimentos, roupas e outros. Eram presos ao senhor feudal.
Além destes três estamentos, haviam alguns escravos , os vilões,que era homens livres que trabalhavam para os senhores feudais, mas não eram presos à terra. Haviam também os ministeriais que administravam os feudos em nome do proprietário.
Havia também uma população formada por pequenos mercadores e artesãos.
A IGREJA
A igreja era a grande proprietária de terras, por isso sempre interferia nas relações servis. Pregava que a existência de “senhores” e “servos” era normal em uma sociedade cristã. Pregava também que a infidelidade e a rebeldia eram pecados mortais.
A igreja assumiu o papel das instituições públicas: eram os padres que educavam, que arbitravam as questões legais, que informavam e que orientavam a economia. Também tentavam converter todos ao catolicismo, por bem ou por mal. Nesta época a igreja se distanciou dos ensinamentos de Jesus Cristo, por isso Francisco de Assis criticou a Igreja católica.
Curiosidades= a média de vida mesmo nas classes nobres era de apenas 44 anos!!
As construções eram rudimentares: feitos de madeira ou pedra bem desconfortáveis. Os pisos eram de funco ou palha!!
A alimentação deles era composta por carne, peixe, queijo. Couve, nabo, cenoura, cebola, feijão e ervilha. Não conheciam café e o açúcar eram tão caro que poucos podiam comprar. Comiam pêra e maçã.
As pessoas bebiam muito, comiam com as mãos de forma rude, as eram tratadas de forma rude com desprezo e brutalidade. Os homens eram quem dominavam tudo.
Os servos trabalhavam cedo ao nascer do dia até o pôr- do – sol. Eles viviam em extrema pobreza em uma cabana miserável com um buraco no teto para a saída da fumaça, o chão era batido, comiam mal. Por causa disso eram sujeitos a várias pandemias. Eles não liam nem escreviam, eram chamados de velhacos, estúpidos e feios.
ECONOMIA
O comércio havia se tornado uma atividade de muito pouca importância. A terra tornou-se o principal fator de riqueza daquela sociedade. Eles cultivavam a terra e tudo p que produziam era para consumo próprio. Também caçavam e criavam animais.
As terras dos feudos dividiam-se em :
» campos abertos também chamados de terras comunais ou manso comunal – eram terras de uso comum. Compreendiam em bosques e pastagens. Nessas terras os servos recolhiam madeiras e soltavam animais para pastar.
» Reserva senhorial também chamada de domínio ou manso senhorial- eram terras que pertenciam exclusivamente ao senhor feudal e era onde se localizavam o moinho, os fornos, o estábulo e a capela.
» Manso servil ou tenência- eram terras utilizadas pelos servos. Destas terras eles retiravam seu sustento e os recursos para cumprir as obrigações servis.
Apesar de ainda existir a escravidão , a servidão marcou o feudalismo. É uma relação de trabalho onde o servo era ‘’homem livre’’. Mas era preso à terra na qual trabalhava. Ele tinha que produzir o sustento da sua família e para a nobreza feudal.
O servo era obrigado a trabalhar gratuitamente alguns dias da semana nas terras do senhor feudal, podia ser na agricultura, ou criação de animais. Isto era a Corvéia.
Além de tudo não se podia mudar de ‘’cargo’’. Os que nasciam servos morriam servos. Isto também acontecia nas famílias dos nobres. Era praticamente impossível mudar de condição social.
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