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Por:   •  27/9/2014  •  1.911 Palavras (8 Páginas)  •  224 Visualizações

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E não é de hoje que o brasileiro vai a luta por seus direitos, por um país mais democrático e cidadão, movimentos sociais no Brasil têm sua história marcada pelos grandes lutas realizados contra os governos autoritários, as injustiças sociais e sobretudo ainda nas lutas pela liberdade e democracia, nas décadas de 60 contra a ditadura militar, de 70 e parte da década de 80 é considerado como inspiração no que diz respeito à ideologia que movia mentes e corações desses movimentos sociais, mesmo diante de forte repressão policial, os movimentos não se calaram. Havia reivindicações por educação, moradia e pelo voto direto. Em 1980 destacaram-se as manifestações sociais conhecidas como "Diretas Já".

Em 1990 a era Collor e seu IMPEACHMENT, o MST e as ONGs tiveram destaque, ao lado de outros sujeitos coletivos, tais como os movimentos sindicais de professores nos país também se encontrava no auge do Neoliberalismo, que foi tido como berço das lutas contra os governos FHC, do sucateamento de todos os aparelhos estatais, das “privatarias”, do desrespeito aos trabalhadores e as trabalhadoras do Brasil e de todos os traços básicos de um governo que não dialogava com os movimentos sociais, pois estava ao lado das elites brasileiras e internacionais em nome do capital privado, sem levar em consideração o povo que vivia a margem da “democracia” então vivida.

As grandes revoltas dos movimentos sociais se deram pela luta de algumas décadas em busca da democracia, e quando ela chega ao fim, os governos “democraticamente” eleitos não são necessariamente governos que tem em seu DNA a classe trabalhadora, a integração latina americana e as minorias organizadas ou não.

Diante disto, pode ser afirmado que um movimento social normalmente vem de condições adversas, pois dos piores períodos é que nasce as grandes mobilizações, fruto da angústia e da falta de condições básicas para o povo sobreviver. Para entender o verdadeiro significado dos movimentos sociais na história do Brasil, é preceito principal se focar na consolidação da democracia e na garantia de várias das liberdades que gozamos hoje, e também para compreender as ações e efeitos que vivem o movimento social nos dias de hoje.

Segundo uma pesquisa realizada por Nelson (1979), sobre as Associações de Moradores na América Latina, especialmente Venezuela, Peru, México e Chile, constatou que este tipo de movimento apresenta profundas cisões provocadas principalmente pelas rivalidades partidárias. Apesar de tratar-se de outra realidade, é importante mencionar estas conclusões para mostrar que este é um fenômeno que atinge não só a realidade do movimento associativo brasileiro, mas de uma boa parte da América Latina.

Completam Diniz e Boschi (1989) que dizem que também identificam o “caráter potencialmente divisivo das identificações partidárias no âmbito das comunidades”, onde há certa “dissociação entre o discurso autonomista e a prática comprometida com uma determinada orientação partidária”, o que esclarece algumas questões duvidosas sobre as verdadeiras causas dos movimentos sociais no Brasil.

A manifestação ou o protesto, da forma como todos nós temos acompanhado nas últimas semanas em nosso país, expressa uma reação de caráter público onde os manifestantes se organizam com o objetivo de terem suas opiniões ouvidas em uma tentativa de influenciar a política de governo.

A recente onda de protestos no Brasil foi desencadeada quando os governos de São Paulo e do Rio de Janeiro decidiram aumentar a passagem de ônibus em R$ 0,20. A população logo se uniu e tomou as ruas para protestar contra o aumento que, segundo os manifestantes, não está ligado ao valor da passagem, que passaria para R$ 3,20, mas sim com o transporte e os serviços públicos caóticos do país.

Vídeos e fotos mostraram que a maior parte do movimento era pacífico, com isso outros brasileiros foram para as ruas e apoiaram os protestantes. A população passou a questionar: como assim o país gasta tanto com uma Copa do Mundo e não tem boas escolas, ou hospitais de qualidade? As manifestações tomaram as ruas das principais capitais e repercutiram também no exterior.

E não é de hoje que o brasileiro vai a luta por seus direitos, por um país mais democrático e cidadão. Em alguns momentos da história do nosso país, atos como estes já se repetiram.

1922 – PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

A monarquia existiu no Brasil de 1822 a 1889. Porém algumas crises como a censura, a interferência de D. Pedro II nas questões religiosas e o fortalecimento do movimento republicano, desencadearam muita insatisfação. Num movimento mais elitizado, a população da época uniu-se a Marechal Deodoro da Fonseca, que após um golpe militar, instaurou a Proclamação da República no dia 15 de novembro de 1889, na então capital do Brasil, Rio de Janeiro. Naquele momento surgiu a República Federativa e Presidencialista no nosso país, sendo o próprio Marechal da Fonseca quem assumiu a primeira presidência.

1964 – GOLPE MILITAR

Naquele ano, um comício foi organizado pelo presidente do Brasil, João Goulart, no Rio de Janeiro e serviu como estopim para o golpe. Foi neste cenário que depois de um encontro com trabalhadores, João Goulart foi deposto e teve que fugir para o Rio Grande do Sul e, em seguida, para o Uruguai. Desta maneira, o Chefe Maior do Exército, General Humberto Castelo Branco, tornou-se presidente do Brasil. As principais cidades brasileiras foram tomadas por soldados armados, tanques, jipes, entre outros. O golpe militar de 1964 foi amplamente apoiado à época e um dos motivos que conduziram o manifesto foi uma campanha, organizada pelos meios de comunicação, para convencer as pessoas de que o presidente levaria o Brasil a um tipo de governo comunista, algo que a população considerava inadmissível.

1984 – DIRETAS JÁ!

Um movimento político democrático com grande participação popular, no qual o principal objetivo era estabelecer as eleições diretas para presidente da República do Brasil.

Inflação alta, grande dívida externa e desemprego, expunham a crise do sistema. Os militares, ainda no poder, pregavam uma transição democrática lenta, ao passo que perdiam o apoio da sociedade, que insatisfeita, queria o fim do regime o mais rápido possível.

Durante o movimento ocorreram diversas manifestações nas cidades brasileiras.

Depois de duas décadas intimidada pela repressão, o movimento das “Diretas Já” ressuscitou a esperança e a coragem da população. Além de poder eleger um representante, a eleição direta sinalizava

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