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Modernismo

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Por:   •  16/5/2014  •  Artigo  •  1.507 Palavras (7 Páginas)  •  497 Visualizações

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Modernismo

O modernismo foi um movimento literário e artístico do início do séc. XX, cujo objetivo era o rompimento com otradicionalismo (parnasianismo, simbolismo e a arte acadêmica), a libertação estética, a experimentação constante e, principalmente, a independência cultural do país. Apesar da força do movimento literário modernista a base deste movimento se encontra nas artes plásticas, com destaque para a pintura.

No Brasil, este movimento possui como marco simbólico a Semana de Arte Moderna, realizada em 1922, na cidade de São Paulo, devido ao Centenário da Independência. No entanto, devemos lembrar que o modernismo já se mostrava presente muito antes do movimento de 1922. As primeiras mudanças na cultura brasileira que tenderam para o modernismo datam de 1913 com as obras do pintor Lasar Segall; e no ano de 1917, a pintora Anita Malfatti , recém-chegada da Europa, provoca uma renovação artística com a exposição de seus quadros. A este período chamamos dePré-Modernismo (1902-1922), no qual se destacam literariamente, Lima Barreto, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato eAugusto dos Anjos; nesse período ainda podemos notar certa influência de movimentos anteriores comorealismo/naturalismo, parnasianismo e simbolismo.

A partir de 1922, com a Semana de Arte Moderna tem início o que chamamos de Primeira Fase do Modernismo ou Fase Heróica (1922-1930), esta fase caracteriza-se por um maior compromisso dos artistas com a renovação estética que se beneficia pelas estreitas relações com as vanguardas européias (cubismo, futurismo, surrealismo, etc.), na literatura há a criação de uma forma de linguagem, que rompe com o tradicional, transformando a forma como até então se escrevia; algumas dessas mudanças são: a Liberdade Formal (utilização do verso livre, quase abandono das formas fixas – como o soneto, a fala coloquial, ausência de pontuação, etc.), a valorização do cotidiano, a reescritura de textos do passado, e diversas outras; este período caracteriza-se também pela formação de grupos do movimento modernista: Pau-Brasil,Antropófago, Verde-Amarelo, Grupo de Porto Alegre e Grupo Modernista-Regionalista de Recife.

Na década de 30, temos o início do período conhecido como Segunda Fase do Modernismo ou Fase de Consolidação(1930-1945), que é caracterizado pelo predomínio da prosa de ficção. A partir deste período, os ideais difundidos em 1922 se espalham e se normalizam, os esforços anteriores para redefinir a linguagem artística se une a um forte interesse pelas temáticas nacionalistas, percebe-se um amadurecimento nas obras dos autores da primeira fase, que continuam produzindo, e também o surgimento de novos poetas, entre eles Carlos Drummond de Andrade.

Temos ainda a Terceira Fase do Modernismo (1945- até 1960); alguns estudiosos consideram a fase de 1945 até os dias de hoje como Pós-Modernista, no entanto, as fontes utilizadas para a confecção deste artigo, tratam como Terceira Fase do Modernismo o período compreendido entre 1945 e 1960 e como Tendências Contemporâneas o período de 1960 até os dias de hoje. Nesta terceira fase, a prosa dá sequência às três tendências observadas no período anterior – prosa urbana, prosa intimista e prosa regionalista, com uma certa renovação formal; na poesia temos a permanência de poetas da fase anterior, que se encontram em constante renovação, e a criação de um grupo de escritores que se autodenomina “geração de 45”, e que buscam uma poesia mais equilibrada e séria, sendo chamados de neoparnasianos.

Principais representantes do Pré-Modernismo e do Modernismo no Brasil:

Pintura: Anita Malfatti, Lasar Segall, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Candido Portinari, Rego Monteiro, Alfredo Volpi;

Literatura: Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Augusto dos Anjos, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Alcântara Machado, Manuel Bandeira, Cassiano Ricardo, Carlos D. de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius de Morais, Murilo Mendes, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge de Lima, José Lins do Rego, Thiago de Mello, Ledo Ivo, Ferreira Gullar, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Olavo Bilac, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Ronald de Carvalho, Ribeiro Couto, Raul Bopp, Graça Aranha, Murilo Leite, Mário Quintana, Jorge Amado, Érico Veríssimo;

• Escritores do Modernismo e suas obras

Música: Alberto Nepomuceno, Heitor Villa-Lobos e Guiomar de Novais;

Escultura: Victor Brecheret;

Teatro: Benedito Ruy Barbosa, Nelson Rodrigues;

Arquitetura: Lúcio Costa, Oscar Niemayer;

Poema

Quando o português chegou

Debaixo de uma bruta chuva

Vestiu o índio

Que pena!

Fosse uma manhã de sol

O índio tinha despido

O português.

Oswald de Andrade

aspectos formais dos poemas:

a) Amadurecimento e solidificação da poesia modernista.

b) Mistura do verso livre com formas tradicionais de compor poemas.

c) Mistura da temática cotidiana com temática histórico-social.

d) Revalorização da poesia simbolista

Produção literária do modernismo

MODERNISMO - Primeira Fase

Antônio de Alcântara Machado - (1901-1935) - Pathé Baby; Brás, Bexiga e Barra Funda; Laranja da China; Mana Maria; Cavaquinho e Saxofone (prosa)

Cassiano Ricardo - (1895-1974) - Dentro da Noite; A frauta de Pã; Martim-Cererê; Deixa estar, Jacaré; O sangue das horas; Jeremias sem-Chorar (poesia)

Guilherme de Almeida - (1890-1969) - Nós; Messidor; Livro de horas de Sóror Dolorosa; A frauta que eu perdi; A flor que foi um homem; Raça (poesia)

Juó Bananère (Alexandre Ribeiro Marcondes Machado - 1892-1933) - La divina increnca (poesia)

Manuel Bandeira (1886-1968) - Cinza das horas; Carnaval; O ritmo dissoluto; Libertinagem; Lira dos cinquent'anos; Estrela da manhã; Mafuá do malungo; Opus 10; Estrela da tarde; Estrela da vida inteira (poesia); Crônicas da província do Brasil; Itinerário de Passárgada; Frauta de papel (prosa)

Mário de Andrade - (1893-1945) - Há uma gota de sangue em cada poema; Paulicéia desvairada; Losango cáqui; Clã do jabuti; Remate de males; Lira paulistana (poesia); Macunaíma (rapsódia); Amar, verbo intransitivo (romance); Belazarte; Contos novos (contos); A escrava que não é Isaura; Música, doce música; Namoros com a medicina; O empalhador de passarinho; Aspectos da literatura brasileira; O baile das quatro artes (ensaios); Os filhos da Candinha (crônicas)

Menotti Del Picchia (1892-1988) - Juca Mulato; Moisés; Chuva de pedras (poesia); O homem e a morte; Salomé; A tormenta (romances)

Oswald de Andrade - (1890-1954) - Pau-Brasil; Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade; Cântico dos Cânticos para flauta e violão (poesia); Serafim Ponte Grande; Os condenados; A estrela de absinto; A escada vermelha; Memórias sentimentais de João Miramar; Marco zero (2 volumes) (romances); O homem e o cavalo; A morta; O rei da vela (teatro); Um homem sem profissão 1: sob as ordens de mamãe (memórias)

Plínio Salgado (1901-1975) - O estrangeiro; O cavaleiro de Itararé (romances)

Raul Bopp - (1898-1984) - Cobra Norato; Urucungo (poesia)

Ronald de Carvalho - (1893-1935) - Toda a América; Epigramas irônicos e sentimentais; Luz gloriosa e sonetos (poesia)

MODERNISMO (Segunda fase - Poesia)

Augusto Frederico Schmidt - (1906-1965) - Navio perdido; Pássaro cego; Desaparição da amada; Canto da noite; Estrela solitária

Carlos Drummond de Andrade - (1902-1987) - Alguma poesia; Brejo das Almas; Sentimento do mundo; A rosa do povo; Claro enigma; Viola de bolso; Fazendeiro do ar; Viola de bolso novamente encordoada; Lição de coisas; Versiprosa; Boitempo; Reunião; As impurezas do branco; Menino antigo; O marginal Clorindo Gato; Corpo (poesia); Confissões de Minas; O gerente; Contos de aprendiz (prosa)

Cecília Meireles - (1901-1964) - Espectros; Nunca mais; Metal rosicler; Viagem; Vaga música; Mar absoluto; Retrato natural; Romanceiro da Inconfidência; Solombra; Ou isto ou aquilo (poesia); Giroflê, giroflá; Escolha seu sonho (prosa)

Jorge de Lima - (1895-1953) - XIV alexandrinos; O mundo do menino impossível; Tempo e eternidade (com Murilo Mendes); Quatro poemas negros; A túnica inconsútil; Livro de sonetos; Anunciação; Encontro de Mira-Celi; Invenção de Orfeu (poesia); Salomão e as mulheres; Calunga; Guerra dentro do beco (prosa).

Murilo Mendes (1901-1975) - História do Brasil; A poesia em pânico; O visionário; As metamorfoses; Mundo enigma; Poesia liberdade; Contemplação de ouro preto (poesia); O discípulo dos Emaús; A idade do serrote; Poliedro (prosa)

Vinícius de Morais - (1913-1980) - O caminho para a distância; Forma e exegese; Ariana, a mulher; Cinco elegias; Para viver um grande amor (poesia); Orfeu da Conceição (teatro)

MODERNISMO (Segunda fase - Prosa)

Cornélio Pena (1896-1958) - Fronteira; Repouso; A menina morta

Cyro dos Anjos (1906) - O amanuense Belmiro; Abdias; A montanha

Érico Veríssimo (1905-1975) - Clarissa; Música ao longe; Um lugar ao sol; Olhai os lírios do campo; O resto é silêncio; Noite; O tempo e o vento (O continente, O retrato e O Arquipélago); O senhor embaixador; Incidente em Antares

Graciliano Ramos (1892-1953) - Angústia; Caetés; São Bernardo; Vidas secas; Infância; Insônia; Memórias do Cárcere; Viagem

Jorge Amado (1912) - O país do carnaval; Cacau; suor; Capitães de Areia; Jubiabá; Seara vermelha; Terras do sem-fim; São Jorge dos ilhéus; O cavaleiro da esperança; Gabriela, cravo e canela; Os pastores da noite; Dona Flor e seus dois maridos; Tenda dos milagres; Tieta do agreste, Tereza Batista cansada de guerra; Tocaia grande; O sumiço da santa

José Américo de Almeida - (1887-1980) - A bagaceira; O boqueirão; Coiteiros

José Lins do Rego - (1901-1957) - Menino de Engenho; Doidinho; Bangüê; O moleque Ricardo; Usina; Pedra Bonita; Fogo morto; Riacho doce; Pureza; Água mãe; Euridice

Lúcio Cardoso - (1913-1968) - Maleita; Mãos vazias; O desconhecido; Crônica da casa assassinada; O viajante

Marques Rebelo - (1907-1973) - Oscarina; Marafa; A estrela sobe; O espelho partido

Otávio de Faria - (1908-1980) - Tragédia burguesa

Patrícia Galvão (1910-1962) - Parque industrial; A famosa revista (em parceria com Geraldo Ferraz)

Rachel de Queiroz (1910) - O Quinze; João Miguel; Caminho de Pedras; As três Marias (romances); Lampião; A beata Maria do Egito (teatro)

Fontes

FARACO & MOURA, Língua e Literatura, vol. 3, 26ª edição, Editora Ática, São Paulo –Sp.

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?...

http://www.rainhadapaz.g12.br/projetos/artes/arte_brasileira/anita_malfatti.htm

http://www.vidaslusofonas.pt/mario_andrade.htm

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