Mortalidade Infantil

Mortalidade Infantil

Estimativas da Mortalidade Infantil por Microrregiões e Municípios

Resumo da Pesquisa

Esta pesquisa é uma resposta à preocupação do Ministério da Saúde em dispor de dados atualizados sobre mortalidade infantil, para subsidiar sua política em relação à saúde das crianças brasileiras. Esta é a primeira vez que se produz estimativas de mortalidade infantil com detalhamento municipal.

A pesquisa Estimativa da Mortalidade Infantil por Microrregiões e Municípios, elaborada pelo Dr. Celso Cardoso Simões, a pedido do Ministério da Saúde, tem como objetivo principal obter estimativas dos níveis de mortalidade infantil para o período mais recente, considerado as regiões, Estados, microrregiões e seus respectivos municípios.

Utilizando-se métodos demográficos apropriados, estimou-se e analisou-se a mortalidade infantil para o Brasil, Regiões e Unidades da Federação, no período de 1989 a 1998, e, numa fase posterior, procedeu-se à estimação para as 558 microrregiões, os municípios com mais de 80 mil habitantes e os demais municípios, em três momentos de tempo, ou seja, 1990, 1994 e 1998.

Este trabalho, de qualidade inestimável, representa mais um esforço que esta Pasta vem desenvolvendo para conhecimento da situação epidemiológica, definição e aprimoramento de projetos e atividades voltadas para a criança, objetivando a melhora das condições de saúde deste grupo etário.

Com efeito, desde 1995, o Ministério da Saúde tem estado à frente de um movimento nacional, o Projeto de Redução de Mortalidade Infantil (PRMI), que busca diminuir significativamente as taxas de mortalidade de nossas crianças. Além do incremento anual dos recursos financeiros e da agilização do repasse aos municípios através do Piso de Atenção Básica, procurou-se promover um atendimento integrado e focalizado em municípios mais carentes, envolvendo ações de saneamento, imunização, promoção ao aleitamento materno e do pré-natal, combate às doenças infecciosas e à desnutrição. Ademais, o incansável trabalho de milhares de Agentes Comunitários de Saúde que, diuturnamente, visitam as casas onde habitam milhões de mulheres e crianças tem sido decisivo para os progressos encotrados nos indicadores de saúde deste grupos populacionais.

A partir das informações contidas na pesquisa, pode-se definir a estratégia e operacionalização dos programas voltados para a mulher e a criança, especialmente os que compõem o PRMI, uma vez que, graças aos resultados deste trabalho, sabe-se agora, com bastante precisão, em que localidades a mortalidade se apresenta com maior intensidade. Desta forma, será possível intensificar as intervenções já em andamento, concentrando os esforços de maneira objetiva, utilizando recursos de forma mais eficiente.

Neste sentido, a presente publicação será uma importante ferramenta para os gestores e profissionais de saúde de todas as esferas de governo no planejamento das interações necessárias.

Finalmente, é importante que se chame a atenção para o fato de que as estimativas aqui apresentadas devem ser consideradas como uma aproximação da real situação dos níveis de mortalidade infantil nos municípios.

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