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Mudanças nas normas ortográficas da língua portuguesa

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Por:   •  27/10/2014  •  Artigo  •  839 Palavras (4 Páginas)  •  304 Visualizações

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Introdução

Após várias tentativas de se unificar a ortografia da língua portuguesa, a partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil e em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o período de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de 2015. Algumas modificações foram feitas no sentido de promover a união e proximidade dos países que têm o português como língua oficial: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal. A reforma ortográfica era para ter entrado em vigor desde 1990, no entanto, somente três países haviam assinado o protocolo modificativo do Acordo Ortográfico: Brasil, Cabo Verde e Portugal. Em julho de 2004 houve uma ratificação do mesmo que regulamentou a concordância de apenas três países quanto à reforma ortográfica para que a mesma pudesse vigorar.

Regras e Mudanças

Acento agudo: este deixa de existir em alguns poucos casos.

1. Nas palavras paroxítonas, ou seja, nos vocábulos cuja tonicidade recai na penúltima sílaba, os ditongos abertos ei e oi que eram acentuados, não são mais. Este fato é justificado na existência de oscilação entre a abertura e fechamento na articulação destas palavras. Assim, alguns termos que hoje se escreve de um jeito, tomam novos formatos ortográficos, como: assembleia, ideia, jiboia, proteico, heroico, etc. Já outros, continuam como são: cadeia, cheia, apoio, baleia, dezoito, etc. Porém, o acento agudo permanece nas oxítonas (vocábulos cuja tonicidade incide na última sílaba) e nos monossílabos tônicos com ditongos abertos –éi, -éu ou oi, seguidos ou não de –s: papéis, herói, remói, anéis, ilhéus, chapéu, etc.

2. Nas palavras paroxítonas com hiatos formados com i ou u, quando são precedidas de ditongo. Dessa forma: feiúra passa a ser feiura, baiúca passa a ser baiuca. Entretanto, as vogais i e u (oxítonas ou paroxítonas), continuam a ser acentuadas se a vogal que antecede estas não formar ditongo: saída, cafeína, egoísmo, baía, ciúme, recaída, sanduíche, Piauí, etc.

3. Nos verbos em que o acento tônico incide na raiz, com as consoantes g ou q precedendo a vogal tônica u, este acento é retirado. É o caso de: arguir e redarguir: (eu) arguo, (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, e assim por diante.

Acento circunflexo: algumas regras mudaram

1. Não existe mais acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que possuem o “e” tônico fechado em hiato na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo. Isso ocorre com os verbos: crer, dar, ler, ver e seus derivados, como: prever, reler, descrer, etc.

Assim, o certo era: (eles) crêem, dêem, lêem, vêem, relêem, prevêem.

Agora, fica: (eles) creem, deem, leem, veem, releem, preveem.

Importante: A acentuação dos verbos ter e vir e seus derivados não modifica: eles têm, eles vêm.

2. De igual modo, o acento circunflexo deixa de existir na vogal tônica “o” de palavras paroxítonas, assim como: enjoo, povoo, voo, abençoo, perdoo.

3. O acento circunflexo ou agudo será aceito em palavras proparoxítonas, cujas vogais tônicas sejam “e” ou “o”

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