MÓDULO II "FUNCIONÁRIOS DE ESCOLAS: CIDADÃOS, EDUCADORES, FUNCIONÁRIOS E GESTORES."
Artigo: MÓDULO II "FUNCIONÁRIOS DE ESCOLAS: CIDADÃOS, EDUCADORES, FUNCIONÁRIOS E GESTORES.". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tpcc • 19/8/2014 • 9.683 Palavras (39 Páginas) • 1.489 Visualizações
MÓDULO II
“FUNCIONÁRIOS DE ESCOLAS: CIDADÃOS, EDUCADORES, FUNCIONÁRIOS E GESTORES.”
Curso: Técnico em Alimentação Escolar
Disciplina: Funcionários de Escolas: Cidadãos, Educadores, Profissionais e Gestores
Módulo: 2º - Total de Horas: 60
Professora: Terezinha Pereira da Cruz
Cidade: Frei Inocêncio – 2014
Caro estudante
Atualmente, existem no Brasil mais de um milhão de funcionários trabalhando nas escolas públicas, federais, estaduais e municipais, os quais, têm a missão de oferecer educação básica a 50 milhões de alunos. E, diante desses números, talvez se sinta como um grãozinho de areia numa imensa praia, alguém sem a mínima importância. Entretanto, para os estudantes um a escola, é cada funcionário é essencial. Por tanto, é com o professor, é com o educador com quem os
alunos contam, 200 dias por ano, para construir sua cidadania e sua felicidade.
Ao fazer, este curso “ Técnico em Alimentação Escolar”, de nível médio , ele vai habilitá-lo a exercer, como técnico, uma das profissões não docentes da educação escolar básica. Este é o segundo módulo (pedagógico), aos quais se seguirão outros de sua profissão de técnico.
Nesse segundo módulo, essa disciplina é dedicado à construção da identidade dos funcionários no contexto da estrutura e do funcionamento da educação básica, você terá, algumas unidades para estudo, reflexão e avaliação .
Ementa do Programa:
Os funcionários da escola no contexto da educação escolar. Papel social da escola e as funções educativas não-docentes: prática integrada, profissionalismo e compromisso social.Relação entre os funcionários e a estrutura e operação das etapas e modalidades da educação básica: legalidade e realidade. Papel dos funcionários na elaboração e na execução da proposta pedagógica e da gestão democrática das escolas e dos sistemas de ensino.
Objetivo Geral:
• Compreender o papel dos funcionários no contexto escolar.
Objetivos Específicos:
• Refletir sobre o papel social da escola
• Conhecer a legalidade e sua aplicabilidade na realidade
• Contribuir e participar da execução da proposta pedagógica e da gestão democrática das escolas.
REFLEXÃO
“Cinquenta milhões de alunos são educados pelos professores e funcionários das escolas públicas na educação básica” João Monlevade.
OS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR
Funcionário docente e não-docente: uma relação de poder nos espaços escolares
O processo histórico da escola dá a impressão que ela era composta, exclusivamente, por alunos e professores, entretanto, de acordo com Monlevade (2005, p. 44) “os primeiros funcionários já se faziam presentes na construção e no funcionamento da primeira escola”, o Colégio dos Jesuítas de Salvador, em 1550, em que estes atuavam como coadjuvantes do processo de ensino através dos cuidados com a alimentação, a religiosidade, a saúde e o desenvolvimento corporal e psicológico. Além disso, ainda, tinham os “cozinheiros, enfermeiros, sacristães, horticultores, bibliotecários, vaqueiros, administradores de fazendas, pilotos de navio, construtores, pintores e em outras ocupações mais ou menos relacionadas”. No período das aulas régias, em substituição ao ensino jesuítico, o ensino, escrituração e os registros das atividades ficavam quase que, exclusivamente, na responsabilidade do professor, que às vezes tinha o auxílio de um escravo, que ora ficava incumbido de limpar o ambiente ora de servir a água aos alunos. Os trabalhos eram regidos tanto pelos serviços escravos como pela inexistência deste na escola. Em fins do século XIX, tem-se a propagação de escolas primárias, seriam as escolas normais, motivando a contratação de funcionários para a conservação, alimentação, para os cuidados da secretaria e da biblioteca. A contratação desses funcionários era por meio das relações de clientelismo ou por indicação política; somente em cidades maiores é que ocorriam os concursos públicos.
No século XX, o Brasil sai do autoritarismo e torna-se mais democrático, com a participação do corpo docente, discente e dos pais. A educação escolar comporta além dos professores os demais profissionais, contudo, os professores podiam habilitar-se por um curso de nível médio ou superior; aos demais não era exigido uma profissionalização.
A partir da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96[2], assegurou-se os direitos à educação básica, à educação especial, à educação de jovens e adultos, à educação superior e à educação profissional por meio de uma gestão democrática e da garantia de qualidade em que pudesse alterar a situação dos funcionários administrativos sem capacitação e formação profissional para a adequação de uma ocupação reconhecida por meio de um diploma profissional (MONLEVADE, 2005, p.63). Nessa perspectiva, possibilitou-se a inserção dos funcionários administrativos como atores do processo, os colocando na posição de também educadores, os tirando da situação de desvalorização , os inserindo como parte do contexto educacional escolar. Toda essa mudança, quanto ao posicionamento dos funcionários administrativos como educadores surgiu a partir das cobranças advindas da base sindical e da implantação de leis, direcionando esses profissionais das escolas públicas a terem uma formação continuada, de aperfeiçoamentos em sua área de atuação, visando assim, o reconhecimento social da sua profissão de técnico em educação.
De acordo o Decreto nº 5.154, de 2004 com base nas Diretrizes Curriculares da Educação Profissional, do Conselho Nacional de Educação (Monlevade, 2005, p.42), havia inúmeras escolas
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