NO FIM, ERA O PROTAGONISTA QUE ESTAVA ESCREVENDO A HISTÓRIA DELE MESMO SE ELE TIVESSE ATENTIDO AO ''CHAMADO''.
Por: rali00 . • 25/3/2016 • Resenha • 2.205 Palavras (9 Páginas) • 259 Visualizações
NO FIM, ERA O PROTAGONISTA QUE ESTAVA ESCREVENDO A HISTÓRIA DELE MESMO SE ELE TIVESSE ATENTIDO AO ''CHAMADO''.
TODO CAMINHO QUE ELE PERCORREU FOI PELA MENTE DELE.
TERMINAR COM A MÚSICA SOUNDS OF SILENCE, ESCREVENDO TRECHOS E EM SEGUIDA NARRANDO OS ACONTECIMENTOS
NO FIM, ERA O PROTAGONISTA QUE ESTAVA ESCREVENDO A HISTÓRIA DELE MESMO SE ELE TIVESSE ATENTIDO AO ''CHAMADO''.
Prefácio
Tenho novidades à você. O mundo, sua vida , e tudo que à constitui não foram adaptados, tampouco criados para você. Há mais de sete bilhões de pessoas no mundo e posso dizer com absoluta certeza que todas elas vão crescer e morrer sem descobrir quem elas são e o lugar de onde elas pertencem. Não acredita em mim? Deixa eu te fazer uma pergunta, você conhece alguém que é feliz todo o tempo? Conhece? Mentira sua.
A partir do momento em que nossa existência é concebida, a nossa alma é mandada para uma prisão, esta que denominamos corpo. O corpo é uma prisão que usa o coração como chave para impedir nossa alma de encontrar o seu lugar no universo, e de fato, ser feliz.
Porém, por mais irremediável que este destino possa parecer, sempre existem as excessões. Ou excessão, no caso. Existe uma brecha, quando nosso corpo está prestes a adormecer, uma leve estrada quase inpercepitível aos sentidos humanos é aberta. Apenas a mais pura das almas, aquela que não se corrompe pela angústia e rancor causados pela prisão, tem a capacidade de atravessar a estrada. É ai que entra um garoto, que, por incrível que pareça, não tinhada nada de especial, seu nome era... bem, seu nome não importa, afinal ele não possuia nada de especial.
Seu cabelos eram arrumados com o melhor dos penteados que o vento pudera criar . Seu rosto era comum, mas também traiçoeiro, deixara muitas pessoas se enganar. O seu corpo era desajeitadamente normal, chamava atenção apenas pelo andar desajustado que suas pernas demasiadamente grandes lhe proporcionava. Sim, posso ter acabado de descrever centenas de meninos ao redor do mundo, mas como eu disse, não havia nada de especial naquele garoto.
Mas o que poderia ter feito um jovem tão comum para ter sua existência notada? Se aquele garoto nada especial tivesse seguido sua vida normalmente, esperando que a mediocridade de uma morte incrédula, que uma existência não religiosa proporciona, ele seria apenas mais um no meio de tantos outros, como de fato era. Mas um dia, em uma de suas muitas madrugadas conscientes, o jovem preparou seu ritual que servia de prelúdio ao sono. Colocou uma música em seu mp3, cobriu seu corpo até a metade para não ficar muito quente, mas também não muito frio. Colocou suas mãos atrás da cabeça e relaxou.Às duas horas e sete minutos da madrugada, o jovem permanecia acordado. Uma música acabara, em seguida teve inicio outra canção, que, assim como o garoto, não tinhada nada de especial.
Parece que para encarar o destino não é preciso ser especial, é preciso apenas ser. A música se iniciou no exato momento de transição, aquele do qual falei mais cedo, que porporciona a estrada para o contato com a alma. Esta via, ao contrário das nossas, não é feita de asfalto, e sim de destino, onde milhares de pessoas passam por ele todo dia, mas não o notam.
Quando o jovem se deu conta, passou correndo pela estrada e deu de cara com sua alma. Aquilo fora chocante. Lágrimas sairam de seu rosto e a realidade não pode mais ser distinguida da surrealidade. Foi ai que a imagem veio clara como àgua em sua mente. Ele viu o seu lugar, viu onde sua alma pertencia e não podia ir. Viu uma estrada em um dia escuro, um estacionamento sem carros, árvores e mais a frente um lugar intrigante. O local parecera uma casa, mas ao chegar mais perto ele viu que se tratava de uma lanchonete. Nesta lanchonete estava sentada ela, sua alma gêmea, com seu sorriso encantador e inocente esperando por ele.
O garoto passou a noite em claro sem entender bem o que havia acontecido. A partir daí seus dias nunca mais foram os mesmos, algo nele havia mudado.
Após dias confusos, o pobre menino, vítima de sua alma pura, não conseguia mais viver sua vida. Uma vez que entramos em contato com nosso interior, a ponto de visualizarmos o lugar ao qual pertencemos, não há mais como viver como antes.
Por noites o garoto tentou entrar em contato com sua alma novamente, todas as tentativas foram em vão. Ele se questionava, por qual o motivo destino havia pregado esta peça nele? Deixa-lo ter consciencia do que ele realmente era para em seguida lhe dizer que ele nunca poderá ser. Lembra-lo de que sua vida estava nas mãos do destino, que leva todos a uma vida decadente e vazia. Não parecida fazer sentido.
O garoto deixou-se cair no infinito de seus pensamentos, horas de prantos incessantes vieram a seguir. Os dias seguintes foram sombrios, o menino deu inicio à uma existencia entorpecida e insconsciente. Fora levado diversas vezes ao pscólogo, teve de escutar horas de conversas com seus país sobre o abuso sexual e como os jovens que sofrem devem proceder ou como o bullyng deve ser denunciado. Nada daquilo parecia surtir efeito no garoto.
Um dia, sentado em um ponto de ônibus próximo à uma faixa de pedestre ele notou um acontecimento no mínimo interessante. Uma senhora de cabelos brancos, com um vestido preto até os joelhos, pernas cobertas por uma espécie de segunda vestimenta transparente, nas mãos uma bolsa também de cor preta e no cabelo uma fita em forma de laço . Ao lado dela havia um homem, mas que o garoto não deu muita importância, a senhora havia atraído toda sua atenção.
O sinal fechou para os carros. A senhora e o rapaz se prepararam para atravessar a rua. Mas antes de começar a andar a senhora jogou um objeto ,que, pela distância, não foi possível ser reconhecido pelo garoto, mas que chamara atenção pelo brilho estonteante. A senhora saiu na frente. O rapaz, notando que a senhora havia deixado o objeto, voltou para pega-lo e devolver à sua dona. A mulher caminhou até o meio da rodovia quando o rapaz finalmente pegou o objeto e gritou para chamar sua atenção. A senhora ignorou e deu mais dois passos, quando um carro fora de controle a atropelou, levando-a à metros de distância, sem chances de sobrevivência.
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