Natação. Trabalhar na adaptação a um meio líquido
Pesquisas Acadêmicas: Natação. Trabalhar na adaptação a um meio líquido. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 151067 • 3/4/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 1.818 Palavras (8 Páginas) • 360 Visualizações
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO
ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO
Um indivíduo pode-se dizer adaptado à água quando consegue estar à vontade dentro dela, não se incomodando com água em seu rosto, apresentando equilíbrio e um bom deslocamento vertical e horizontal.
Para se conseguir tudo isso, é necessário o trabalho de adaptação ao meio líquido.
Inicialmente o trabalho de adaptação nada mais é do que a transferência de uma sessão de brincadeiras para dentro da água.
Qualquer atividade pode servir como trabalho de adaptação, desde que se saiba o porque do que se está fazendo.
O próprio banho de chuveiro pode ser um bom começo para o trabalho de adaptação. Se formos pesquisar, não muito longe, com nossos próprios colegas, é muito provável que entre eles encontraremos alguém ou até mais de uma pessoa que não goste de tomar banho em ducha onde se cai bastante água na cabeça.
Este incomodo é um fato que nos revela inadaptação, pois quem gosta de água e tem controle sobre sua respiração, tanto não se incomoda como gosta muito da água sobre sua cabeça.
Como foi dito anteriormente, qualquer atividade pode servir como trabalho de adaptação ao meio líquido, desde que se saiba o porque do que se está fazendo.
Como saber o que se quer?
O trabalho de adaptação ao meio líquido passa por algumas etapas, conhecendo-as fica muito fácil determinar que tipo de brincadeira pode me servir para dominá-las, são elas: apnéia, flutuação grupada, flutuação ventral, deslize, mecanismo para a volta à posição em pé, sustentação em pé na água.
APNÉIA: Quando paramos de respirar, dizemos que estamos em apnéia. O tempo que se consegue ficar sem respirar varia de indivíduo para indivíduo e está diretamente relacionado à capacidade pulmonar de cada um. É muito fácil comprovar isto, basta pedir para que seu colega ao lado “prenda” a respiração (ou seja, fique sem respirar o tempo que conseguir) junto com você ao mesmo tempo e comparar a capacidade pulmonar dele com a sua. Fumantes e pessoas que não praticam esportes ou atividades físicas apresentarão uma capacidade pulmonar bem prejudicada.
É possível aumentar o seu tempo de apnéia fazendo exercícios que melhorem sua capacidade pulmonar.
A quantidade de ar inspirada no início da apnéia faz muita diferença pois, quanto maior o volume de oxigênio em seu pulmão, maior será seu tempo de apnéia.
Quando fazemos a apnéia, é preciso ter o cuidado de fazer um intervalo entre uma repetição e outra do exercício, pois é necessário recuperar a oxigenação na circulação sangüínea para que o cérebro não entre em débito de oxigênio, isso causaria um desmaio e perda de consciência.
FLUTUAÇÕES: podemos dizer que um corpo está em flutuação quando está totalmente submergido na água (inclusive a cabeça) sem se apoiar em nada nem ninguém. O grau de flutuabilidade varia de um indivíduo para o outro, como já estudamos anteriormente ela varia de acordo com a raça, o sexo, a textura óssea e a densidade muscular. Os pulmões também são de grande importância na flutuação pois a flutuabilidade também varia proporcionalmente à quantidade de ar inspirada, eles atuam como verdadeiras bóias e quanto maior a quantidade de ar nos pulmões mais eles irão contribuir para flutuação. Podemos flutuar em decúbito ventral, decúbito dorsal e grupado.
FLUTUAÇÃO GRUPADA: Nesta flutuação o corpo fica em posição fetal ou seja, com os joelhos dobrados, bem próximos ao peito, como se fosse um bebê dentro da barriga da mãe. A flutuação grupada é muito importante para a volta à posição em pé, pois ao executá-la o nosso metacentro (o quadril, que é o nosso centro do equilíbrio na água), se encontra em posição de domínio (de equilíbrio). As primeiras tentativas de flutuação grupada deve ser oferecida com apoio fixo, ou seja, segurando na borda da piscina por exemplo, ou nas mãos do professor, ou de algum colega mais experiente. Deve-se observar a postura de seu aluno neste momento, pois alguns detalhes te revelam o domínio dele sobre o exercício e só de olhar você consegue perceber quem está com medo, ou tem dificuldade. Sabe como? Observe suas mãos e braços na borda da piscina. Braços com cotovelos dobrados revelam medo e insegurança pois os braços se dobram porque o aluno tenta se agarrar na borda com medo de escapar dela. Observe também se as costas do aluno está na superfície da água como se fosse o casco de uma tartaruga. As costas deverão estar alinhada com a superfície da água. Caso não esteja, isso nos revela que este aluno está fazendo pressão com sua mão na parede, prejudicando a posição do seu corpo, apoiando-se mais do que o necessário. Estes detalhes te informam que aqueles alunos precisam de mais atenção e orientação do professor. Estes muito provavelmente ainda apresentem sintomas de medo.
A flutuação grupada facilita e torna mais rápida à volta à posição em pé. Pessoas que tem medo da água sempre apresentam desequilíbrio quando andam dentro dela, e deitar-se na água é um grande obstáculo pois a grande preocupação é a de não conseguir retornar à posição em pé. Nosso corpo dentro da água se comporta de maneira diferente ao que estamos acostumados. Como já estudamos anteriormente, a pressão, a turbulência, e todas as propriedades da água faz com que precisemos conhecer o meio líquido para saber se comportar dentro dele. É preciso conhecer suas propriedades para poder tirar proveito delas, sem achar que isso é um problema e descobrir que conhecendo-as ganhamos muitas vantagens .
FLUTUAÇÃO VENTRAL: nesta posição nosso corpo se posiciona em decúbito ventral, é nesta posição em que executaremos os nados crawl, peito e borboleta. É a mais fácil das flutuações, basta fazer a apnéia, colocar o rosto dentro d’água e esticar-se, mantendo seu corpo flutuando.
FLUTUAÇÃO DORSAL: esta flutuação exige um pouco mais de técnica, pois é necessário mais domínio de seu equilíbrio e um bom posicionamento do corpo. Logicamente o corpo se posiciona em decúbito dorsal, e aprenderemos na prática as manobras que facilitam o seu aprendizado. Ë nesta posição em que executamos o nado de costa, bem como vários educativos para o aprendizado dos outros estilos. No trabalho se adaptação ao meio líquido não iremos fazer uso ainda desta flutuação.
DESLIZE: como o próprio nome diz trata-se de deslizar
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