NÚMEROS NATURAIS

INTRODUÇÃO

O nosso objeto de estudo são os primeiros dois fascículos do programa do Pró-Letramento em Matemática e uma descrição de três atividades dos mesmos. Para isso, num primeiro momento, vamos definir o mesmo.

O Pró-Letramento é um programa de formação continuada de professores para melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática nas séries iniciais do ensino fundamental. Seus objetivos são:

• Oferecer suporte à ação pedagógica dos professores dos anos/séries iniciais do ensino fundamental, contribuindo para elevar a qualidade do ensino e da aprendizagem de língua portuguesa e matemática;

• Propor situações que incentivem à reflexão e a construção do conhecimento como processo contínuo de formação docente;

• Desenvolver conhecimentos que possibilitem a compreensão da matemática e da linguagem e de seus processos de ensino e aprendizagem;

• Contribuir para que se desenvolva nas escolas uma cultura de formação continuada;

• Desencadear ações de formação continuada em rede, envolvendo Universidades, Secretarias de Educação e Escolas Públicas dos Sistemas de Ensino.

O Pró-Letramento em Matemática prevê a utilização do princípio da problematização dos conteúdos e das práticas cotidianas dos professores para o ensino de Matemática. Busca significar práticas e conteúdos sem perder a cientificidade necessária à vida do cidadão, trazendo à tona novas leituras com novos enfoques para o ensino de Matemática.

Verificando o material do programa, o mesmo é dividido em fascísulos, cada um com seu tema, uma estrutura baseada em leituras e um “método pessoal” de cada autor do mesmo.

A partir dessas informações, passaremos para uma síntese dos dois primeiros fascículos e, em seguida, a descrição das atividades dos mesmos, escolhidas pelo grupo para apresentação.

FASCÍCULO 1: NÚMEROS NATURAIS

Este fascículo mostra como trabalhar o conceito de números naturais com os alunos e traz algumas atividades, as quais os professores podem vir a trabalhar.

Com relação aos números naturais, passa a ser mostrado como eles fazem parte de nossas vidas, tanto no sentido de contagem quanto o de coleção ordenada. Também mostra como eles podem ser usados sem a estrutura dos mesmos, apenas como um sistema eficiente de códigos.

A construção de números naturais pela criança é a base para ampliação do campo numérico que a vida em sociedade exige, como os números inteiros e racionais. Por isso, as primeiras experiências são de extrema importância, e cabe a escola ajudar na construção do pensamento matemático da criança.

Ao começar o trabalho em grupo, este fascículo nos apresenta um texto sobre o uso primitivo de contagens, onde um pastor de ovelhas, para poder conferir seu rebanho, compara o número do mesmo com o número de pedras que ele colocava em um saco. Com o passar do tempo, o homem resolver fazer um registro gráfico, que passa a facilitar sua vida. Após evoluções, gerações e civilizações ao longo da história, chegamos ao Sistema Decimal de Numeração, um sistema posicional, que será visto mais a fundo durante o fascículo.

A seguir, uma tarefa com os alunos é proposta: verificar como as crianças fazem contagens. E pede para que a vontade de efetuar as mesmas seja incentivada e explorada.

Um dos exemplos que são apresentados nos mostra algumas dificuldades que os alunos podem ter com relação à interpretação e formação dos números, como por exemplo, o número vinte e um, onde os alunos costumam representar como 201, devido a dificuldade de entender o número como unidade, dezena e centena.

A partir dessa atividade, o fascículo nos orienta a executar atividades que ajudem o aluno a conceituar os números naturais, com atividades de contagem, de relações entre coleções diferentes e de atividades lúdicas, mantendo o interesse das crianças nesse aprendizado.

Já no segundo encontro, a orientação é para atividades onde se começa a construir o conhecimento sobre o nosso sistema de numeração, decimal, e a importância do zero. Para isso, a sugestão é começar com atividades de agrupamento, já que nosso sistema decimal está baseada em uma estratégia de agrupamento.

O fato que o mesmo símbolo pode representar quantidades diferentes é uma grande vantagem de um sistema posicional. Mas a mesma não é tão simples, e precisa ser bem trabalhada com os alunos. E aqui o zero passa a ter uma grande importância, já que ele nos possibilita um grande avanço no sistema decimal.

Para isso, atividades são apresentadas de agrupamento, para que esses conceitos sejam absorvidos pelos alunos.

Também temos atividades para compreensão do sistema de numeração, com exemplos com dezenas e unidades, verificando com os alunos a compreensão que eles possuem do sistema, fazendo, se necessário, as devidas correções.

Vimos também como devemos construir o conhecimento de ordenação de números naturais, da reta numérica e das centenas.

São apresentados outros recursos de aprendizado, como o Material Dourado e o Quadro Valor de Lugar (QVL), bem como devemos utilizá-los durante as aulas, para uma maior experiência dos alunos com métodos de eficiência comprovada na construção do conhecimento matemático.

O fascículo nos orienta a fazer a preparação para as operações de adição e subtração, usando ações para isso. As atividades propostas são de juntar, acrescentar, retirar, comparar e completar.

Com essas atividades, o fato básico, que é o cálculo de uma operação que deve ser realizado mentalmente, sem o auxílio de algoritmo, aparece. E mais algumas atividades, para que esse fato básico seja treinado, são sugeridas, como contar histórias, jogar o dominó da adição, adivinhar a carta escondida.

Mas também é apresentada a utilização da calculadora, para conferir os resultados, numa clara mostra que os alunos devem ser preparados para a utilização das tecnologias existentes.

FASCÍCULO 2: OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS

Neste fascículo, o objetivo é construir o conhecimento de realização das quatro operações, que são adição, subtração, multiplicação e divisão, com números naturais.

No primeiro momento, nos é apresentado o conceito de algoritmo, que é definido como um dispositivo prático, elaborado para facilitar a execução de uma determinada tarefa. Existem vários tipos de algoritmos, uns simples, como