O Atual Mercado De Trabalho Do Serviço Social

Introdução.

O presente relatório traz uma pesquisa sobre os espaços ocupacionais e as condições de trabalho dos Assistentes Sociais no mercado atual, e também um breve relato da profissão na área da Saúde e Jurídica. Tem como objetivo avaliar a atual situação do Profissional do Serviço social, e expor as dificuldades enfrentadas pelos profissionais que também lidam com a questão social em seu trabalho.

Foi realizado com pesquisas de textos da internet e a visão de alguns autores sobre o assunto.

O Serviço Social e a Questão Social:

Segundo Iamamoto em seu livro: Serviço Social na Contemporaneidade, a autora faz uma análise dos tempos atuais, focalizando o serviço social dentro do contexto, ela resalta que estamos na era do grande capital financeiro, onde cresce o desemprego. Mais uma vez este tempo traz um desafio ao assistente social a luta dos trabalhadores por sobrevivência.

As empresas estão terceirizando mão de obra, para enxugar quadro de funcionários, minimizar direitos trabalhistas e ter profissionais polivalentes. Segundo a autora, estes processos irão trazer a tona velhas formas de trabalho.

Estamos vivenciando uma terceira revolução industrial, que trará consigo inúmeras transformações sociais?

Com o neoliberalismo sendo o causador de uma das grandes crises do nosso País, e o Estado aderindo a políticas de reajuste, privatizações, surgem duas questões importantes: o Estado causador de problemas o mercado e a iniciativa privada como grande saída.

As Mudanças no Serviço Social

“(...) Os Assistentes Sociais são desafiadores neste tempo de divisas, de gente cortada em suas possibilidades de trabalho e de obter seus meios de sobrevivência, ameaçada na própria vida” (O Serviço Social na Contemporaneidade- Iamamoto).

Com o aumento do desemprego, há também um aumento na exclusão social de jovens, mulheres e crianças.

Na área do Serviço Social, deve-se evitar o fatalismo histórico, com se a realidade já estivesse definida na história trazendo uma acomodação e mediocridade no trabalho profissional. Ao mesmo tempo evitar também o messianismo, como se o profissional do serviço social fosse um alavancador de todas as mudanças sociais.

O homem deve possuir um trabalho digno para sua sobrevivência, se sentir parte da sociedade e fazer a sua história.

Vale mencionar aqui também um outro dado interessante que consta no livro , (O Serviço Social na Contemporaneidade: Trabalho e Formação Profissional, da autora Marilda V.Iamamoto), onde a autora faz um relato das imagens da pobreza que foram criadas no Brasil; Em 1950 a imagem de pobreza era o Jeca Tatu, preguiçoso e sem ambição. Em 1960, era o malandro carioca, que não trabalhava e vivia espertamente. Hoje, a imagem de pobreza esta radicalizada, é o perigoso, que rouba e não trabalha, é a imagem, não da pobreza, mas da violência institucionalizada.

Agora vamos identificar os espaços ocupacionais e quais as condições de trabalho dos assistentes sociais no mercado atual: De acordo com as pesquisas realizadas pelo CEFSS 2004

Quantidade de Vínculos Empregatícios na Área do Serviço Social..

Pode ser verificado no gráfico acima que a maioria dos profissionais com 77,19 % aparecem apenas com um único vinculo empregatício e em segundo lugar com 11,74 % nenhum vínculo.

Natureza da Instituição do Principal Vínculo Empregatício.

O Gráfico mostra que os Assistentes Sociais que atuam na esfera Pública Municipal é quase o dobro dos que atuam na Esfera Pública Estadual.

No município de Jardinópolis/SP onde reside um membro do nosso grupo, foi feito um levantamento junto a Câmara Municipal, segundo apuração: A Prefeitura Municipal Possui 07 Assistentes Sociais, com a previsão de mais duas contratações, entre estas duas 1 esta prevista para a área da Educação. Existem mais três Assistentes Sociais no município, mas estes trabalham para o Terceiro Setor. Ou seja: também fica confirmado que há maior inserção dos assistentes sociais na esfera Pública Municipal.

Carga Horária no Principal Vínculo Empregatício.

Percebe-se que a carga horária de 40h (50,70 %) prevalece sobre a carga horária de 30h ( 28,65%). De acordo com as pesquisas pelo CEFSS, no nível regional estes dados são variáveis.

Renda Total na Área de Serviço Social.

O Assistente Social na área da Saúde:

Com o término da 2ª Guerra Mundial, as mudanças no mercado Internacional, o aprofundamento do Capitalismo, houve uma expansão do Serviço Social no Brasil.

Ampliou-se a ação do Profissional na Saúde, transformando-se na área que mais emprega os Assistentes Sociais.

Foi exigida a renovação face às novas estratégias de controle e repreensão da classe trabalhadora.

A Constituição Federal de 1988 é um marco na História do País, conhecida como Constituição Cidadã, onde a saúde com Assistência Social e a Previdência Social integra a seguridade social. Onde Consta que a Saúde é um direito de todos e dever do estado.

Nos anos 90 foi o período de implementação do Projeto Neoliberal no País. O Projeto de reforma sanitária é consolidado neste período.

“Identificou-se, já nos anos 90, que os dois projetos políticos em disputa na área da saúde, o projeto privatista e o projeto de reforma sanitária apresentaram diferentes requisitos para o serviço social (Bravo, 1998)”.

O Projeto Privatista: requisitou, e vem requisitando, ao Assistente Social, entre outras demandas: seleção sócio econômica dos usuários, atuação psicossocial através de aconselhamentos, ação fiscalizadora aos usuários dos planos de saúde, assistencialismo através de ideologia do favor e predomínio de praticas individuais.

O Projeto de Reforma Sanitária vem apresentando como demandas que o Assistente Social Trabalhe as seguintes questões: busca de democratização do acesso as unidades e aos serviços de saúde, atendimento humanizado, estratégias de interação da instituição de saúde com a realidade,