O Autismo Um Universo de Neurodiversidade
Por: TheArchetypes • 7/11/2018 • Abstract • 384 Palavras (2 Páginas) • 155 Visualizações
O autismo é um universo de neurodiversidade. Não existem duas pessoas autistas iguais, e cada uma vivencia seu autismo de uma maneira, mas existem semelhanças. Como todas as pessoas, o autista tem suas facilidades e suas dificuldades, que apenas são diferentes da maioria. Muito se fala sobre a criança autista, a intervenção com a criança autista, como lidar com uma criança autista, mas pouco se fala do adulto. Não me entenda mal, é extremamente importante que se fale da criança autista, e as intervenções são fundamentais para a independência dessa pessoa (quando bem pensadas e respeitando algumas necessidades da neurodiversidade).
Mas parece que essa pessoa é esquecida quando cresce, como se as intervenções tivessem transformado o autista em um neurotípico e não precisasse mais se falar sobre. Mas precisamos. Precisamos falar sobre como aspectos fundamentais do autismo são reprimidos na idade adulta, especialmente os stims; como alguns adultos só se descobrem autista quando adultos e como isso afeta seu desenvolvimento; como o estereótipo do autista homem, branco e frio afeta no diagnóstico de diversos grupos fora dessa definição e a falta de acessibilidade a um diagnóstico adequado para classes mais baixas.
Note que muitos problemas citados se relacionam mais com a visão do autismo do que com o autismo em si e a pessoa autista. Claramente dificuldades para falar e realizar tarefas autonomamente afeta, mas muitos problemas derivados do autismo são pela falta de compreensão e estudo, por uma sociedade capacitista que exige um certo modo de conversar e agir que pode ser extremamente angustiante para o autista.
É importante que a gente possa ver o positivo no autismo. Grandes gênios podem muito bem terem sido autistas, vivendo isolados e extremamente focados em determinado assunto. A riqueza de conhecimento e a profundidade que um autista consegue chegar dentro de seu(s) hiperfoco(s) é excepcional, e podem ser pessoas extremamente empaticas, compreender o sentimento do outro como ninguém; vários respondem muito bem a música, podendo se tornar cantores, compositores, musicistas. Nem sempre o autismo é acompanhado de retardo intelectual, e pode acontecer até o oposto, fazendo com que essas pessoas sejam excelentes pesquisadores e excelentes acadêmicos. O autismo não é so tristeza e sofrimento. Precisamos olhar com melhores olhos para o fenômeno da neurodiversidade e só assim levar a uma vida mais inclusiva e mais agradável para todos.
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