O CONCEITO DE BRINCAR
Dissertações: O CONCEITO DE BRINCAR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: PROFESSORAS • 20/5/2014 • 1.012 Palavras (5 Páginas) • 372 Visualizações
ATPS DE PEDAGOGIA – 5ª SÉRIE – ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA DO ENSINO FUNDAMENTAL
AULA TEMA: O BRINCAR NO PROGRAMA DO PRIMEIRO ANO. PRINCÍPIOS DIDÁTICO DE UMA SALA DE AULA ODE SE PODE BRINCAR.
O conceito de brincar e sua importância para o desenvolvimento da criança
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia das pessoas. Essa atividade pode então ser traduzida, como diz Winnicot (1980), como sendo “fazer alguma coisa que ajuda a uma pessoa- não necessariamente uma criança - a entreter-se atuando de forma espirituosa”.
É durante uma brincadeira e através delas, que as crianças aprendem novos conceitos e se preparam para o mundo. A característica principal de poder brincar é a liberdade dada ao indivíduo. Diferentemente de jogar, brincar não exige da criança mais do que ela pode dar.
Para Piaget (l967) o brincar favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação.
Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver suas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. É enquanto brinca que a criança amadurece ainda algumas capacidades de socialização, porque se utilizam da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais. Através do faz-de-conta, as crianças brincam como se fossem o pai, a mãe, o filhinho, o médico, o paciente, heróis e vilões, etc., imitando e recriando personagens observados ou imaginados nas suas vivências, e ainda aprendem a agir em função da imagem de uma pessoa, de uma personagem, de um objeto e de situações que não estão imediatamente presentes e perceptíveis para elas no momento e que evocam emoções, sentimentos e significados vivenciados em outras circunstâncias. Brincar funciona como um cenário no qual as crianças tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la. Os heróis, por exemplo, lutam contra seus inimigos, mas também podem ter filhos, cozinhar e ir ao circo. A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a relação entre as pessoas, sobre o eu e sobre o outro.
Pela repetição daquilo que já conhecem, utilizando a ativação da memória, atualizam seus conhecimentos prévios, ampliando-os e transformando-os por meio da criação de uma situação imaginária nova. Brincar constitui-se, dessa forma, em uma atividade interna das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira. Também se tornam autoras de seus papéis, escolhendo, elaborando e colocando em prática suas fantasias e conhecimentos, sem a intervenção direta do adulto, podendo pensar e solucionar problemas de forma livre das pressões situacionais da realidade imediata.
Quando utilizam a linguagem do faz-de-conta, as crianças enriquecem sua identidade, porque podem experimentar outras formas de ser e pensar, ampliando suas concepções sobre as coisas e pessoas ao desempenhar vários papéis sociais ou personagens. Na brincadeira, vivenciam concretamente a elaboração e negociação de regras de convivência, assim como a elaboração de um sistema de representação dos diversos sentimentos, das emoções e das construções humanas. Isso ocorre porque a motivação da brincadeira é sempre individual e depende dos recursos emocionais de cada criança que são compartilhados em situações de interação social. Por meio da repetição de determinadas ações imaginadas que se baseiam nas polaridades presença/ausência, bom/mau, prazer/desprazer, passividade/atividade, dentro/fora, grande/pequeno, feio/bonito, etc., as crianças também podem internalizar e elaborar suas emoções e sentimentos, desenvolvendo um sentido próprio de moral e de justiça.
É nesta ação (de brincar) que se faz a importância do lúdico para a aprendizagem das crianças, independentemente do nível escolar que cursam, se evidencia
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