O Corpo Produtivo no Mundo do Trabalho da Educação Física, Esportes e Lazer
Por: Matheus Carvalho Gomes • 11/7/2021 • Resenha • 1.332 Palavras (6 Páginas) • 219 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
PERÍODO: 6º Bacharelado
ALUNO: Matheus Carvalho Gomes
PROFESSOR: Denis Foster
Resenha crítica do artigo: O Corpo Produtivo no Mundo do Trabalho da Educação Física, Esportes e Lazer
O texto discuti sobre uma problemática relacionada a questão do trabalho como reflexão filosófica no contexto geral sobre a reestruturação produtiva, pontuando a educação física e suas atividades laborais pertinentes. O primeiro ponto a ser comentado diz-se sobre o ser humano como modelador do ambiente para sobreviver, nessa questão vejo como ponto principal a necessidade de adaptação por parte do ser humano as questões diárias e realizando as determinadas alterações para se adequar ao ambiente ou uma situação. O ser humano cria, se desenvolve e procura em sua maioria obter se qualificar e realizar suas atividades de maneira organizada e para uma determinada situação, afim de obter lucro ou efetividade em sua produção.
O texto abrange várias temáticas relacionadas ao trabalho e sua morfologia, colocando o trabalhador como corpo produtivo, seu significado tem a ver com a produção dele gerar renda ou capital para alguém ou para uma empresa. Os vários questionamentos abordam situações pertinentes ao ano de 2010 e suas discussões nos fazem refletir sobre a muito problemas que ser perduram até os dias de hoje. O texto remete a alguns imprevistos que lidamos durante o nosso dia com a afirmativa “ Além disso, faz-se necessário pensar nos consequentes desdobramentos no “mercado de trabalho” da área, cujas práticas sociais são engendradas pelos corpos produtivos”, essa frase remete que sempre temos que estar preparados para as problemáticas do dia-a-dia e agir de forma adequada para solucionar um determinado problema, buscando inovar e adequar as novas situações, pois, segundo o texto se não estivermos sempre em mudança ou estagnados não somos mais “corpos produtivos”.
O texto também fala sobre a ontologia marxista do ser social, ou seja, em que o ser social produz suas próprias condições objetivas e subjetivas de existência, essa afirmação tem sua ligação com o trabalho, propondo que o homem realiza ações de acordo com sua necessidade para submeter-se a situações que lhe tragam maior domínio e conforto em uma determinada situação, exemplo disso temos as leis trabalhistas criada para defender os direitos do trabalhador e lutar contra as condições precárias de trabalho em vários contextos. Pode-se destacar duas vertentes no pensamento marxista, o primeiro seria o trabalho concreto, onde o intelecto e a imaginação humana são utilizados de forma consciente para um determinado fim, como um ato de liberdade e criação livre do homem. O outro seria o trabalho abstrato, onde neste é feito de maneira mecânica e alienada servindo somente para a sobrevivência. Posso observar que esse segundo ponto está mais próximo do que vivemos no ambiente de trabalho, pois, nós trabalhamos para manter as questões básicas de vida de uma família e em muitas vezes o pouco que ganhamos não sustenta essa ideia, vendo que o proletariado (trabalhadores) tem condições de trabalho inadequadas e um salário que não condiz com a realidade. Essa temática é coerente com tudo o que acontece no mundo inteiro, onde pessoas com poder/capital vão definitivamente explorar a maioria das pessoas, e o corpo do trabalhador tem um único objetivo: se esforçar para manter e atender apenas as necessidades.
Falado também no texto, a reestruturação produtiva tem seus impactos na indústria, que se traduzem no dualismo do mercado de trabalho, dado o desemprego crescente acompanhado do aumento do emprego formal, em novos requisitos e qualificações da força de trabalho com o surgimento de postos de trabalho, ocasionando assim em modificações na estrutura profissional e na redução dos empregos, na intensa mobilidade da força de trabalho, no crescente emprego da mão de obra feminina e juvenil, na intensa divisão e degradação do trabalho, cada vez mais desqualificado, e, para os que são contratados, na expansão do espírito capitalista (individualismo), na insegurança dada a ameaça constante do desemprego, na intensificação da jornada de trabalho, e em paralelo a isso, vem ganhando espaço as terceirizações, a presença de estagiários, as péssimas condições de trabalho, o aviltamento das relações de trabalho, o que significa criar as condições propícias para o aumento da exploração do trabalho, na redução dos índices de sindicalização, entre outros.
Há uma problemática que traz uma questão sobre as concepções das empresas parecerem voltar aos pensamentos taylorista-fordista com essa afirmação “Deste modo, os trabalhadores acuados pelo aumento dos níveis de desemprego e da “precarização flexível” veem seu poder sindical diminuir diante das ofensivas patronais e estatais (cooptação das centrais sindicais) contra os direitos trabalhistas conquistados no limiar do século XX. Todo esse processo destrutivo tem fortes consequências, em todos os setores da vida social, provocando um “derretimento dos poucos laços de sociabilidade que foram vigentes na era taylorista-fordista”, eu vejo essa problemática como uma situação que tem diminuído a força dos direitos trabalhistas por conta dos patrões estarem contra esses direitos e essas ideias vem trazendo de volta o método de trabalho taylorista-fordista que tinha como temática produção em massa sem pensar no empregado, extraindo o máximo da sua capacidade física com qualidades precárias de trabalho e extremamente repetitivo e exaustivo, esse pensamento retrógado se dá pela questão deste método ter uma mão de obra ser mais barata e também pelos empregados não se qualificarem ou não entenderem melhor os seus direitos, buscando apenas procurar emprego para sobreviver e ter como manter as qualidades básicas de vida para sua família.
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