O Curriculo Escolar
Exames: O Curriculo Escolar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Marlisilva • 11/10/2013 • 1.449 Palavras (6 Páginas) • 557 Visualizações
INTRODUÇÃO
O termo Currículo há muito tempo que vem sendo tema de debates nos diversos meios educacionais, quer seja no âmbito secundário, universitário ou formativo (cursos de formação ou profissionalizante). Tudo isto devido a sua complexidade e importância como um instrumento catalisador de informações e ações ao mesmo tempo, ou seja, o currículo deve unir a teoria com a prática.
A verdade é que não há uma definição completa e exclusiva para o currículo, apesar de se saber que o termo origina-se do latim currere, que quer dizer caminho ou jornada a ser percorrido e que possui duas ideias centrais: sequência ordenada e noção de estudo.
O referido trabalho baseia-se nas seguintes premissas: como o professor gere o currículo, como gerimos o currículo e como ele deveria ser gerido.
Para tal, o estudo apresenta-se na forma textual procurando responder a estes três itens de forma coerente com o que se ler na teoria e o que se vivencia na prática.
O objectivo principal é refletir sobre a importâcia do currículo e como este instrumento tão importante está sendo concretizado.
Diante da importância e do papel desempenhado pelo professor na escola e em particular na sala de aula, pode-se afirmar com convicção que ele é ou pode ser um gestor do currículo, tal definição dependerá da sua práxis no contexto educacional.
De acordo com Pacheco (2001:48) “seja qual for o paradigma em que se situe, na prática, o professor é o principal protagonista do desenvolvimento do currículo, dependendo os resultados obtidos do seu empenhamento”.
O que o autor acima referenciado quer mostrar é que de facto o professor é o agente principal do desenvolvimento curricular, pois a ele compete dinamizar o currículo da sua disciplina, de maneira a adequar as actividades, os conteúdos e a metodologia de trabalho em sala de aula de acordo com o nível da turma, ou seja, de acordo com a situação concreta do seu alunado. É esta sua maneira de agir (práxis) que mostrará o sucesso alcançado pelo seu empenho.
Evidentemente o professor como gestor do currículo torna-se uma peça fundamental na e para a escola, pois ele poderá mudar a escola e por consequência os processos de ensino-aprendizagem que daí decorrem, fazendo da escola um espaço de decisão curricular.
Portanto, o professor é gestor do currículo porque ele tem a capacidade de gerir todo o processo educacional, basta que ele queira e tenha as condições necessárias para tal mudança.
Segundo Zabalza (1987b: 13) citado por Pacheco (2001:48), há a necessidade do professor se “curricularizar, ou seja, pensar o seu trabalho em termos de currículo porque isso lhe oferece uma perspectiva diferente daquilo que ele faz na sua sala de aula”.
O professor não pode em instância alguma ser visto apenas como um executor de tarefas planeadas pelo currículo, ele deve desempenhar seu papel tanto na elaboração, como na própria execução do mesmo.
Neste âmbito, Machado (2006:76) irá reforçar dizendo que:
O professor encontra-se numa situação privilegiada para a realização do processo curricular, uma vez que lhe compete tomar as decisões necessárias ao nível da escola e da sala de aulas, de modo a adequar o currículo formal à realidade escolar e às características dos alunos.
Portanto, o professor como gestor deve estar atento às necessidades dos seus alunos e da escola como um todo, especialmente no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem, para que suas ideias e estratégias estejam contempladas no currículo.
Nas abordagens acima descritas, foram referenciadas situações do professor como gestor do currículo, nesta parte, abordar-se-á como o currículo é gerido.
De acordo com Machado (2006:77), a gerência do currículo pelo professor pode ser efectuada segundo o modelo de desenvolvimento curricular em que ele está integrado, ficano assim dividido de três maneiras: professor como um técnico, professor como profissional reflexivo e professor como intelectual crítico. Ressalta-se que estes modelos distinguem-se pelo papel que o professor assume perante o currículo.
No primeiro modelo (o professor como um técnico), o professor não passa de um simples executor de tarefas, semelhante a um “técnico” com a função de cumprir com o que está preconizado no currículo. Este modelo reflete a maneirda de alguns docentes gerirem o currículo, como um reprodutor do que está escrito, sem questionar ou analisr nada. Infelizmente muitos docentes gerem assim o currículo, por acharem mais fácil e cómodo.
No segundo modelo (o professor como profissional reflexivo), diferente do primeiro modelo, o professor tem um papel prepoderante na produção do currículo, em que o professor é agente activo no processo do currículo. Não se trata de teoria, mas de prática, pois o docente faz parte da busca de solução das dificuldades apresentadas no currículo.
E por último, no terceiro modelo (o professor como intelectual crítico), o professor desempenha uma função muito importante na dimensão curricular, ele gere o currículo a partir dos problemas e atitudes dos alunos e desenvolve-se numa perspectiva de interpretação, que resulta muitas vezes da sua análise crítica.
De acordo com Gimeno e Pérez (1998:201) citado por Machado (2006:86):
O currículo é considerado como uma competência profissional básica dos professores e se estes não desenvolvem será porque na sua actividade seguem ou executam planos realizados por outros, ou seja, são aplicadores e não criadores de planos, limitando-se a reproduzir a ordem ou plano estabelecido ao qual se acomodam.
Evidencia-se que actualmente, os professores gerem o currículo de maneira muito “técnica”, ou seja, eles apenas executam as orientações determinadas pelo currículo. Poucos são os que participam efectivamente da elaboração
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