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O Documentário Home, produzido pelo jornalista/fotógrafo/ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand

Por:   •  16/11/2017  •  Resenha  •  602 Palavras (3 Páginas)  •  229 Visualizações

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Um olhar sobre o planeta

O documentário Home, produzido pelo jornalista/fotógrafo/ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand, narrado na versão americana pela atriz Glenn Close e lançado no ano de 2009, mostra como o planeta se formou a partir de pequenas bactérias até as diversas mudanças que o ser humano causou. Além disso, o filme traz muitas críticas acerca do modo de vida moderno e lindas imagens de nosso planeta.

        No início, a atmosfera do planeta era densa, desprovida de oxigênio, rica em vapor d’água e dióxido de carbono, uma verdadeira fornalha. Os primeiros seres vivos, as arqueobactérias, se alimentavam desse calor, com a exceção das cianobactérias. Tais cianobactérias foram as responsáveis pela transformação da atmosfera, através da sua capacidade de se voltar para o Sol e absorver a sua energia. Mediante o processo de fotossíntese, surge o ciclo ininterrupto da água, pois foi através dele que o gás oxigênio liberado pelas cianobactérias se juntou com os átomos de hidrogênio, formando assim a molécula de água, ou seja, é um processo de renovação constante.

        Ao longo da obra, Bertrand nos faz refletir o porquê de tudo em nosso mundo estar em constante vínculo. Nenhum ser vivo é autossuficiente, somos dependentes de toda forma de vida presente na Terra. Necessitamos das plantas para filtrar o ar e nos devolver o oxigênio, essencial para nossa respiração, assim como elas dependem de nós e outros animais, pois lhe damos o dióxido de carbono, fundamental para o processo de fotossíntese. Outro exemplo exposto pelo filme é a relação de pequenos animais marinhos com os corais, os quais são usados como habitat para peixes, algas, moluscos e mariscos.

        Com a evolução da vida, há cerca de 200mil anos, o ser humano apareceu e com ele, as maiores alterações vistas. Convertemos porções muito grandes da superfície em campos para agricultura, a fim de gerar alimento, e para a construção de cidades, cobrindo a Terra com a nossa presença. Na questão de fauna e flora, ajudamos na extinção de diversas espécies, além de fazer o transporte de animais, promovendo o fenômeno das espécies invasoras. Conforme fomos evoluindo, os métodos usados para agricultura, a primeira revolução humana, e outras questões essenciais para o nosso meio de viver, progrediram com a humanidade.

        Com essa progressão tecnológica, descobrimos o petróleo e o transformamos na base para tudo que produzimos. Na agricultura o petróleo é visto nos fertilizantes, pesticidas, na fabricação do maquinário usado e no combustível, para o mesmo. Com o uso do petróleo começamos a substituir a diversidade pela padronização, pois ele nos ofereceu comodidades, com as quais nem sonhávamos, porém, nos tornamos dependentes dele. O problema de necessitarmos tanto do petróleo é o fato de ele ser uma fonte finita, um dia vai acabar e, sabendo disso, devemos iniciar a substituí-lo por um conjunto de fontes energéticas renováveis, porque é impossível encontrar um substituto tão concentrado e de fácil transporte quanto o combustível fóssil.

        

Infelizmente, nossos atos geraram consequências irreparáveis para o ritmo em que vivemos. A vida moderna não permite que o planeta se regenere como fazia antigamente. Devemos olhar para a Terra e notar que sem ela nós não conseguimos sobreviver, pois somos dependentes de todas as outras formas de vida existentes. Se continuarmos a destruir nossa casa, o que sobrará para os nossos descendentes? Será que haverá algo com o que eles consigam sobreviver?

Ana Luisa Concli Sebotaio, acadêmica do curso de Nutrição – UNIJUÍ - 2017

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