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O Jovem Empreendedor

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Por:   •  14/6/2013  •  491 Palavras (2 Páginas)  •  471 Visualizações

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onhecido por sua criatividade e determinação, o jovem empreendedor brasileiro é atento à evolução dos negócios como chave para se destacar no mercado competitivo. Esta preocupação engloba todas as camadas da sociedade, tanto aquelas guiadas pela necessidade, quanto as que se agarram às oportunidades, e é essa veia empreendedora que está cada vez mais em evidência no mundo dos negócios.

Em 2008, pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostrou que estamos na 13ª posição do ranking mundial de empreendedorismo, com uma média de 12 a cada 100 brasileiros realizando alguma atividade empreendedora. Dado ainda mais motivador é que, de acordo com o mesmo levantamento, os empreendedores que buscaram a chamada oportunidade genuína, ou seja, iniciar uma atividade para obter maior independência, passaram de 38,5% em 2007 para 45,8% no ano passado.

Os números mostram que estamos no caminho para alcançar o objetivo de fomentar o empreendedorismo e, consequentemente, trabalhar para o crescimento do Brasil. Dentro do grupo das principais economias mundiais, o G-20, o Brasil (12,02%) é o terceiro mais empreendedor, atrás apenas da Argentina (16,54%) e do México (13,09%). Porém, dizer que somos muito empreendedores, não quer dizer que somos altamente inovadores. A participação brasileira no lançamento de produtos novos com tecnologia desconhecidas até então, infelizmente, é muito pequena.

Somente 3,4% dos empreendedores lançam produtos novos, com diferencial tecnológico nacional. O que é um desperdício, tendo em vista a criatividade do povo brasileiro. É hora de mudar esse conceito. Para fazê-lo, é imprescindível termos uma política de desenvolvimento baseada em conceitos de gestão adequados, e com a observância de princípios fundamentais para o empreendedorismo.

Estamos perdendo tempo para investir nessa área. Os jovens que ingressam nesse grupo precisam de ferramentas, treinamentos, cursos de extensão. Além de formação acadêmica, que ao invés de preparar executivos para trabalhar em empresas, forme o líder que iniciará seu próprio negócio.

Todo esse processo ajudará o jovem empreendedor a não temer abrir uma empresa diferenciada, mesmo no complexo ambiente de negócios no Brasil - que engloba obrigações fiscais; juros altos, impostos elevados e taxas que dificultam o acesso ao crédito. Com informação, ele vai buscar o pioneirismo e acreditar que essa pode ser sua chance de ter sucesso no mercado.

Entidades industriais e o setor privado, em todo o país, já identificaram essa necessidade e, cada vez mais, agrupam os jovens com esse perfil para garantir uma identidade a essa classe. Exemplos desse trabalho são: o Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da Fiesp, do qual faço parte, e a Ação Jovem do Mercado Financeiro (BMF&Bovespa) em São Paulo, a Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje), em Brasília; o Instituto de Estudos Empresariais (IEE), no Rio Grande do Sul; entre outros.

Em síntese, ser hoje um jovem empreendedor no Brasil é ultrapassar os desafios e a burocracia de um país que ainda não o vê como patrimônio, mas que será obrigado a descobrir a riqueza que tem em mãos.

* Sylvio Gomide, diretor do Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da Fiesp

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