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O MITO DA MOTIVAÇÃO

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Por:   •  10/9/2013  •  10.071 Palavras (41 Páginas)  •  379 Visualizações

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O MITO DA MOTIVAÇÃO

por Luis J. Monteverde

Consultor de Empresas com especialização em Gestão de Mudança Organizacional

A motivação constitui uma das preocupações dos empresários e dos gestores desde que Elton Mayo se deu conta da existência da Organização Informal dentro das empresas. Tal significava que a produtividade não decorria apenas da qualidade técnica e da eficiência dos processos, mas também da atitude das pessoas em relação às tarefas que lhes eram solicitadas. Tratava-se, então, de motivar as pessoas.

A tradição

Daí pensar-se que o melhor estímulo que se podia oferecer aos recursos humanos na empresa era um bom sistema salarial. Porém, nunca nenhuma pesquisa pôde demonstrar que as condições materiais de trabalho tivessem uma correlação significativa com a produtividade.

Descobrir motivações

Segundo Gooch e McDowell, "a motivação é uma força que se encontra no interior de cada pessoa" e nenhuma "pessoa pode jamais motivar outra". Konrad Lorenz, prémio Nobel da medicina explica que, na conduta motivacional, o indivíduo parte de um estado de carência que tenta suprir, o que o leva à busca do factor de satisfação que o irá atender. Deste modo, satisfeita essa necessidade, outra vem à tona. Ou seja, toda a motivação é, sempre e só, interior ao indivíduo, que pode ou não encontrar no meio exterior as condições para a sua satisfação. E, quando esta ocorre, aquela motivação cessa, sendo substituída por outra ainda não satisfeita.

A consequência desta leitura da motivação é que as empresas não podem motivar os seus colaboradores, apenas podem descobrir-lhes as motivações e proporcionar-lhes condições para a sua satisfação. Nova questão surge entretanto: como fazer com que os indivíduos acreditem que as condições que lhes são proporcionadas permitem a satisfação das suas carências?

O comportamento motivacional não é uniforme: mesmo que as carências dos seres humanos sejam, no essencial, as mesmas. As formas como elas se apresentam e a sua importância relativa são diferentes de indivíduo para indivíduo. O comportamento dos indivíduos está relacionado com a forma como as suas carências foram ou não satisfeitas. Constrói-se, assim, uma personalidade, ou seja, um comportamento motivacional padrão que corresponde à experiência, à auto-imagem e ao desejo de cada um se "considerar a si próprio como uma pessoa única e distinta das demais", segundo Argyle.

Estilos

Cada pessoa tem o seu padrão de comportamento próprio, que corresponde (segundo Bally) à "maneira segundo a qual as pessoas preferem lidar com as diferentes situações, sem esforço para manter o controlo sobre o que estiver ocorrendo". A repetição do mesmo procedimento nas mesmas situações caracteriza o chamado "estilo" que se pode enquadrar em quatro grandes grupos:

• o estilo de Participação, quando predomina uma atitude de cooperação e se busca o desenvolvimento das pessoas;

• o estilo de Acção, onde predomina a atitude de rapidez de decisão e se procuram resultados;

• o estilo de Manutenção, associado à maior valorização da segurança, com a prevalência da continuidade do "status quo";

• o estilo de Conciliação, quando prevalece a sociabilidade e se procura o bom entendimento dentro do grupo.

Segundo algumas pesquisas o estilo de Participação é mais vulgar em profissionais de gestão de Recursos Humanos e Planeamento; o de Acção nas áreas de Produção e Comercial; o de Manutenção nas Finanças e Administração geral; e o de Conciliação nas áreas Comercial e de Recursos Humanos. Entretanto, a cada estilo correspondem factores de motivação que lhes são peculiares, como a auto-realização para o estilo Participação, ou o sentimento de responsabilidade para o de Manutenção e o da possibilidade de progresso para o de Acção.

A complexidade da gestão dos grupos humanos reside no facto de todos os indivíduos terem estilos comportamentais próprios. Acontece ainda que quando o líder espera que os seus liderados se comportem como ele, ou seja, que tenham motivações semelhantes às suas, o choque surge. O confronto e a não harmonização das diferentes motivações pode levar a conflitos, baixas produtividades e à resistência à mudança.

Comportamento em Aristóteles

"A humanidade em massa se assemelha totalmente aos escravos, preferindo uma vida comparável à dos animais" (Aristóteles).

Página de Educação e Comportâmento

escrita por Rubem Queiroz Cobra

(Site original: www.cobra.pages.nom.br)

Aristóteles diz coisas sobre a qualidade moral das ações humanas o bastante para extrairmos dele uma teoria do comportamento, apesar do próprio filósofo não haver apresentado suas idéias sob essa forma.

. E revela: "Em palavras, o acordo quanto a este ponto é quase geral; tanto a maioria dos homens quanto as pessoas mais qualificadas dizem que este bem supremo é a felicidade, e consideram que viver bem e ir bem (ser bem sucedido) eqüivale a ser feliz" (Et. a Nic., Cp. I, 4, 1095 a; o parênteses é nosso).

O que será, então, para essas pessoas mais qualificadas, viver bem ou "ir bem"? Diz Aristóteles, dos indivíduos mais qualificados, que estes "parecem perseguir as honrarias com vistas ao reconhecimento de seus méritos; ao menos eles procuram ser honrados por pessoas de discernimento, e entre aquelas que os conhecem, e com fundamento em sua própria excelência (Et. a Nic., Cp. I, 5, 1096 a). E mais adiante: "Na realidade, são nossas atividades conformes à excelência que nos levam à felicidade, e as atividades contrárias nos levam à situação oposta" (idem, 10, 1100 a/b).

Passemos ao De Anima, Livros I, II e III. Este é um tratado referente às funções da alma. Para Aristóteles, a alma mais simples é própria dos vegetais. Ela é fundamentalmente "vegetativa", no sentido de que suas funções principais são a nutritiva e a reprodutiva. Mas é nos animais dotados

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