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O MUITO DO MESMO: Eleições de 2010

Por:   •  1/12/2021  •  Artigo  •  849 Palavras (4 Páginas)  •  76 Visualizações

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Em 2010, Lula não poderia se recandidatar à presidência. Seria a primeira eleição que ele não participaria desde 1989. De 2006 a 2010, Lula aumentou os gastos públicos, imprimiu muito dinheiro, liberou crédito e criou mais ministérios. De quebra, os programas sociais garantiram sua popularidade. A aprovação de Lula era alta: 80%. O clima era de continuidade do governo. Mas o sucessor de Lula era uma dúvida, uma incógnita. Nisso, o PT teve que se desdobrar para encontrar o melhor nome para a sucessão.

João Paulo Cunha, deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, e José Genuíno, presidente do PT, foram descartados por Lula devido ao envolvimento deles com o mensalão. Antônio Palocci, outro nome forte, deixou de ser nome forte após envolvimento no escândalo e na CPI dos bingos. José Dirceu era o mais cotado para a posição. Ele foi presidente do partido até 2002 e tinha muita influência. Dirceu foi responsável por contratar Duda Mendonça e moderar a postura do PT a vencer a eleição de 2002. Como ministro chefe da Casa Civil, Dirceu ficava responsável pelo governo, enquanto Lula viajava pelo país. O poder estava centralizado nas mãos dele. Dominava as políticas públicas e os ministérios. Só que, Dirceu acabou por sacrificar sua chance de se candidatar para a presidência, quando decidiu livrar a pele de Lula ao tomar para si toda a responsabilidade do mensalão. E obviamente, esse sacrifício lhe custou o cargo da Casa Civil.

Quem assumiu o lugar de Dirceu foi a mesma que assumiu o lugar na candidatura à presidência de 2010.

- OS CANDIDATOS

Depois da derrota em 2002, José Serra voltou a se candidatar. O PSDB estava determinado a buscar o eleitorado da esquerda. A população estava muito apegada a Lula e precisava de um discurso mais à esquerda para seduzir o povo. Serra fazia de tudo para agradar: queria duplicar o Bolsa Família, criar o Bolsa Adolescente, imprimir mais dinheiro, mais crédito e mais Estado. O tucano mencionava muito sobre a sua experiência como ministro da saúde e parecia estar concorrendo ao cargo errado.

A terceira via contava com dois candidatos e continuava inviável. Marina Silva do Partido Verde (PV) e Plínio de Arruda Sampaio, que era um ex-petista.

Marina não cansou de repetir sobre o seu discurso ambientalista, de sustentabilidade e desenvolvimento responsável. Mas quem roubou a cena naquela eleição foi Plínio. Foi direto nas respostas que repercutiram nas mídias.

Dilma Rousseff era dona de uma personalidade nula, perfeita para ser fantoche de Lula. Na vitória dela, o Governo ainda seria comandado por ele. Lula e Dilma faziam visitas às obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O projeto foi criado pelo governo em 2007, na época, era ministra-chefe da Casa Civil. O PAC tinha o objetivo de acabar com a pobreza. As obras estavam atrasados e o PT aproveitou para maquiar uma campanha eleitoral. Mas, a manobra não deu certo e o TSE multou a dupla por campanha eleitoral antecipada.

Os marqueteiros do PT se esforçavam para compensar a falta de carisma e a capacidade da candidata. Por isso, Lula era figura constante nas propagandas eleitorais.

Dilma prometia mais Estado, aumento de gastos, redistribuição de renda, reaparelhamento da máquina estatal e valorização do funcionalismo

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