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O Que é Economia?

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Por:   •  4/11/2014  •  1.723 Palavras (7 Páginas)  •  274 Visualizações

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Não é fácil definir com precisão o que é “economia” nesse sentido; por enquanto, adotaremos que uma atividade é “econômica” quando visa ganho pecuário, ou seja, quando proporciona a quem a exerce um rendimento em dinheiro. A economia (ciência) é a sistematização do conhecimento sobre a economia (atividade).

Os marxistas têm, em sentido amplo, que a atividade econômica é sempre coletiva, é sempre realizada por uma sociedade, que pode ser uma nação ou uma tribo. A economia é praticada mediante uma divisão social de trabalho, na qual os diversos grupos se especializam na execução de tarefas distintas, todas contribuindo para a produção e circulação de determinada quantidade de produtos, que podem ser bens (materiais) ou serviços (imateriais). A atividade econômica é aquela, portanto, que se realiza na quadro da divisão social do trabalho.

O essencial, nesta abordagem, é que cada indivíduo desempenha na economia um papel, que lhe é oferecido pela forma histórica assumida pela divisão social do trabalho. O modo de produção hierarquiza os participantes na atividade econômica em classes sociais, e estas se constituem e se reproduzem não por decisões individuais, mas por processos sociais tais com a diferenciação das carreiras escolares (nem todos conseguem cursar o ensino superior ou até o fundamental) e a transmissão por herança do capital privado.

Para os marginalistas, a atividade econômica é em sua essência individual, embora reconheçam que os indivíduos, ao agirem economicamente, tendem a se relacionar entre si na divisão social do trabalho. Mas o relacionamento se dá entre agentes individuais, cada um dos quais atua autonomamente, tendo em vista apenas sus desejos ou suas necessidades. A liberdade de optar de cada um é um dado institucional, depende das regras de convivência social, que estão fora de seu campo de análise.

Sendo assim, percebe-se que marxistas e marginalistas tem concepções muito diferentes sobre a economia enquanto atividade. As duas correntes pretendem explicar a mesma realidade a partir de visões de mundo opostas. Convém notar que a delimitação da própria realidade econômica é afetada por essas visões.

Para os marxistas, a economia política é a ciência do social, abrangendo em seu campo de estudo o conjunto de atividades que formam a vida econômica da sociedade.

A ciência econômica, de tradição marginalista, tem como modelo as ciências da natureza, cada uma das quais tem como objeto próprio um determinado “setor” do universo físico. Analogamente, as ciências do homem teriam como objeto próprio um “setor” do universo humano, o que se pressupõe naturalmente que cada área comportamental guarda considerável autonomia em relação às demais.

O funcionamento da regulação pelo mercado das atividades produtivas no capitalismo se dá em unidades chamadas “empresas”, que são propriedade privada, embora se especializa na produção de certos bens ou serviços, que põe à venda como mercadorias. Para poder produzir, a empresa adquire bens e serviços de outras firmas e “fatores de produção”. Estes são principalmente: força de trabalho, pela qual paga salário, espaço (terra agrícola ou edifícios, galpões, escritórios, etc.), pelo qual paga renda para comprar equipamentos, matérias-primas, etc., e para pagar salários e aluguéis. Os fornecedores de capital são remunerados por juros, quando prestamistas, por dividendos, quando acionistas, ou por lucro líquido, quando empreendedores-proprietários. O lucro total ou “excedente social” tende a ser maior que a soma daquelas remunerações; a diferença é o lucro retido na empresa, que serve para fazer novos investimentos, ou seja, acumular capital.

Tem-se um mercado que cria a necessidade do produto. Pois, cada mercadoria tem valor único porque é vendável, porque sempre há, em princípio, alguém disposto a compra-la, a troca-la por determinada quantia de dinheiro. O dinheiro é portanto uma promessa de valor, quase contrapõe as mercadorias à espera da realização de seu valor.

Sendo assim, o mercado regula a produção capitalista. Esta se realiza no quadro de uma divisão social do trabalho, na qual inúmeras empresas se especializam na produção de uma infinidade de valores de uso. As necessidades dos consumidores, a serem atendidas por essa produção, constituem uma “demanda solvável” graças aos pagamentos de rendas pelas empresas. Esses pagamentos não são igual, alguns poucos ganham muito, a grande maioria ganha pouco. A distribuição da renda não possui determinantes apenas econômicos, mas também políticos e legais. Seja como for, a distribuição da renda a cada momento é dada e determinada, em conjunto com outros fatores, tais como a estrutura de sexo e idade da população, a necessidade social de cada valor de uso. O mercado funciona de tal modo que as empresas são induzidas a produzir cada valor de uso em quantidades não muito diferentes das socialmente necessárias, isto é, das que são desejadas pelos consumidores, dotados de renda em dinheiro para adquiri-las. Essa quantidade constitui a “demanda solvável” por cada mercadoria. Isto se dá através da conhecida lei da oferta e da procura.

Ajustes nesse pensamento dito como lei se dão em muitos mercados o tempo todo, e se eles bastassem para garantir que a produção nunca se desviasse da necessidade social, a economia capitalista seria muito mais estável e transparente do que realmente é.

O modo como a produção capitalista é regulada pelo mercado pode ser interpretado de duas maneiras. Uma o vê como culminação de tendências inerentes à natureza humana progredir em direção a uma liberdade cada vez maior do indivíduo, sobretudo no plano da atividade econômica.

O capitalismo é uma grande etapa da história da humanidade na qual se registram importantes logros, mas que nem por isso deixa de ser transitória, devendo um dia ser superada e sucedida por algum modo de produção superior. Tal visão tem a vantagem de procurar as leis de movimento, isto é, de evolução e mudança do capitalismo enquanto sistema sócio-econmico.

Durante os anos 30, todos os países capitalistas sofreram a mais profunda e a mais longa crise de conjuntura, com consequências catastróficas para as classes trabalhadoras. A queda desastrosa da atividade econômica ocasionou uma revolução no pensamento econômico: surgiu (em 1936) uma doutrina, proposta por Keynes, o mais prestigiado dos economistas da época, que atribuía a crise à deficiência da procura efetiva. Esta teve forte impacto sobre a teoria econômica dividindo-se em dois sub-ramos: a microeconomia e a macroeconomia.

A microeconomia tem por objeto o comportamento individual do consumidor e do produtor. A macroeconomia,

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