O conceito de ergonomia
Tese: O conceito de ergonomia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: erislane123 • 16/5/2014 • Tese • 5.935 Palavras (24 Páginas) • 379 Visualizações
Conceito de Ergonomia
É o estudo científico de adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de trabalho ás capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do homem.
A ERGONOMIA é uma ciência multídisciplinar com a base formada por várias outras ciências. A Antropometria e a Biomecânica fornecem as informações sobre as dimensões e os movimentos do corpo humano. A Anatomia e a Fisiologia Aplicada fornecem os dados sobre a estrutura e o funcionamento do corpo humano. A Psicologia, os parâmetros do comportamento humano. A Medicina do Trabalho, os dados de condições de trabalho que podem ser prejudiciais ao organismo humano. Da mesma forma, a Higiene industrial, a Física, a Estatística e outras ciências fornecem informações a serem utilizadas pela ERGONOMIA, de forma a possibilitar o conhecimento e o estudo completo do sistema homem-máquina-ambiente de trabalho, visando a uma melhor adequação do trabalho ao homem.
Adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de trabalho às capacidades psicofisiológicas antropométricas e biomecânicas do homem, de forma a:
LER E DORT
Atualmente a doença mais notificada no trabalho é a L.E.R.(Lesões por Esforços Repetitivos, também conhecida como D.O.R.T.(Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) que são lesões ocorridas em ligamentos, músculos, tendões e em outros segmentos corporais relacionadas com o uso repetitivo de movimentos, posturas inadequadas e outros fatores como a força excessiva.
Atinge a capacidade motora dos membros superiores englobando um conjunto de doenças como: Tenossinovite (inflamação do tecido que reveste os tendões), Tendinite (inflamação nos tendões), Picondilite (inflamação das estruturas do cotovelo), Bursite (inflamação nas articulações dos ombros), Miosites (inflamação dos músculos), Síndrome Cervicobraquial (compressão dos nervos da coluna cervical), entre outros.
A LER e a DORT, são a segunda maior causa de afastamento de trabalho no Brasil. Nos últimos cinco anos, foram 532.434 afastamentos, sem contar os casos que ainda estão na justiça (Folha SP,1999).
Esse aumento é causado pelo crescimento da informática e da automação onde o trabalho é cada vez mais especializado, tornando o trabalhador um prestador de serviço de uma atividade limitada e repetitiva.
Como meio de intervir no andamento do trabalho e implantar períodos de pausas, a GINÁSTICA LABORAL surge como uma atividade auxiliadora e essencial, oferecida as empresas e aos trabalhadores, na forma de prevenção a doenças como a LER e DORT, tendo como objetivo reduzir a tensão muscular, melhorar a circulação, reduzir a ansiedade, o estresse e a fadiga, melhorando a prontidão mental e facilitando o trabalho.
Tipos de Ginástica Laboral:
Ginástica Preparatória (no início do expediente);
Ginástica Compensatória (durante o expediente) e
Ginástica de Relaxamento (no final do expediente).
*Categorias profissionais que encabeçam a DORT:bancários, operadores de linha de montagem, operadores de telemarketing, digitadores, jornalistas e secretárias.
Fonte: Instituto Nacional de Prevenção ás LER/DORT
A HISTÓRIA DA ERGONOMIA
Desde a pré-história a Ergonomia já estava presente. O homem pré-histórico, ao fixar na ponta de uma vara uma lasca de pedra afiada para facilitar a caça de uma forma mais confortável, segura e eficaz estava inconscientemente realizando ergonomia.
Em 1949, na Inglaterra, o termo ergonomia foi oficializado pelo engenheiro inglês Murrell ao criar a primeira sociedade de ergonomia do mundo: a Ergonomic Research Society. No entanto, o termo Ergonomia teve origem em 1857, quando o polonês W. Jastrzebowski intitulou um de seus trabalhos como "Esboço da Ergonomia ou Ciência do trabalho baseada sobre as verdadeiras avaliações das ciências da natureza".
A ergonomia teve seu reconhecimento científico e desenvolveu-se em função dos avanços tecnológicos do século XX, principalmente após a 2ª guerra mundial, quando as incompatibilidades entre o progresso humano e o progresso técnico exacerbaram-se. Os equipamentos militares (aviões mais velozes, radares, submarinos e sonares) exigiam dos operadores decisões rápidas e complexas em situações críticas de combate.
Segundo Hendrick (1993), a Ergonomia teve várias fases:
Ergonomia de Hardware ou Tradicional - concentrou os estudos nas características (capacidades e limites) físicas e perceptivas do ser humano e na aplicação dos dados no design de controles, displays e arranjos de interesse militar.
Ergonomia do Meio Ambiente - tem o interesse de compreender melhor a relação do ser humano com seu meio ambiente (natural ou construído). Preocupa-se com efeitos de temperatura, ruído, vibração, iluminação e aerodispersóides.
Ergonomia de Software ou Cognitiva - lida com questões de processamento de informação. Seu campo de trabalho é fortalecido pela informatização de processos e produtos, que exige, cada vez mais, uma Ergonomia de interface com o usuário.
Macroergonomia - enfatiza a interação entre os contextos organizacional e psicossocial de um sistema. Diferencia-se das demais fases por priorizar o processo participativo. Isto garante que a intervenção ergonômica tenha um melhor resultado, reduzindo a margem de erros de concepção e que as modificações tenham melhor aceitação por parte dos trabalhadores.
A Ergonomia embora não seja uma descoberta deste século vem sendo uma "ferramenta" amplamente utilizada por profissionais de diversas áreas que querem agregar funcionalidade aos seus projetos e contribuir para uma melhor qualidade de vida das pessoas.
A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA
A importância da Ergonomia está na contribuição para a promoção da segurança e bem-estar das pessoas e conseqüentemente a eficácia dos sistemas nas quais elas se encontram envolvidas.
No Brasil, a Ergonomia vem ganhando notoriedade devido às exigências de uma Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego, a NR-17. A atual redação da NR-17 foi estabelecida pela Portaria nº 3.751, de 23 de Novembro de 1990.
Dentre os vários itens desta norma, o item 17.3 refere-se ao mobiliário dos postos de trabalho, preconizando que ele deve ser adaptado não só às características antropométricas da população, mas também
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