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O conhecimento por muitas formas

Por:   •  11/7/2017  •  Artigo  •  671 Palavras (3 Páginas)  •  254 Visualizações

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o conhecimento se da por meio de muitas formas, pois pode advir do uso
direto de orgaos dos sentidos ou de extensões destes (corno instrumentos de la-
boratorio), de livros etc., mas traz sempre a marca da capacidade mental da ra-
zão, ligada ao raciocínio que la/ surgir o entendimento ou explicação do que é
aquilo que se “conhece". Ha tambem um uso antigo do verbo "conhecer”, que é o
do relacionamento sexual, como quando se di/ que um homem "conhece” uma
mulher ou vice-versa, essa e uma imagem interessante, pois para conhecer algo
é necessário penetrar no intimo desse algo, o que se dá justamente por meio do
processo mental que chamamos de “racionalização".

Historicamente, verificamos que, ao saber algo, temos alguém (sujeito do sa-
ber] que deseja utilizar esse algo (objeto do saber) a seu favor, entendendo uti-
lizar" num sentido amplo e nào necessariamente imediatista. Baseados nessa
decorrência, usaremos neste texto a palavra “conhecimento com o seguinte
sentido: processo de compreender para adquirir domínio sobre alguma parcela
do universo, entendido materialmente ou não, isto é, podendo abranger um obje-
to mental. São exemplos de conhecimento com esse sentido campos aparente-
mente tão distanciados como a psicologia, arte. ciência e outros mais.

Nào vamos, porém, tomar o conhecimento num sentido tão largo que tudo
caiba nele, em especial vamos ser cuidadosos para nào usá-lo voltado para qual-
quer coisa desconhecida que se queira saber, como quais os números que sairao
numa loteria. Isso estaria mais próximo do sentido comum e vulgar do termo, que
não valoriza a apreensão pela razão e estende esse uso para reivindicar a inclu-
são do conhecimento até em assuntos de misticismo, ocultismo e coisas assim.

• E tambem importante diferenciar conhecimento de informação. Por exemplo:uma

enciclopédia (mesmo aquelas em formato eletrônico que fazem alarde da
sua erande capacidade de interação com muitos campos de conhecimento] em s,
não acarreta um processo de conhecimento em aberto, já que ela naoi costuma
passar de um repositório de conhecimentos já pesquisados, prevramente proces-
sados. Para isso pode-se usar com mais propriedade a palavra

Nossa asserção de que conhecer seja um processo ex,ge que ela ocorra
o ato que leva um sujeito a conhecer. Como se dá esse processo

Para que serve o conhecimento?

Admitimos que conhecer tem um valor para os homens. Há alguns siste-
mas filosóficos que negam isso quando, por exemplo, contrapõem o conheci-
mento à felicidade, dizendo que uma pessoa corn parcos conhecimentos talvez
possa ser mais feliz nesse estado do que quando passa a conhecer mais. Res-
ta verificar se esse estado de ignorância existe de fato e de forma continuada
Nâo é o que indicam os estudos antropológicos: mesmo povos com culturas
muito diferentes da ocidental não vivem num estado de ignorância, pois têrr
formas de conhecimento, por vezes até bem intrincadas, sobre a natureza e as
suas relações sociais. Por outro lado, a falta de algum conhecimento em qual
quer cultura (mesmo naquelas com tendências tão fatalistas que se confor
mam rapidamente com desgraças) gera insegurança perante o mundo e as
suas manifestações naturais, como as intempéries, ou em face de doenças e
acidentes - o que desmente a adesão permanente à noção de uma abençoada
"ignorância feliz”.

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