O filme Carandiru
Resenha: O filme Carandiru. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: aleksnovaes • 30/7/2014 • Resenha • 563 Palavras (3 Páginas) • 601 Visualizações
O FILME CARANDIRU
Nada mais interessante que dialogarmos sobre o filme Carandiru; tecer neste texto pontos de vista, opiniões sobre o sistema de segurança publica juntamente com o sistema carcerário, tendo em vista a atuação da polícia militar como mantenedora da ordem pública de forma ostensiva e repressiva, de acordo com a nossa Constituição Federal.
O filme relata a realidade dos detentos da maior prisão que já existiu da America Latina, a qual foi palco de uma ação policial para conter e dissipar a crise considerada como “massacre”. O protagonista da história é um médico que faz um planejamento e pesquisa de saúde dentro do presídio contra a AIDS e outras doenças; ao consultar seus pacientes incomuns, depara-se com histórias particulares de presos e como estes foram parar na cadeia. Além disso, o enredo fílmico se desdobra em intrigas entre os presos cujos foram culpados em desencadear uma rebelião, a qual teve intervenção da tropa de choque.
Aspectos característicos do filme retratam os estereótipos de um submundo hostil dentro da cadeia. Superlotação, condições subumanas, sistema carcerário precário, enfim, são fatores que oneram a eficiência do sistema público de segurança no país. Tomando como exemplo alguns trechos do filme que nos mostram a cultura, a lei, tipos de lideranças, facções dentro da cadeia, nota-se que o ponto de vista do enredo nos revela uma comunidade que é vítima do sistema. Por outro lado, omite o ponto de vista do policial militar que se arrisca dia e noite para cumprir sua eterna missão, manter a ordem pública. Em virtude disso, acredito que não só a polícia militar tem a missão de preservar a ordem, como também a sociedade precisa respeitar e ser ordeira em relação a ordem pública.
Policiais que deixam suas famílias para proteger outras; são alvos fáceis enquanto fardados e a paisana podem ser vítima de uma situação de perigo, caso seja descobertos o que são e o que fazem. Principalmente, aqueles que lidam com situações de perigo todos os dias, levantam de manhã cedo para cumprir o sacerdócio. A tropa de choque teve uma ação enérgica, mesmo sendo interpretada como excesso da ação, para conter os presos revoltos. Há uma linha tênue entre o que é moral e o que é banal, entre o que está na lei e fora da lei.
É por isso, que o filme a todo tempo trabalha na perspectiva de vítimas algozes em relação aos detentos, mas também expõe a ação policial naquele dia como arbitrária e excessiva. Entendo que houve, em certa situação, uma divulgação dramática por parte da mídia, mas compreendo que a atividade policial tem seus riscos inerentes e quando a lei não agir eficazmente por conta dos seus administradores, a policia “tapa as brechas” para que a própria sociedade não seja vítima de um leão adormecido que pode acordar a qualquer momento. O crime não perdoa, é sagaz e faz vítimas, não algozes, mas pessoas inocentes que se tornam reféns do medo e do pânico.
Ainda há muito que se discutir sobre o enredo do filme, mas as impressões que deixo nesse texto revelam a minha opinião: as polícias militares precisam ser mais valorizadas; necessitam de investimento em sua estrutura organizacional e operacional; as leis necessitam ser mais severas para a criminalidade não se expandir; enfim, o filme Carandiru nos mostra uma realidade
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